12 ALIMENTOS SEM GLÚTEN


O que é Glúten?

O glúten é a principal proteína presente no trigo, centeio, aveia, cevada e malte (um subproduto da cevada). Está em quase todos os cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos e bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos não ingeríveis.
E por que seu uso é tão comum na culinária? O glúten obtido pela moagem do grão de trigo, principalmente, é o que permite o crescimento das massas de panificação, tornando-as leves e porosas. Quimicamente falando, entre os componentes do glúten, a gliadina é a responsável por sua extensibilidade, enquanto a glutadina garante a elasticidade. Graças a ambas, a mistura de farinha com água, em ação juntamente com o fermento, permite que a massa seja preenchida com bolhas de ar quando alimentos são preparados assados, tornando-os "fofinhos" — o que vemos principalmente em bolos, pães e massas, como as de pizza e macarrão.

Doença Celíaca e Intolerância ao Glúten

Há pessoas que, devido à predisposição genética, apresentam uma intolerância permanente ao glúten. Essa intolerância é chamada de doença celíaca, que pode surgir em qualquer idade, mas geralmente se manifesta na infância. Quando os celíacos consomem alimentos com glúten, a substância agride as vilosilades do intestino delgado, impedindo uma digestão normal. Essas vilosidades são as "dobras" do órgão, que aumentam a absorção das substâncias ingeridas. O glúten cria uma película em volta da parede do intestino que impossibilita a absorção dos nutrientes.

Sintomas

Os sintomas se manifestam em diversas graduações, conforme o nível de intolerância, que varia de pessoa para pessoa. Barriga inchada, diarreia, perda de peso, anemia, fraqueza, irritação na pele, gases, enxaquecas e, no caso das crianças, atraso no crescimento, são os principais sinais que a doença celíaca dá. Geralmente, esses sintomas são confundidos com os de outras doenças, dificultando o diagnóstico. Por isso, o recomendado é realizar exames de sangue, seguido de uma biópsia do intestino delgado, conforme indicado pelo médico.
Outros sintomas podem aparecer, como irritabilidade, constipação intestinal crônica, manchas no esmalte dos dentes e abortos de repetição. Muitas pessoas podem apresentar anemia ou osteoporose precoce, sem nenhum outro sintoma. Nesses casos, o indicado é investigar se há doença celíaca, que pode estar prejudicando a absorção de ferro e de cálcio.

Tratamento

A doença celíaca não tem cura e não existem medicamento capazes de controlar o problema. Assim, o único tratamento é a dieta isenta de glúten. Com a exclusão total da substância na alimentação, os sintomas desaparecem e a mucosa intestinal se recupera em um ou dois anos.

O Glúten e o Emagrecimento

Um número crescente de celebridades e adeptos da boa forma física afirmam ter emagrecido ao se livrarem do glúten. Porém, o fato é que não há estudos que comprovem a relação entre a ausência de glúten e o emagrecimento. Mas ainda assim, o assunto é controverso entre especialistas.
Nos celíacos, o glúten realmente causa inchaço no abdômen. Cortá-lo da dieta — além de resolver todos os sintomas mencionados acima — pode sim ajudar muito na silhueta. O fato é que existem diversos níveis de intolerância ao glúten, ou seja: nem sempre é fácil de detectar se você é 100% tolerante ao glúten. Algumas estimativas mostram que existem cerca de 2 milhões de brasileiros com algum grau de intolerância ao glúten sem nem saber. Nesses casos, cortar o glúten certamente é benéfico, até por quê a retirada do glúten não zipresenta nenhum risco à saúde.
Nas pessoas saudáveis, o problema não é que a substância em si engorde, mas sim o fato que ela está presente nos maiores vilões do emagrecimento, como os produtos à base de farinha branca. Então, "eliminar o glúten" acaba eliminando esses alimentos indiretamente, o que pode sim promover o emagrecimento na maioria das vezes. Mas cuidado, isso nem sempre é verdade: por exemplo, não adianta trocar um biscoito com farinha de trigo (com glúten) por um com farinha de arroz (sem glúten) e consumir em grande quantidade. O importante é uma alimentação equilibrada.
Minha opinião: por que nâo experimentar? Pode ser que você tenha uma intolerância leve e se sinta muito melhor. Mesmo que esse não seja o caso, você vai, no processo aprender a conviver sem alguns alimentos ruins, como o pão branco. Apenas não trate a ausência de glúten na dieta como um conceito milagroso para o emagrecimento.

12 Alimentos sem Glúten



Dentre os inúmeros alimentos sem glúten, segue uma listinha de 12 alimentos selecionados, que podem servir como base para quem quer começar a ter mais opções sem glúten na dieta.

1. Arroz

12 Alimentos sem Glúten
Existem diversos tipos de arroz, o que o torna uma das principais opções para uma dieta sem glúten. Além da utilização normal como grão cozido, pode ser utilizada a farinha de arroz integral ou refinada, ou ainda o creme de arroz (em pó), que tem a textura ainda mais fina do que a farinha refinada. Esses derivados podem ser utilizadas no preparo de pães, bolos, mingaus, pudins, biscoitos e outras sobremesas. Também podem ser usados para untar a forma das receitas.

2. Milho

Fonte de carboidratos, o milho fornece energia, é rico em vitamina E e carotenoides que protegem a saúde dos olhos. A farinha de milho amarelo é indicada para bolos, cuscuz, virado, farofa, pães e broas. Já a farinha de milho branca, com sabor e textura mais suave, pode ser usada para tortas e sobremesas. O amido de milho é comum em pratos que precisam ter a textura engrossada, como mingaus e cremes

3. Mandioca

12 Alimentos sem Glúten
Outra fonte importante de carboidratos, a mandioca contém boas quantidades de magnésio, fósforo, potássio e cálcio, colaborando para a formação de ossos e dentes. Pode ser consumida cozida ou assada. Além disso contém muitos derivados. A farinha de mandioca é encontrada fina e em flocos e pode ser usada em bolos, bolinhos e farofa. O polvilho azedo é indicado para pães de queijo e biscoitos. O polvilho doce é usado de forma semelhante ao amido de milho, como espessante de mingaus e molhos. É também da mandioca que é produzida a goma para tapioca, uma excelente opção para substituir pães e pizzas.

4. Batata

Possui alta concentração de vitamina B6, necessária para a produção de serotonina, cuja diminuição deixa o organismo sujeito a depressão, ansiedade e compulsão alimentar. Assim como a mandioca, a batata é extremamente versátil: pode ser utilizada cozida, assada, recheada, em purê ou como base para tortas e massas (nhoque, assados, salgadinhos, etc.). A fécula de batata é indicada para pão, panqueca, bolo, torta, salgadinhos, biscoito ou para engrossar sopas, molhos e mingaus.

5. Banana Verde


A banana verde pode ser consumida sob a forma de farinha, ou de biomassa. A banana verde é uma rica fonte de potássio, fósforo, magnésio e outros minerais, mas a principal propriedade é o amido resistente, que não é digerido nem absorvido. Ajuda, assim, no trânsito intestinal, na redução do colesterol e controla a liberação de glicose no sangue. Serve como base para bolos e tortas, substituindo a farinha de trigo. Pode ser misturada em sucos e vitaminas, pois ao contrário da banana comum, não possui gosto.

6. Linhaça

Por ser riquíssima em fibras, a linhaça favorece o funcionamento do intestino. Ela também é ótima para o controle do diabetes, colesterol e hipertensão, pois contém ômega-3, um importante nutriente anti-inflamatório. Para preservar os nutrien- tes, o melhor é comprar as sementes inteiras e triturá-las no liquidificador até virar farinha, para consumo imediato. Pode substituir parte de outra farinha em pães, panquecas, bolos e biscoitos. Pode ser consumida em sucos, vitaminas, saladas, frutas e iogurte.

7. Coco

Além do leite de coco e do coco ralado, a farinha também é ótima para receitas sem glúten. O coco, a água de coco e o óleo do coco também são liberados e são excelentes fontes de minerais como cálcio, sódio e potássio. A farinha de coco atua indiretamente no emagrecimento, por ter em sua composição uma das maiores quantidades de libras insolúveis quando comparada a outros alimentos. Ela é indicada para o preparo de pães, granola, barrinha de cereal, bolos e biscoitos.

8. Grão-de-Bico

O grão de bico possui um nutriente importante, o triptofano. Este aminoácido participa da serotonina, hormônio importante para a sensação de prazer, bem-estar e confiança. Assim, o alimento afasta ansiedade e nervosismo, além de ajudar no controle do apetite e do sono. Não é à toa que é chamado de "grão da felicidade". Cozidos, os grãos são versáteis e funcionam bem em sopas, saladas, refogados, em patês e pastas. A farinha pode ser utilizada misturada com outros tipos em pães e bolos.

9. Quinoa

A quinoa é um pseudocereal que não contém glúten, mas nem por isso deixa de ser fonte de proteina. É um alimento completo, um "super-alimento": sua proteína é de alto valor biológico, pois contém uma combinação de aminoácidos de excelente qualidade. Além disso, possuí baixa concentração de carboidrato e de gordura. O alimento de pode ser consumido como farinha, em receitas de pães, biscoitos e bolos. Como flocos, salpicada em frutas e iogurte, Em grãos, como substituto do arroz ou incrementando saladas.

10. Lentilha

Um dos melhores grãos para sua saúde, a lentilha é uma ótima opção para acompanhar o arroz, contendo mais proteína que o feijão. Fósforo, ferro e ácido fólico, importantes para as gestantes, também são abundantes. O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, e é indispensável para o sistema nervoso. A grande quantidade de fibras ainda regula o intestino, sacia a fome e ajuda no emagrecimento. Os grãos ficam saborosos como sopa ou em saladas. A farinha de lentilha serve de ingrediente para panquecas, waffles e crepes, deixando as receitas com uma textura mais leve.

11. Chia

A chia é um dos alimentos mais ricos em ômega 3 (ácido graxo que reduz o colesterol ruim e aumenta o colesterol bom), preserva a memória e reduz o acúmulo de gordura abdominal. Repleta de fibras, ajuda no funcionamento do intestino e aumenta a sensação de saciedade já que, ao ser ingerida, absorve água e aumenta seu tamanho em cerca de 12 vezes no estômago. Pode ser usada salpicada em saladas, sopas ou saladas de frutas, batida no liquidificador com vitaminas e sucos.

12. Amêndoas e Castanhas

A amêndoa é rica em gorduras benéficas que protegem as artérias e as funções cerebrais, além de fornecer boa quantidade de proteinas, vitamina E e vitaminas do complexo B. A castanha do pará é a oleaginosa mais rica em selênio. A castanha de caju também é muito rica em vitamina E, cobre e triptofano, por isso ajuda no controle da irritabilidade, do cansaço e do nervosismo. As oleaginosas devem ser consumidas frequentemente, mas nunca em exagero. Podem também ser usadas como recheio ou cobertura de tortas e bolos. Trituradas, podem ser ingrediente de farofas e empanados.
E então, se animou? Existem inúmeros outros alimentos sem glúten, é claro. Por isso, se estiver disposta à fazer a dieta sem glúten, com um pouco de força de vontade, pesquisa e imaginação é possível, sim!

Fonte:http://belezaesaude.com/alimentos-sem-gluten/#utm

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