ALIMENTOS RICOS EM RAFINOSE: OS VERDADEIROS RESPONSÁVEIS PELO INCHAÇO ABDOMINAL?


Alimentos ricos em rafinose: os verdadeiros responsáveis pelo inchaço abdominal?


ALIMENTOS RICOS EM RAFINOSE: OS VERDADEIROS RESPONSÁVEIS PELO INCHAÇO ABDOMINAL?


Apesar de não existirem milagres para combater o inchaço abdominal, evitar estes alimentos pode ajudar.
Os alimentos ricos em rafinose, apesar de serem saudáveis, podem ser os verdadeiros responsáveis pela sensação de barriga inchada. Sofre deste problema?

A sensação de barriga inchada ou inchaço abdominal carateriza-se por uma distensão da zona abdominal, um desconforto fora do comum e alguma flatulência. Por norma, tende a ocorrer após uma refeição mais pesada ou da ingestão de algum alimento ao qual a pessoa sofra de intolerância (ex. lactose) ou então derivado da prisão de ventre.

Mas se não se identifica com nenhuma destas situações, o seu problema pode ser outro: os alimentos ricos em rafinose.

O QUE É A RAFINOSE?

A rafinose é um hidrato de carbono, mais precisamente um trissacarídeo formado de galactose, frutose e glicose, de difícil digestão e absorção pelo organismo, devido à falta da enzima responsável para sua decomposição.

Como consequência, este açúcar acaba por ser fermentado pelas bactérias intestinais, podendo conduzir à referida sensação de inchaço abdominal e flatulência.

E como veremos ao longo deste artigo, os alimentos ricos em rafinose são saudáveis e, por norma, de consumo diário ou pelo menos regular, o que potencia esta sensação de inchaço abdominal.

ALIMENTOS RICOS EM RAFINOSE

A rafinose está presente na maioria dos alimentos de origem vegetal, no entanto os principais envolvidos no consumo deste hidrato de carbono são:

1. Vegetais Crucíferos (brócolos, couve-flor, couve)

alimentos ricos em rafinose e brocolos

Por vegetais crucíferos entende-se: brócolos, couve, couve-flor, nabo, rúcula ou agrião. Estes alimentos apesar de serem saudáveis, possuindo na sua constituição nutrientes essenciais como fibra, vitaminas, minerais e antioxidantes, são ricos em rafinose e podem criar a dita distensão abdominal.

A digestão destes alimentos torna-se mais simples se estes forem cozidos a vapor ou assados, visto que a rafinose fica num estado mais fácil de ser absorvido.

2. Leguminosas (feijão, grão, soja)

leguminosas variadas

As leguminosas são outros dos alimentos ricos em rafinose, que podem contribuir para a sensação de barriga inchada. Isto porque além da rafinose, as leguminosas são também ricas em fibra e proteína, o que potencia uma digestão mais difícil.

Neste caso, para diminuir os efeitos da rafinose e evitar esta excessiva produção de gases deve deixá-las de molho em água durante uma noite, antes de serem cozinhadas, de modo a reduzir os açúcares indigeríveis.

Além destes, existem mais alguns alimentos ricos em rafinose, nomeadamente:

  • Espargos
  • Batata-doce
  • Cogumelos
  • Alcachofra
  • Couve de Bruxelas
  • Cereais integrais

Uma medida eficaz para reduzir a produção de gases, após a ingestão destes alimentos ricos em rafinose, é juntar determinadas ervas aromáticas ou especiarias, que ajudam a digeri-los.

O alecrim, a salva, o tomilho, o funcho, entre outros, são alguns exemplos de ervas aromáticas muito benéficas na redução dos gases provocados por estes alimentos ricos em rafinose e podem ser colocados a cozinhar juntamente com eles.

SERÃO OS ALIMENTOS RICOS EM RAFINOSE, OS ÚNICOS RESPONSÁVEIS PELO INCHAÇO ABDOMINAL?

Não. Na verdade, existem muitos outros alimentos que deve evitar consumir para prevenir o inchaço abdominal.

Com efeito, além dos alimentos ricos em rafinose, salientam-se:

1. Alimentos ricos em lactose (lacticínios em particular)

lacticinios

A lactose é um açúcar natural presente em muitos alimentos, nomeadamente nos lacticínios. Estes produtos podem causar problemas de digestão, principalmente em pessoas que são intolerantes ou sensíveis à lactose, que possuem a enzima lactase necessária para a correta digestão deste açúcar.

2. Alimentos ricos em glúten

alimentos ricos em gluten

glúten é uma proteína presente em alguns cereais, nomeadamente trigo, centeio e cevada, que é de difícil digestão e absorção, podendo conduzir a estados de inflamação intestinal.


Fonte:https://www.vidaativa.pt/alimentos-ricos-em-rafinose/


Alimentos X Formação de Gases intestinais



Bom dia, o assunto de hoje é um tema que acomente com muitos de nós, e ficamos sem saber o que fazer e o por que de tantos gases?! Espero ajudá-los um pouco.
A flatulência pode ser entendida como o excesso de produção de gases intestinais pelo organismo, o que favorece o aumento dos movimentos intestinais contidos no final da região do intestino, proporcionando desconforto abdominal, distensão abdominal e ainda um possível constrangimento social.
Dentre as recomendações:
• Evitar ingerir alimentos flatulentos (ou formadores de gases);
• Mastigar bem e lentamente os alimentos;
• Evitar conversas as refeições;
• Não utilizar canudos para ingestão de líquidos;
            A maioria dos alimentos que contém carboidratos causa gases. Dentre os açúcares que podem causar gases podemos citar:
  • Rafinose – Feijões, ervilhas, verdes, outras leguminosas.
 A rafinose é um oligossacarídeo (tipo de carboidrato) que não é bem digerido favorecendo assim a fermentação.
  • Alimentos Crucíferos – brócolis, repolho, couve e couve-flor contém enxofre que agem com as bactérias intestinais.
  • Lactose - Açúcar natural do leite e derivados, pois algumas pessoas adultas não produzem ou produzem em pequena quantidade a lactase, enzima que digere a lactose.
  • Frutose - Naturalmente presente nas frutas, como Goiaba, jaca, uva passa, melão, jabuticaba, melancia; Também pode ser usada como adoçante.
  • Sorbitol - Encontrado naturalmente em frutas e também utilizado como adoçante.
  • Amido - Batatas, milho verde, massas e trigo.
 Seus resíduos não são absorvidos e vão para o intestino grosso onde são fermentados pelas bactérias.
  • Fibras – principalmente as solúveis, feijões, ervilhas, aveia e na maioria das frutas.
  • Carne vermelha – digestão muito demorada (48 a 72 horas) levando a uma maior ação das bactérias no intestino grosso. Além disso, muitas proteínas são compostas por aminoácidos com enxofre.
  • Doces - Caramelos, conservas, bolos, chocolate, bombons, doce em pasta;
  • Condimentos - todos os condimentos (exceto sal)
  • Alimentos gordurosos: Avelãs, nozes, castanha, amendoim;
  • Bebidas gasosas, bebidas muito açucaradas.
Por que acontece e como se livrar desse desconforto?

            A maior parte dos gases é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, eles são fermentados por bactérias que normalmente ali residem. Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases.
É interessante saber que apesar de existirem esses alimentos considerados flatulentos esse fato não ocorre em todas as pessoas igualmente, isso se deve muitas vezes ao desequilíbrio entre tipos de bactérias benéficas e patogênicas presentes no intestino, a disbiose, esclarecendo então porque algumas pessoas produzem mais gases do que outras.
Na disbiose, o intestino não consegue digerir e absorver bem os alimentos. Os alimentos não digeridos no intestino delgado passam para o intestino grosso, onde bactérias normais de nosso corpo produzem gases que quando acumulados são eliminados na porção final do intestino. Por isso a maneira mais simples de evitar a flatulência é pela mudança na alimentação favorecendo uma flora intestinal equilibrada, para isso:
  • Ingerir alimentos que contenham frutooligossacarídeos - FOS (chicória, alho, cebola, alcachofra, aspargos, tomate banana e em outros vegetais), pois promovem seletivamente o crescimento das bactérias não patogênicas (evitando também constipações leves)
  • Consumir lactobacilos (alguns iogurtes e leites fermentados), para colonizar beneficamente o intestino. Em alguns casos, seria ideal procurar a ajuda de um nutricionista que possa orientar o uso de cápsulas, já que a quantidade presente em iogurtes e leites fermentados pode não ser suficiente. Além disso, muitas vezes esses alimentos contêm açúcar, gorduras e aditivos que seriam prejudiciais.
  • Reduzir a ingestão de gorduras ruins (alimentos industrializados, fritura, carnes gordurosas e embutidos) e o excesso proteínas (carnes, aves, queijos e outros derivados de animal) ajudando a digestão;
  • Reduzir a ingestão de açúcar refinado, pois o excesso também pode chegar mal digerido ao intestino e eles são fermentativos. Além disso, o açúcar favorece o crescimento das bactérias patogênicas e fungos.
  • Consuma erva doce, endro, canela, cardomomo e cominho, pois ajudam a prevenir e aliviar a flatulência relaxando o aparelho digestivo.
  • Consuma abacaxi e mamão após as refeições principais, pois possuem enzimas (bromalina e papaína) que ajudam na digestão das proteínas das carnes.
  • Reserve um tempo tranqüilo para as refeições. Mastigue bem os alimentos. Engolir a comida sem mastigá-la direito e às pressas atrapalha a digestão e o bolo alimentar pode chegar ao intestino sem estar digerido adequadamente.
  • Observe qual alimento é responsável pela formação de gases e evite seu consumo.
  • Deixe de molho o feijão, a lentilha ou o grão de bico em água por 12 horas e troque a água de três em três horas. Também troque a água para o cozimento.
  • Evite bebidas com gás.
  • Aumentar a ingestão de fibras, sem se esquecer da água, para aumentar o volume do bolo fecal e acelerar o trânsito intestinal, pois pessoas constipadas também são mais propensas à formação de gases. A obstipação retarda a passagem da comida pela parte inferior do aparelho digestivo, provocando maior fermentação dos alimentos e, conseqüentemente, maior produção de gases.
  • Faça exercícios, como caminhada, pois estimulam o funcionamento do intestino.
Pode-se evitar ainda: mascar chiclete, respirar pela boca e fumar, pois aumentam a quantidade de ar engolida; cerveja, pois como a bebida é fermentada leva à formação de gases e bebidas gaseificadas, devido ao aumento da quantidade de ar ingerida.
Fonte:https://www.cadaminuto.com.br/noticia/287188/2016/05/19/alimentos-x-formacao-de-gases-intestinais

Hidrólise de oligossacarídeos de rafinose, presentes em produtos de soja, por α -galactosidases


A ingestão de grãos de leguminosas, como a soja e derivados, resulta no aparecimento de sintomas desagradáveis, destacando-se a flatulência. Flatulência é resultante do metabolismo anaeróbico de α-1,6-galactosídeos de rafinose (RO: oligossacarídeos de rafinose) presentes nos grãos das leguminosas em geral. A remoção desses açúcares poderia aumentar o consumo de alimentos derivados de soja. A hidrólise enzimática dos RO, catalisada por α-galactosidases, parece ser o tratamento mais promissor para a redução do conteúdo de RO em produtos derivados de soja. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência de α-galactosidases de várias fontes para hidrolisar os RO presentes no extrato desengordurado de soja e nos produtos melaço leve e pesado. Foram testadas α-galactosidase de sementes germinadas de soja e de Tachigali multijuga , α-galactosidases de Aspergillus terreus e de Penicillium griseoroseum. O processo de purificação do extrato enzimático, obtido de sementes de soja var. Monarca, embebidas por 60 h, consistiu das etapas de crioprecipitação, precipitação ácida, fracionamento com sulfato de amônio e cromatografias de filtração em gel e de troca iônica, resultando numa preparação contendo atividade de α-galactosidase. A enzima foi purificada 19,74 vezes, com rendimento de 36,64%. Atividade máxima de α- galactosidase foi detectada em pH 5,0 a 50 °C. Cerca de 90% da atividade enzimática original foi mantida, após pré-incubação por 4 h a 40 °C. Os valores de K M ap para ρNPGal, melibiose e rafinose foram de 0,47 mM, 1,46 mM e 3,43 mM, respectivamente. A enzima hidrolisou com maior intensidade o ρNPGal, seguido por rafinose, estaquiose e melibiose. Galactose, SDS, CuSO 4 , rafinose, estaquiose e melibiose atuaram como inibidores da atividade de α-galactosidase. Os resultados dos tratamentos do extrato desengordurado de soja com a preparação enzimática contendo atividade de α-galactosidase, mostraram redução de 100% de rafinose e 53% de estaquiose, após incubação por 8 h, a 40 °C. Quando o extrato desengordurado de soja foi tratado com a α-galactosidase de Tachigali multijuga, a S1 de A. terreus e a de P. griseoroseum, constatou-se redução no teor de rafinose de 72%, 100% e 66%, e no teor de estaquiose de 49%, 100% e 100%, respectivamente, após incubação por 8 h, a 40 °C. A redução no teor de RO nos produtos melaço leve e pesado de soja, tratados com a preparação enzimática contendo atividade de α-galactosidase, foi de 100% para rafinose e 58% para estaquiose, após incubação por 8 h, a 40 °C, para ambos os produtos. Conclui-se que as α-galactosidases testadas hidrolisaram substancialmente os carboidratos não- digeríveis, rafinose e estaquiose, do extrato desengordurado de soja e dos produtos melaço leve e pesado de soja, indicando uma possível utilização destas enzimas em processos industriais, visando a diminuição dos RO e o aumento do uso da soja como fonte protéica vegetal na alimentação humana e animal.
 
Fonte:http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8769

Intolerância à Rafinose

A Rafinose é um oligossacarídeos (carboidrato) encontrando em vegetais como uva, brócolis, repolho e em leguminosas como feijões e soja. Para a rafinose ser digerida ela precisa ser reduzida a um monossacarídeo que são carboidratos simples. Nesse processo é necessária uma enzima chamada da classe das galactosidases.

Algumas pessoas têm dificuldade nesse processo e a rafinose acumula-se nos intestinos, onde microorganismos anaeróbicos promovem sua fermentação, podendo causar má digestão.Os sintomas desse acúmulo de rafinose são flatulência, estufamento, plenitude, dor abdominal e arrotos.

Sabe-se que o feijão que é uma leguminosa rica em rafinose é também um dos alimentos mais populares dos brasileiros, sendo fonte de aminoácidos essenciais. Devido a isso é muito importante e recomendado o consumo de leguminosas.

Para evitar esses desconfortos causados pela má digestão da rafinose, deve se seguir uma dieta que controle a quantidade de alimentos que contenham o carboidrato. No mercado é possível encontrar a enzima em sachês de modo a favorecer a digestão da rafinose. Infelizmente muitas pessoas excluem o feijão da alimentação devido ao desconforto causado. O feijão azuki é uma variedade que contém menor quantidade da rafinose e por isso indicada para os intolerantes. Existem também algumas técnicas que podem ajudar a reduzir a quantidade de rafinose nas leguminosas. Siga a dica:
  • Escolha o feijão azuki, mais pobre em rafinose;
  • Lave os grãos. Coloque água de forma a cobrir todos os grãos;
  • Deixe de molho, em geladeira, por uma noite;
  • Lave novamente, descarte a água;
  • Ferva grande quantidade de água e despeje sobre os grãos. Deixe por 30 minutos e despreze a água;
  • Coloque para cozinhar em fogo alto, na pressão. Abaixe o fogo quando começar a soltar o ar. Deixe por 30 minutos;
  • Despreze todo o caldo. Coloque nova água e cozinhe como de costume.
  • Fonte:http://www.nutricio.com.br/rafinose.html

A solução para a intolerância a carboidratos complexos vegetais

A alimentação balanceada traz saúde e ajuda a prevenir doenças crônicas como a diabetes, as doenças do coração, alguns tipos de câncer e principalmente a obesidade.

Mas o que é uma alimentação balanceada?

É o cardápio do dia a dia que contém alimentos de diversos grupos nutricionais, principalmente carne, vegetais, legumes, arroz, macarrão, feijão, cereais,  frutas, leite e derivados e até mesmo gordura, com os níveis que atendam as necessidades nutricionais do indivíduo. Esses alimentos são fundamentais para se revezarem em nossos pratos e se dividem em grupos alimentares.
A alimentação balanceada, sem carências e sem excessos, associada a prática de exercícios físicos, é fundamental para manter o equilíbrio do organismo; aquilo que chamamos de homeostase.
Infelizmente, nem sempre é possível a digestão completa desses alimentos, pois, em algumas pessoas, não acontece a quebra natural da rafinose, durante o processo digestivo. Esse problema é a chamada intolerância a carboidratos complexos vegetais .
A rafinose está presente em alimentos como: Feijão, arroz, brócolis, couve-flor, repolho, couve, mandioca, grão-de-bico, soja, batata, milho, maçã, banana e uva.
Para muita gente, esses alimentos causam uma série de desconfortos, como: gases, inchaço e dores abdominais, entre outros.
A boa notícia é que esse tipo de intolerância tem tratamento e se você tem esse problema não é preciso abandonar esses nutrientes tão importantes da sua alimentação.
Para conviver bem com a digestão da rafinose é necessário incluir no cardápio a enzima Alfa Galactosidase, que previne os sintomas e desconfortos causados por certos alimentos. Essa enzima é indicada pela nutricionista para ajudar no processo digestivo, diminuindo as causas da intolerância e proporcionando maior conforto a pessoas que são intolerantes a carboidratos complexos vegetais.
Esta enzima não é medicamento e pode ser consumida em forma de saches para adultos numa concentração de 2g cada. Polvilhada em cima do prato de comida já pronto (e não no modo de preparo de receitas), a enzima é um aliado da ciência moderna nos tratamentos nutricionais.
Eliane Petean Arena
Nutricionista

Fonte:http://www.ncbauru.com.br/imprensa/artigos/intolerancia-a-carboidratos-complexos-vegetais

Você sofre com intolerância alimentar?

Você sofre com intolerância alimentar?


Nos dias de hoje, algumas intolerâncias alimentares são bastante comuns na população.
É importante que elas sejam diagnosticadas por um médico que possa recomendar o tratamento adequado.

Conheça abaixo os 3 tipos mais comuns:

Intolerância à Lactose (IL)

Lactose é a enzima que digere leite e derivados e se localiza na borda do intestino delgado. Quando há deficiência dessa enzima, o intestino falha em absorver a lactose ingerida, causando síndrome de má absorção, caracterizada pelos seguintes sintomas:
  • Dor abdominal;
  • Distensão;
  • Flatulência;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Náuseas e vômitos.
A má absorção de lactose pode ser secundária a doenças intestinais de base (doença celíaca, por exemplo).
O diagnóstico é feito através do teste de tolerância à lactose e o tratamento é feito com a exclusão ou restrição de leite e derivados.

Intolerância à Frutose (IF)

Frutose é o açúcar das frutas e também é encontrada em vegetais, cereais e mel. A prevalência de intolerância à frutose é estimada é de 50% em adultos saudáveis e ela pode ser hereditária ou alimentar.
Na alimentar ocorre fermentação bacteriana no intestino grosso quando a quantidade ingerida ultrapassar a sua metabolização e absorção.
Os sintomas podem ser: flatulência, distensão abdominal, mal estar e náuseas.
Tratamento: excluir ou restringir frutose da dieta (substituição por frutas de baixo teor: lima, limão e abacate), complementação com vitamina C.

Intolerância a carboidratos complexos (Rafinose)

É a incapacidade do intestino de processar completamente os carboidratos (açúcares e amido) pela falta ou redução da quantidade de uma ou mais enzimas necessárias à sua digestão.
A intolerância aos carboidratos complexos vegetais traz aos indivíduos sensíveis sensações de mal-estar abdominal e geral.
São exemplos de alimentos que os provocam a intolerância: feijão, cereais e vegetais.
Tratamento: exclusão dos alimentos que causam os sintomas e/ou administração da enzima alfa-galactosidase nas preparações que estão ingeridas.
Lembre-se: as restrições alimentares só devem ser feitas após passar com o médico. Dessa forma você evita desnutrição e carência de nutrientes que podem trazer futuros problemas.

Gases Intestinais

O que é?

Todos nós produzimos gases intestinais e eles precisam ser eliminados. A quantidade produzida varia de pessoa para pessoa e existe uma quantidade que podemos classificar como "normal". O que acreditamos ser uma produção normal de gases é aquela que não causa desconforto ou não gera nenhum tipo de problema ao paciente.

Os gases que encontramos nos órgãos do sistema digestivo – esôfago, estômago, intestino delgado e grosso – chegam até eles de duas formas:

1) Quando engolimos ar (aerofagia)

2) Quando ingerimos alimentos que são fermentados pelas bactérias da microbiota intestinal.

O que é aerofagia?

O ato de engolir ar é conhecido como aerofagia e é uma das principais causas do acúmulo de gases no estômago. Todo mundo engole uma certa quantidade de ar quando ingere alimentos sólidos ou líquidos, principalmente quando comemos ou bebemos muito rápido, conversamos enquanto ingerimos alimentos, mascamos chicletes, fumamos e quando aparelhos ortodônticos ou dentaduras não estão devidamente encaixados na arcada dentária.

Eructar (arrotar) é uma das formas mais comuns de eliminar os gases estomacais. O gás que não é eliminado através do arroto vai para o intestino delgado onde é parcialmente absorvido. O restante se dirige para o intestino grosso para ser liberado na forma de flatus através do reto.

Como os gases são produzidos?

Os gases são produzidos quando uma certa quantidade de alimento é digerida naturalmente por bactérias no intestino grosso. Essas bactérias atuam sobre carboidratos como açúcares, amido, celulose e fibras que podem ser encontradas em muitos alimentos.

Qual é a quantidade que produzimos desses gases?

A quantidade e tipo de gás produzido dependem das bactérias que podem ser encontradas no cólon. Há uma seleção exclusiva de bactérias para cada indivíduo. Um tipo de alimento pode servir como substrato para produção de gases em um indivíduo e em outro, não.

Quais são os sintomas mais comuns provocados pelo excesso de gases?

Eructação, náuseas, borborigmo (ruídos pelo deslocamento dos gases), flatulência, distensão e dor abdominal.

Quais são os principais gases que produzimos?

Hidrogênio, metano, dióxido de carbono, oxigênio e nitrogênio.

Quais os alimentos que mais provocam gases?

A maioria dos alimentos que contém carboidratos. Gorduras e proteínas produzem poucos gases, mas algumas proteínas podem intensificar o odor do gás.

Quais os carboidratos são responsáveis pela produção de gases?

Rafinose – o feijão e a vagem contêm grande quantidade desse carboidrato. Ele está presente em menor quantidade no repolho, couve, brócolis, aspargos, outros vegetais e alguns grãos.

Lactose – é o carboidrato encontrado no leite e em seus derivados – queijo, sorvete, iogurte e molhos para salada. Muitas pessoas, principalmente os afrodescendentes e asiáticos, produzem menos lactase, enzima responsável pela digestão da lactose. Com o envelhecimento, a produção de lactase diminui progressivamente e a digestão da lactose vai ficando comprometida.

Frutose – esse carboidrato está presente em diversas frutas, na cebola, na alcachofra e vários outros legumes. A frutose é também usada para adoçar refrescos e sucos de fruta.

Sorbitol – esse carboidrato pode ser encontrado nas frutas (maçã, pera, pêssego, uva e ameixa). É também usado como adoçante artificial em doces e chicletes sem açúcar.

Amidos batata, cereais, macarrão e trigo produzem gases. O arroz é um único alimento que não produz.

Fibras as fibras são ricas em carboidratosque não são digeridos pelo intestino delgado e isso faz com que cheguem no cólon praticamente intactos. No cólon, bactérias específicas fermentam essas fibras, provocando o aumento de gases.

O que é uma fibra solúvel?

A fibra solúvel se dissolve em água e se transforma em uma espécie de gel. Ela pode ser encontrada no farelo da aveia, cevada, nozes, grãos como ervilha e na grande maioria das frutas. Metilcelulose é uma fibra semissintética. Ela é solúvel e também forma um gel, porém não fermenta. O gel absorve líquido e adiciona volume (massa) às fezes.

E a fibra insolúvel?

A celulose é um exemplo de fibra insolúvel e pode ser encontrada em legumes, sementes e grãos, na raiz de alguns vegetais, farelo de trigo, milho.

Quais são os problemas causados pela ingestão inadequada de fibras?

A solubilidade e a fermentação de cada tipo de fibra influenciam em sua ação no nosso aparelho digestivo. Uma proporção adequada entre fibras solúveis e insolúveis pode diminuir os efeitos colaterais e ajudar no funcionamento intestinal. O aumento súbito da ingestão de fibras pode causar sintomas gastrointestinais. Os sintomas variam de acordo com a quantidade e o tipo de fibra ingerida pelo paciente e conforme a microbiota intestinal de cada um. Por isso, frente a necessidade de suplementos de fibras, o médico pode indicar diferentes tipos de produtos.

Qual é o tratamento mais indicado?

Para controlar o desconforto causado pelo excesso de gases é preciso que o paciente evite a aerofagia, mude sua dieta e tome medicamentos. O paciente, também, deve evitar carboidratos e vegetais que fermentam, por exemplo, feijão, vagem, brócolis, repolho, couve e alguns açúcares como sorbitol que pode ser encontrado nos chicletes, em doces e alguns sucos industrializados. Aqueles que são intolerantes à lactose devem evitar leite e seus derivados ou utilizar a lactase.

O que acontece quando ingerimos bebidas com álcool?

O álcool pode alterar o odor dos gases produzidos.

Qual amelhor abordagem para o controle dos gases intestinais?

Tente manter uma dieta saudável e identifique os alimentos que podem lhe causar sintomas por aumento da produção de gases ou que afete o odor dos gases. Testes respiratórios para identificar intolerância aos carboidratos ajudam na definição da dieta, evitando restrições desnecessárias. A dieta indicada é sempre individualizada, pois depende de quanto este ou aquele alimento interfere na quantidade de gases.

A presença de disbiose (alteração da microflora intestinal) pode ser diagnosticada também pelo teste respiratório e indicar o controle deste supercrescimento bacteriano no intestino delgado quando presente. Atividade física facilita a eliminação de gases, evitando a retenção.

Existem medicamentos que podem ajudar a diminuir os sintomas. Enzimas que ajudam na digestão, como a lactase que quebra a lactose e permite o consumo de leite e seus derivados.

Dimeticona ajuda a romper bolhas de gás que estão no estômago e assim elas podem ser expelidas através da eructação. Este medicamento não atua nos gases intestinais.

Qual a ação da lactase sobre a lactose?

Se acrescentarmos a lactase ao leite antes de beber ou se a tomarmos imediatamente antes de comer, diminuiremos muito a possibilidade de sintomas desencadeados por produtos lácteos.

O que é beano?

Beano é uma enzima (alfa-galactosidase).

Esta enzima pode auxiliar na digestão, pois é capaz de digerir aqueles carboidratos que não temos a capacidade de metabolizar (ex.: rafinose). Este carboidrato está presente no feijão, vagem e em outros vegetais. Altas temperaturas prejudicam a atuação dessa enzima, por isso, ela não deve ser adicionada à comida quando esta está sendo preparada.

Outras recomendações:

Qual o tratamento recomendado para pacientes com problemas crônicos?

Evitar chicletes (especialmente os dietéticos) e o tabagismo. Ingerir líquidos e alimentos mais devagar, evitar conversar enquanto se alimenta e verificar com um especialistas se a prótese dentária ou o aparelho ortodôntico estão devidamente ajustados em sua arcada dentária.

Atenção aos alimentos que causam maior aumento de gases:

• Feijão e vagem.

• Vegetais (alcachofra, aspargos, brócolis, repolho, couve, couve-flor, pepino, pimentão, cebola, rabanete, aipo cenoura).

• Grãos, sementes e farelos de cereais devem ser consumidos de forma moderada.

• Bebidas com gás podem ser consumidas após ficaram abertas por horas para reduzir a quantidade de gás carbônico.

• Leite e seus derivados, exceto com o uso de lactase.

• Alimentos que contém sorbitol, como alimentos dietéticos, doces e chicletes.

• Vinho e cerveja.

O que causa a formação de odor?

Álcool, aspargos, feijão, vagem, repolho, couve, frango, café, pepino, ovo, peixe, alho, nozes, cebola, ameixa, rabanete e alimentos defumados.

Quais alimentos interferem menos na produção de gases?

Carne, aves, peixe, ovos, vegetais (alface, tomate, abobrinha, quiabo), algumas frutas (uva, cereja, banana, mamão), pão sem glúten e arroz.

Fonte: https://clinicacemad.com.br/doencas/gasesintestinais.html#:~:text=Rafinose%20


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