As propriedades do mamão e da papaína
Frutas e verduras são ricas em vitaminas e sais minerais e têm também substâncias capazes de proteger o organismo contra algumas enfermidades. O mamão, rico em vitamina A e C, é um bom exemplo. Boa fonte de sais minerais, como cálcio e potássio, contém ainda papaína, encontrada em maior quantidade no fruto verde. Para extrai-la, risca-se o fruto verde e o líquido que escorre é transformado em pó ou em cápsulas usadas em tratamentos alternativos.
A única certeza por enquanto é que essa substância tem um importante papel no bom funcionamento do aparelho digestivo e para nos beneficiarmos disto, podemos consumir o próprio fruto. Para ingerir a papaína em cápsulas ou em pó é necessário ter acompanhamento médico e nutricional.
Quem quer manter uma dieta equilibrada deve incluir o mamão entre os alimentos consumidos, em razão de suas vitaminas, sais minerais e papaína. Esse fruto, que deve ser consumido diariamente para ajudar a equilibrar o organismo, é uma excelente opção para o café da manhã ou mesmo como sobremesa auxiliando no processo digestivo.
Ao comprá-lo, verifique se o fruto não tem rachaduras, buracos e picadas de insetos -o ideal é que sua casca esteja firme. Quando estiver verde, embrulhe-o em folhas de jornal e armazene-o em local fresco. Não risque o mamão para acelerar o amadurecimento porque esse líquido perdido contém substâncias nutritivas responsáveis pelo sabor.
No Brasil encontramos duas variedades de mamão: Havaí e formosa. O mais consumido é o Havaí, conhecido como papaia, que tem propriedades nutritivas similares.
Apesar de ser uma fruta muito nutritiva e com poucas calorias, veja na tabela a indicação de calorias e nutrientes encontradas em 200 gramas de mamão (equivalente a 1 xícara de mamão picado):
Mamão papaia | Quantidade em 200 gramas |
Energia | 78 Kcal |
Vitamina A | 56.80 RE |
Vitamina C | 122 mg |
Cálcio | 48 mg |
Potássio | 514 mg |
Folato | 76 mcg |
ANDRÉA GALANTE*
*Andrea Galante é mestre e doutora em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, e presidente da Associação Brasileira de Nutrição. Escreve quinzenalmente na Folha Online, às terças-feiras. E-mail: andrea.galante@uol.com.br Fonte:Folha Online Papaína : o mercado brasileiro ainda não despertou!
A papaína é uma enzima extraída do látex do mamoeiro (Carica papaya L.). Ela é uma enzima de forte poder proteolítico, com ação semelhante à enzimas como pepsina e tripsina. É utilizada para os mais variados fins nas indústrias têxteis, farmacêuticas, de alimentos e de cosméticos.De acordo com Ruggiero (1988), o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de mamão, sendo responsável por cerca de 20% da produção mundial, que até o momento é dirigida principalmente para a produção de frutos para o consumo in natura (www.todafruta.com.br). Seja por dificuldades com a produtividade da enzima, baixo investimento em novas tecnologias ou melhores preços obtidos com a exportação, o fato é que no mercado brasileiro, a produção de cápsulas de papaína para uso oral é incipiente e pouco explorada.
Papaína é uma enzima alcalóide extraída do mamão (Carica papaya). É usada em testes com imunoglobulinas, e na indústria farmacêutica vem sendo usada associada a um curativo (esparadrapo + gaze) como um acelerador do processo de cicatrização, muito utilizado em tratamentos de úlceras de decúbito. Na culinária é utilizada como amaciante de carnes.
A papaína atua na reação catalítica em faixa de pH própria para a digestão humana, no intestino delgado, possui poder proteolítico maior que a bromelina (enzima do abacaxi), ação anti-inflamatória no tecido mucoso gástrico e intestinal, sendo que, ao final da reação, permanece inalterada, capaz de reagir novamente. Sua ação estimula a síntese de diversas proteínas favorecendo a produção enzimática e hormonal. A enzima do mamão papaya também está em estudo para ser utilizada na prevenção da rejeição de próteses de silicone, uma vez que a mesma diminui a formação fibrosa ao redor dos implantes (Rev.Bras.Cir.Plást. 2008; 23( 4 ): 317- 2 1). Nos EUA, pastilhas mastigáveis de sabor bastante agradável são oferecidas em lojas de suplementos e supermercados. O consumidor pode levá-las dentro de bolsas/pastas no lugar de balas que, na maioria das vezes, contém corantes alergênicos e edulcorantes nocivos como o aspartame. Produtos como estes e com tal qualidade faltam no mercado brasileiro. Um trabalho de divulgação na área médica, especialmente na gastroenterológica, de pastilhas produzidas com frutos brasileiros, seria uma aposta promissora: o paciente estaria mastigando de 2 a 3 vezes ao dia, uma pastilha que auxilia na digestão de proteínas, diminuindo o potencial alergênico das mesmas, conferindo propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e bacteriostáticas à mucosa gastrointestinal e agregadas de sabor apreciável. Quem apostaria no insucesso? por Milla Rúbia Carvalho,em 14 de novembro de 2011
Papaína é uma enzima alcalóide extraída do mamão (Carica papaya). É usada em testes com imunoglobulinas, e na indústria farmacêutica vem sendo usada associada a um curativo (esparadrapo + gaze) como um acelerador do processo de cicatrização, muito utilizado em tratamentos de úlceras de decúbito. Na culinária é utilizada como amaciante de carnes.
PropriedadesÉ uma enzima proteolítica obtida da Carica papaya, com ação proteolítica obtida do látex do mamoeiro. A enzima possui amplo espectro de especificidade, os peptídeos, amidas, ésteres e tioésteres são todos susceptíveis para hidrólise catalítica da papaína. Após a introdução de enzimas proteolíticas como agentes debriadores em processos cirúrgicos, várias enzimas foram ensaiadas como antiinflamatórios; resultados bastante animadores foram registrados com a papaína.IndicaçãoDe uso tópico é usada no tratamento da doença de Peyronie por sua ação proteolítica nas bordas das placas fibróticas. Como debridante de tecido necrosado e liquefação de material necrosado em lesões crônicas e agudas como: úlceras de pressão, varicose, úlcera diabética, queimaduras, feridas pós operatórias, feridas traumáticas ou infectadas, deiscência de sutura.Mecanismo de AçãoÉ uma enzima proteolítica obtida do fruto de carica papaya. Potente digestivo de material morto proteíco. Sua eficácia é aumentada na presença de ativadores que estimulam sua potência digestiva: como a uréia, que desnatura proteínas por ação solvente e desnatura material necrosado permitindo que fique mais susceptível a digestão enzimática. Estudos tem demonstrado que a combinação com uréia é duas vezes mais eficaz que a papaína pura.Dose 2% - 10% ou 8,3 x 105 unidades USP associados 100mg de uréia/g pomada ou creme. Aplique a formulação de pomada ou creme, em área limpa, cobrindo o curativo apropriado para fixar no lugar. Aplicar a cada 12 – 24 horas. Excipientes Compatíveis Pomada base hidrofílica, soro fisiológico, glicerina, fosfato de potássio monobásico, metilparabeno, propilparabeno. Interação medicamentosa Nenhuma interação documentada. Contato com peróxido de hidrogênio ou outro medicamento contendo sais metálicos como prata, mercúrio, chumbo, podem inativar a papaína. Contra – indicaçãoEm pacientes com sensibilidade à substância ou outro componente da formulação.Efeitos Adversos Sensação de queimadura. O exsudado liquefeito da digestão enzimática pode irritar a pele. Lavagens e limpeza freqüente da área ao redor da lesão pode aliviar o desconforto. Informações Complementares Evite lavar as lesões com peróxido de hidrogênio em solução pois pode inativar a papaína. Usar para lavagem soro fisiológico ou papaína 4 – 6 % em soro fisiológico. Sugestão de Fórmula
Uso OralAuxiliar na digestão de proteínas em pacientes com dislepsia crônica e gastrite. Foi indicada como nematicida porque a camada externa da cutícula de vários nematóides é constituída por uma queratina resistente às proteases intestinais, mas não a outras enzimas proteolíticas estranhas ao organismo e que, digerindo a queratina, provocam em um segundo a morte dos parasitas. Dose 120 a 600mg diariamentePrecauçõesSeu mecanismo de ação não está ainda estabelecido, seu emprego como o de todas as enzimas proteolíticas oferece perigo em casos de afecções hepáticas ou renais e durante o tratamento com anticoagulantes. Podem ocorrer reações alérgicas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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