DIETA DO DNA,TENDÊNCIA ENTRE CELEBRIDADES FUNCIONA MESMO ?

Dieta do DNA é tendência entre celebridades, saiba se o método é real e pode funcionar para você

Cardápio e exercícios são indicados a partir de exame que custa em média US$ 400 e mostra mapeamento genético do paciente. Médico e nutricionistas tiram dúvidas e esclarecem promessas do novo método.


A partir de um exame de mapeamento genético, seria possível dizer quais alimentos são mais indicados para cada pessoa. Especialistas alertam, no entanto, que a ciência ainda não alcançou o patamar de um cardápio totalmente personalizado; e que vários outro fatores interferem na saúde e no emagrecimento, além do DNA


Criticada por oferecer apenas uma série limitada e pré-fabricada de combinações de cardápio e atividades físicas, sem uma personalização verdadeira, a dieta do DNA comercializada mundialmente acaba confundindo-se com um ramo da nutrição que tem enorme potencial de promoção da saúde e da boa forma: a nutrigenômica. Entenda a diferença entre uma coisa e outra e veja o que essa ciência pode ensinar sobre alimentação saudável.

A Dieta do DNA

O cirurgião e gastroenterologista especializado em obesidade Bruno Sander Queiroz explica que a proposta da dieta do DNA é, em parte, correta. Considerando determinados fatores genéticos, há exercícios mais indicados e alimentos que devem ser evitados, assim como nutrientes que precisam ser priorizados. “Há determinadas pessoas que têm maior tendência a desenvolver massa magra naturalmente, por exemplo. E outras que têm mais dificuldade. Isso faz parte do perfil genético do indivíduo”, completa Sander.

Entretanto, o médico lembra que há outros fatores determinantes. “Um exame genético sozinho não pode determinar o que alguém pode ou não comer. Não existem estudos científicos suficientes para comprovar esse método e é muito prematuro afirmar que esta é uma solução viável”, avalia o especialista. Segundo Sander, há relatos de pacientes que receberam a notícia, a partir do perfil genético, de que poderiam comer chocolates e doces à vontade, por exemplo, uma vez que seu metabolismo teria alta capacidade de absorção e não haveria tanto ganho de peso. “É arriscado demais seguir esse raciocínio. O mérito do emagrecimento deve ser colocado na mudança de hábito”, ressalta o gastroenterologista.

O especialista pondera que é perigoso, a partir de um exame, indicar uma 'fórmula'. “O estilo de vida e a forma como um gene se expressa no organismo variam de pessoa para pessoa e interferem nos resultados. Essa é mais uma daquelas modas que veio dos EUA – há laboratórios por lá lucrando com os testes e com o marketing em torno do programa de emagrecimento – mas que na prática acaba sendo uma dieta de celebridades como todas as outras – grandes promessas, muitas frustrações e dinheiro gasto desnecessariamente”, afirma Sander. Segundo ele, o exame está disponível há cerca de dez anos, mas chegava a custar R$10 mil. Agora que o preço deixou de ser tão proibitivo – menos de R$1.500 – a tendência se alastrou nos consultórios, revistas e academias.

O médico não descarta, no entanto, a hipótese de que o exame genético possa contribuir para que a pessoa acredite, finalmente, que precisa mudar seus hábitos. “Pode ajudar aquelas pessoas que já tentaram várias fórmulas e nada deu certo para o emagrecimento. É possível que a crença no resultado incentive a pessoa a seguir o novo estilo de vida à risca. Por outro lado, se ainda assim não conseguir o efeito desejado, a tendência será culpar o exame”, acrescenta.

Sander faz uma comparação com a Dieta Dukan – muitas pessoas têm resultados positivos simplesmente porque passam a comer de forma mais saudável que antes. Ainda que o cardápio indicado pelo médico franco-argelino não seja o ideal. “Acredito que essa dieta do DNA, da maneira como está sendo proposta, vai entrar e sair da moda assim como a do tipo sanguíneo, que virou febre e depois caiu no esquecimento. Nada é mais saudável que a reeducação alimentar associada à atividade física. E nada muito extremo funciona por muito tempo”, define o gastroenterologista.

Fora do Brasil, a dieta do DNA também é alvo de grande desconfiança. José Carlos Perales, doutor em bioquímica pela Universidade de Barcelona e autoridade no estudo do diabetes e terapia gênica, destaca que um dos grandes problemas para determinar o tratamento da obesidade é justamente a complexidade das causas. “Para determinar até que ponto a herança genética influencia o sobrepeso, faltam ainda estudos mais aprofundados. Por exemplo, com gêmeos idênticos. O enfoque genético não é suficiente; e a quantidade de genes analisados no exame mais comum, muito menos”, explica o professor.

“O máximo que podemos dizer a partir de um exame genético são tendências. Futuramente, sim, teremos mais avanços no tratamento e prevenção de enfermidades - como a celíaca e o diabetes - pela alimentação, mas deixando bem claro que a genética do indivíduo não será alterada. Só se influencia a forma de expressão e interação com outros genes”, esclarece. “Ainda que a manipulação genética possa ser realidade em gerações futuras – mas não para toda população, devido aos custos – em uma batalha entre bons genes e maus hábitos, geralmente vencem os segundos”, define o pesquisador espanhol.

Novo protocolo

Andrezza Botelho, nutricionista funcional de São Paulo e entusiasta do método, defende que os marcadores e estudos genéticos selecionados para esse exame representam a melhor e mais recente pesquisa em relação à dieta, nutrição, exercício físico e condições metabólicas. “São informações personalizadas baseadas na genética e estilo de vida, que servem para ajudar a alcançar os objetivos como perda ou manutenção de peso, obter o máximo de benefício da atividade física, aperfeiçoar e equilibrar a nutrição” explica. “Com um protocolo especifico, é fácil detectar o que o paciente pode ou não ingerir, quais exercícios devem realizar e qual caminho seguir dali por diante. O profissional que solicita esse tipo de exame deve entender de nutrigenética e nutrigenômica. Traduzir todas essas informações é essencial”, comenta.

A nutricionista explica que este tipo de exame é indicado a pacientes com resistência à perda de peso, que fazem exercícios e não obtêm resultados. Seria opção ainda para indivíduos com alterações metabólicas, pessoas com deficiências nutricionais não revertidas por meio de alimentação ou suplementação; e também pessoas obesas. A dieta pode, segundo a profissional, ser adotada por um longo período de tempo, desde que acompanhada por um profissional periodicamente.

DNA aliado da nutrição

A nutricionista clínica e esportiva Fernanda Dias concorda que existe uma conexão real e de grande potencial entre o DNA humano e a nutrição. Mas não é uma dieta milagrosa, a partir de um exame. “Uma coisa é realizar o mapeamento genético, que realmente pode trazer informações riquíssimas sobre a saúde de cada indivíduo. Mas a outra coisa é a forma como cada gene vai se expressar dentro do nosso organismo ao longo da vida”, explica Fernanda.

Para ela, é muito prematuro dizer que já existe uma dieta do DNA personalizada para cada um. Apenas 0,1% do mapeamento de uma pessoa será diferente em relação ao da outra. Os outros 99,9% são iguais para todos os seres humanos. E é nesse 0,1% que se concentram os esforços para uma atuação individualizada não só da nutrição, como de todas as ciências da saúde, relata a profissional. “Será possível, no futuro, até desenvolver um medicamento específico para cada indivíduo. O alcance vai muito além da dieta e da nutrição”, aponta.

Segundo a especialista, ainda não houve nem tempo hábil para um detalhamento completo da expressão genômica humana. “Ainda estamos no início dos estudos sobre a intervenção da dieta nos genes de cada indivíduo. O Projeto Genoma Humano alcançou a marca de 25 mil genes, que correspondem a 400 mil proteínas. Mas ele mostra, por enquanto, apenas a matriz do DNA, e não seu comportamento futuro. É cedo para dizer o que você pode ou não comer, baseado em seu perfil genético”, pondera a nutricionista.

O que existe de real na dieta do DNA nada tem a ver com um pacote pronto vendido por uma empresa. “Há compostos nutricionais bioativos, os CBAs, que já demonstraram poder para interferir na forma como um gene se comporta ao longos dos anos, prevenindo e tratando doenças crônicas, como hipertensão, aterosclerose, osteoporose e diabetes. Isso representa um potencial enorme inclusive para a saúde pública, porque essas enfermidades são uma das principais causas de morte na população mundial”, pontua Fernanda.

Desde a apresentação dos resultados do Projeto Genoma, em 2003, a ciência já conseguiu apontar alimentos capazes de interferir na expressão dos genes e prevenir doenças crônicas
A forma como determinados CBAs podem interferir na expressão dos genes ao longo da nossa vida é o alvo da nutrigenômica (veja mais abaixo). Apesar de o estudo internacional sobre o Genoma Humano ser jovem – vai completar 11 anos em 2014 – já existem conhecimentos associados à nutrigenômica sendo aplicados pelos profissionais de saúde há mais tempo. “Crianças rastreadas com a doença congênita fenilcetonúria pelo teste do pezinho, por exemplo, podem receber uma dieta especial, com controle do consumo proteico”.

Pode ajudar, mas não é indispensável

Fernanda considera que o 'exame da moda' pode até ajudar na definição de um cardápio, considerando mais as possibilidades de uma vida saudável do que necessariamente o emagrecimento. “Vamos pegar como exemplo o gene PPAR-y. Na sua expressão, ele pode privilegiar o acúmulo de colesterol e favorecer cardiopatias. A pessoa que identificar essa característica no mapeamento pode, portanto, evitar alimentos ricos em gordura. Lembrando que seria só evitar; e não retirar completamente das refeições”, enumera.

A nutricionista alerta, no entanto, para o fato de não haver necessidade de pagar um exame caro e comprar um pacote para aplicar princípios da nutrigenômica. E muito menos tomar medidas radicais. “Fatores externos podem alterar a atividade do gene ao longo da vida. Se uma pessoa tem risco maior de desenvolver a diabetes, podemos pensar em um cardápio para minimizá-lo. A não ser que o problema em questão seja intolerância à lactose, por exemplo, que determina ações drásticas, nunca devemos atuar como se a pessoa já tivesse a doença, eliminando totalmente alimentos da rotina”, exemplifica a nutricionista.

Se há condições financeiras, Fernanda não é contra a realização do exame, mas aposta nele como ferramenta acessória. “Com mapeamento ou não, o que devemos fazer é manter o padrão de qualidade de vida com um bom cardápio e rotina de atividades físicas, balanceamento de nutrientes e boas noites de sono”, frisa. Isso vale, é claro, para quem não tem qualquer gene indicativo de doenças. “E mesmo para quem tem, isso não é uma sentença, ou seja, ter o gene não garante que você vá desenvolver qualquer distúrbio. É apenas uma probabilidade”, reforça a nutricionista.

De acordo com a especialista, não existe 'a corrida do ouro do mapeamento genético'. “Por meio das consultas tradicionais, desde que realizadas com atenção e cuidado, é possível trabalhar a utilização de compostos bioativos. Com o mapeamento normal de risco e os exames bioquímicos regulares, já temos um cenário real de como funciona o corpo de cada um, podemos montar um plano de emagrecimento sudável e prevenir doenças. O sobrepeso e a obesidade são vinculados a várias razões, e não só à genética”, conclui a profissional.

Epigenética – modificação na forma como os genes se expressam ao longo da vida, ou seja, nosso ciclo de vida diante dos fatores ambientais e individuais, como a exposição a alimentos e à poluição. O DNA, que define nossa cor de cabelo e de olho, por exemplo, permanecerá intacto, mas a expressão dos genes pode ser afetada.

Por muitos anos, considerou-se que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra, mas hoje os cientistas sabem que variações epigenéticas adquiridas durante a vida de um organismo podem ser passadas aos seus descendentes. A herança epigenética depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que envolvem o DNA. Evidências científicas mostram que hábitos de vida e ambiente social podem modificar o funcionamento dos genes.

Nutrigenômica - ciência que investiga a relação entre a nutrição e o mapeamento genético, identificando compostos bioativos que podem prevenir e tratar doenças. A ideia é descobrir a melhor maneira de influenciar a epigenética. A nutrigenômica busca potencializar a qualidade de vida por meio da alimentação.

Nutrigenética - estudo da constituição genética de cada pessoa e observação de suas reações em resposta à dieta. Campo emergente nas ciências da saúde, considerado uma das fronteiras da era pós-genoma.

Dieta para todos?

Para criar o regime anunciado como 'Dieta do DNA', a empresa britânica DNA Fit diz se basear em uma ampla pesquisa, realizada em parceria com a Universidade Newcastle, com a participação de 7.700 pessoas, na Dinamarca. Os participantes estavam próximos dos 40 anos de idade.

Nove entre dez voluntários perderam peso durante o período do estudo. Alguns chegaram a emagrecer de 5 a 11 kg em quatro meses, o que seria o 'dobro de uma dieta comum'.

A partir deste estudo, foram criados os 'pacotes' de exame, dietas e exercícios vendidos aos clientes como uma fórmula individualizada para o emagrecimento, de forma equilibrada e constante.

Fonte:http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/05/12/noticia_saudeplena,148581/

Como funciona a Dieta do DNA?


Dieta do DNA
Com as descobertas do Projeto Genoma foi possível interpretar as informações contidas no DNA e com isso os cientistas iniciaram novas pesquisas para compreender melhor como os genes interagem com cada nutriente consumido através da alimentação. Destes estudos surgiu a ciência denominada nutrigênomica.
A Dieta do DNA nada mais é do que uma promessa da nutrigenômica que afirma que em breve será possível, aos nutricionistas, elaborar um cardápio personalizado voltado para o emagrecimento ou para a prevenção de doenças que atenda às necessidades de cada indivíduo segundo seu perfil genético.
Estudos apontam que alguns nutrientes podem afetar, inibindo ou estimulando, a expressão dos genes podendo influenciar no desenvolvimento de algumas doenças.
Nos Estados Unidos, alguns profissionais têm indicado dietas especificas, baseadas em conceitos da nutrigenômica, para indivíduos com predisposição genética para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer.
Os alimentos que foram relacionados às possíveis interferências nos genes são:
• Isoflavonas, substâncias encontradas nos grãos de soja relacionados à redução dos riscos de tumores de mama, ovário e próstata, bem como na prevenção de osteoporose e sintomas de menopausa.
• Nitratos, nitrosaminas e nitritos (usados no processo de salgar, conservar em vinagre e defumar alimentos) que favorecem o desenvolvimento de câncer de esôfago e estômago.
• Sulforato, composto encontrado no brócolis, cujo consumo pode estar ligado ao aumento da ação de genes vinculados à proteção contra agentes tóxicos.
• A clorofila, pigmento que confere a cor verde aos vegetais, estimula produção de hemácias e reduz os riscos de câncer.
• Álcool é relacionado ao aumento do risco de câncer de boca, faringe, laringe e esôfago.

Vantagens da Dieta do DNA


Compreender melhor a interação entre genes e nutrientes seria uma gratificante alternativa para os profissionais da saúde. A possibilidade de poder elaborar um plano dietético que atenda às necessidades de cada indivíduo permitindo também a prevenção de doenças, seria um grande avanço dentro da área da saúde.

Desvantagens da Dieta do DNA


Para o desenvolvimento de um cardápio personalizado, como o sugerido pela Dieta do DNA é necessário o detalhamento do perfil genético de cada pessoa, o que pode implicar em um levado custo, inviabilizando a adoção deste tipo de tratamento em indivíduos de baixa renda e em países em desenvolvimento.

Dieta do DNA x Dieta e Saúde

  • Aprenderei a me alimentar corretamente?
    Dieta do DNA: Ter uma dieta personalizada de acordo com suas necessidades nutricionais, como proposta pela Dieta do DNA é uma ótima forma de conhecer quais alimentos devem ser consumidos a fim de garantir o equilíbrio do corpo, a saúde e a consequente prevenção de doenças.
    Dieta e Saúde: Com a reeducação alimentar proposta pelo Dieta e Saúde, você aprende a fazer as melhores escolhas e que ter uma alimentação variada o que é fundamental para emagrecer com saúde e para se manter em forma por muito mais tempo.
  • É fácil de seguir?
    Dieta do DNA: Para elaboração de um plano alimentar personalizado para a Dieta do DNA, é fundamental o detalhamento de perfil genético. Este procedimento é de alto custo e restrito a alguns países. Muitos alimentos que você consome normalmente podem ficar de fora da dieta caso o seu perfil genético restrinja o consumo deles.
    Dieta e Saúde: A Dieta dos Pontos do Dieta e Saúde não exige que você mude radicalmente sua rotina e nem abra mão dos alimentos que está acostumado a consumir. A sua consciência alimentar é desenvolvida naturalmente, o que torna a reeducação alimentar uma dieta mais fácil de ser seguida e mantida.
  • O que terei a minha disposição?
    Dieta do DNA: No dia-a-dia da dieta você não tem acesso a ferramentas que podem te orientar sobre o seu processo de emagrecimento. Você fica condicionado ao acompanhamento presencial com o médico em dias de consulta.
    Dieta e Saúde: O Dieta e Saúde te oferece ferramentas que permitem acompanhar a evolução do seu emagrecimento no dia-a-dia e por ser 100% online, você pode acessar sua página a qualquer momento. Conte com: Contador de Pontos, a Análise Nutricional, a Comunidade e o Suporte Nutricional e emagreça com saúde.
  • Farei a dieta sozinho?
    Dieta do DNA: A Dieta do DNA traz somente uma lista de alimentos que você deve consumir de acordo com seu perfil genético. Por ser uma dieta personalizada você não encontrará outras pessoas que seguem a mesma dieta o que pode prejudicar a troca de experiências tornando a adaptação à dieta ainda mais dificil.
    Dieta e Saúde: Emagrecer na companhia de amigos é bem melhor, não é mesmo? No Dieta e Saúde você encontra a maior Comunidade online de emagrecimento do país. É um ótimo modo de compartilhar experiências e dicas com quem quer o mesmo que você: emagrecer! Quem participa ativamente da Comunidade emagrece até 5 vezes mais do que quem não participa.
  • Quem irá me acompanhar?
    Dieta do DNA: Com a Dieta do DNA você contará com uma equipe de profissionais que irão traçar suas características genéticas e assim oferecer a você todas as orientações necessárias para seguir a dieta proposta. Contudo, o alto custo associado a um acompanhamento específico como este pode se tornar um obstáculo.
    Dieta e Saúde: Lembre-se que no Dieta e Saúde você nunca está sozinho. Além do apoio da Comunidade, você poderá contar com nosso suporte via chat ou e-mail com especialistas nas áreas de nutrição e atividade física.
  • O que vou comer?
    Dieta do DNA: Na Dieta do DNA você consome alimentos com compostos ativos que atuarão, sobretudo na prevenção de doenças. Em sua maioria os alimentos consumidos são frutas, legumes, verduras, peixes, carnes magras e produtos integrais.
    Dieta e Saúde: Como a proposta do Dieta e Saúde é a reeducação alimentar, você vai aprender que comer de tudo não é problema se você tiver moderação e ponderar suas escolhas. Um doce, um pedaço de pizza não são proibidos, mas você aprenderá que seu consumo não deve ser frequente.
  • Fonte:http://www.dietaesaude.com.br/dietas/25-dieta-do-dna

  • DIETA DO DNA - APROFUNDAMENTO
    Com as descobertas do Projeto Genoma foi possível interpretar as informações contidas no DNA
    e com isso os cientistas iniciaram novas pesquisas para compreender melhor como os genes
    interagem com cada nutriente consumido através da alimentação. Destes estudos surgiu a ciência
    denominada nutrigênomica.

    A Dieta do DNA nada mais é do que uma promessa da nutrigenômica que afirma que em breve será
    possível, aos nutricionistas, elaborar um cardápio personalizado voltado para o emagrecimento ou para
    a prevenção de doenças que atenda às necessidades de cada indivíduo segundo seu perfil genético.
    Estudos apontam que alguns nutrientes podem afetar, inibindo ou estimulando, a expressão dos genes
    podendo influenciar no desenvolvimento de algumas doenças.

    A Nutrigenômica ou Genômica Nutricional representa o estudo das interações entre a nutrição (dieta) e
    o genoma, ou seja, é o termo utilizado para se referir à maneira como a alimentação regula a expressão
    ou função dos genes contidos no interior de cada uma de nossas células.

     Dieta → Expressão Gênica
     A nutrigenômica pode ser melhor explicada considerando-se 5 pontos:
    1 - Sob certas circunstâncias e em alguns indivíduos, a dieta pode ser um sério fator de risco para
    um número razoável de doenças;
    2 - Compostos alimentares podem atuar sobre o genoma, seja direta ou indiretamente, para alterar a
    expressão ou a estrutura dos genes;
    3- O grau com que a alimentação influencia o equilíbrio entre os estados de saúde e doença podem
    depender das características genéticas de cada pessoa;
    4- Alguns genes regulados pela dieta podem influenciar o início, a progressão e, ou severidade das
    doenças crônicas;
    5- A intervenção alimentar baseada no conhecimento das necessidades nutricionais, estado nutricional
    e conjunto de genes do indivíduo, por meio da nutrição personalizada, podem ser usados na prevenção,
    atenuação e, em um futuro próximo, na cura doenças crônicas instaladas.

    O que os estudos dizem?
    Os estudos nesta área da ciência, que procuram elucidar como os alimentos estimulam ou inibem
    expressão dos genes, são de fundamental importância já que cada indivíduo é diferente, e cada um
    expressão um padrão de genes. Tais pesquisas permitem conhecer o mecanismo de ação dos nutrientes
    e de compostos biologicamente ativos, contidos nos alimentos, e seus efeitos benéficos para a saúde e as
    causas alimentares que podem levar às doenças, principalmente as crônicas. Com isso, a nutrigenômica
    fornece ferramentas para prevenir e tratar doenças por meio da alimentação.
    Vale ressaltar que devido as diferenças individuais, não existe uma dieta única ou um único programa de
    exercícios que funcione para todas as pessoas . Cada indivíduo deve encontrar o programa mais eficiente
    para seu organismo.
    Aproximadamente 40 micronutrientes são necessarios para a saúde humana.
    A ingestão deficiente de alguns nutrientes específicos tem sido associados ao desenvolvimento de Doenças
    Cardiovasculares (DCV) (vitaminas do complexo B, vitamina E e carotenóides), câncer (folate, carotenoids),
    defeitos do tubo neural (folate), e osteoporose (vitamin D).
    A ingestão de gorduras saturadas é correlacionada
    com o aumento da LDL (colesterol ruim), o principal alvo tratado 
    para a redução do risco de DCV. Além disso,
    as gorduras saturadas podem contribuir para a obesidade e diabetes, uma 
    vez que estas doenças também
    são caraterizadas por alteração dos níveis   lipídios do sangue.
    Simples ou complexos os carboidratos são
    degradados em diferentes taxas e, por esta razão, têm diferentes efeitos 
    sobre as concentrações de glicose
    do sangue. Os carboidratos presentes em alimentos, como por exemplo, na batata 
    ou no tomate são
    degradados mais lentamente, enquanto que os encontrados no açúcar refinado são degradados mais 
    rapidamente a glicose, aumentando sua concentração no sangue e consequentemente a demanda de insulina.
    Quanto à proteína, os processos de cocção tais como fritar, cozinhar, assar e grelhar podem alterar a
    composição química da carne e de outros alimentos e, em alguns casos, pode ocorrer a produção agentes
    que levam ao câncer.
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                    Nutrigenômica
    Com a conclusão do Projeto Genoma Humano — que possibilitou o mapeamento de todas as bases químicas
    que formam as moléculas do nosso DNA —, deu-se início a uma nova era nas ciências da saúde. Afinal,
    comprovou-se que os fatores ambientais, a exemplo da dieta e da prática de exercícios físicos, podem regular as
    atividades dos genes, despertando-os ou, ao contrário, reduzindo sua expressão. Na prática, estamos falando da
    possibilidade de driblar a tal determinação hereditária e afastar várias encrencas, de doenças cardíacas a câncer.

    Expressão gênica é processo no qual a informação de uma sequência de genes no DNA é traduzida em uma
    substância, como uma proteína, que é usada na estrutura ou na função de uma célula.
    A alimentação ganhou muito destaque nesse cenário. E sua importância é facilmente justificada: estamos expostos
    a alguma dieta desde que somos concebidos. Foi aí que se firmou a nutrigenômica, uma disciplina que visa elucidar
    os efeitos dos nutrientes sobre o genoma. A comunidade científica percebeu que, para reduzir o risco de as pessoas
    ficarem doentes, é imprescindível entender exatamente de que maneira os alimentos são capazes de interferir
    na atuação dos genes.

    Sulforafano
    Varredor de agentes cancerígenos. Encontrados nos vegetais crucíferos — como brócolis, couve-flor e couve-de-bruxelas
    — são fontes de um composto com o poder de estimular um gene cuja função é combater agentes cancerígenos.
    Meia xícara de chá dos vegetais já fornece boas doses da substância.

    AGRIÃO
    PROTEGE O DNA CONTRA A PRODUÇÃO EXCESSIVA DE RADICAIS LIVRES, EM ESPECIAL CAUSADOS
    POR EXERCÍCIOS INTENSOS.
    Pesquisadores da University of Ulster, na Irlanda, descobriram que o agrião pode ajudar a prevenir danos causados
    ao DNA devido a exercícios intensivos. Embora a atividade física moderada e regular seja saudável, o aumento da
    demanda causado pela sobrecarga de exercícios pode ampliar o dano ao material genético através do acúmulo de
    radicais livres que podem contribuir para o envelhecimento. Para os cientistas, a hortaliça pode ajudar a maximizar
    os benefícios de uma sessão de treinos.
    O estudo durou oito semanas e envolveu pessoas com e sem o agrião inserido na dieta diária. Ambos os grupos
    foram orientados a praticar atividades físicas intensas. "Nós descobrimos que aqueles que não tinham comido
    agrião sofreram mais danos no DNA do que aqueles que consumiram a planta", disse um dos responsáveis pelo
    estudo, Gareth Davidson.
    Hortaliça maximiza os benefícios da atividade física e protege o DNA contra a produção excessiva de radicais livres.
    O que descobrimos é que consumir uma quantidade relativamente pequena de agrião por dia pode ajudar a elevar
    níveis de vitaminas antioxidantes importantes, que podem ajudar a nos proteger e que também nos permitem desfrutar
    as recompensas de nos mantermos em forma", explica.
    Embora estejamos cientes de como o exercício pode ser bom para os nossos corpos. Exagerar esteira ou levantar
    pesos pesados pode cobrar seu preço", contou Davison. Segundo ele, o aumento da demanda sobre o corpo pode
    criar um acúmulo de radicais livres.

    A gordura poliinsaturada ômega-3
    Encontrada especialmente no óleo de peixe e em nadadores de água fria, como salmão e sardinha, fica com os
    louros quando o propósito é amenizar inflamações.

    Ácido fólico
    Presente no abacate, no feijão-preto, na lentilha e nas nozes A grande vantagem é que ela comanda a batalha
    contra a homocisteína, um aminoácido que colabora para piripaques no coração. A nutricionista Sandra Soares,
    da Univali, confirmou a ação. "Em um estudo com 183 portadores de diabete do tipo 2 e alto risco cardiovascular,
    foi observada uma redução significativa nas taxas de homocisteína após a suplementação de ácido fólico", descreve.

    O estudo mostrou a importância de fazer várias pequenas refeições ao longo do dia. 

    Comparação entre dietas
    Estudos que comparam diferentes dietas com diferentes quantidades de gordura são muitas vezes criticados com o
    argumento de que é a diferença na quantidade de ômega-3 e outros ácidos graxos que gera os efeitos sobre a saúde,
    e não o resto da ingestão de alimentos.
    Os pesquisadores abordaram este problema colocando a mesma quantidade de ômega-3 e ômega-6 em duas dietas,
    embora a quantidade de gordura, no geral, fosse diferente.
    Os pesquisadores também evitaram um outro problema comum nesses estudos: a variação natural na expressão dos
    genes entre os seres humanos – para isso eles aplicaram uma dieta a cada grupo, deram um intervalo, e inverteram
    as dietas.

    Os estudos resultaram em duas descobertas importantes.
    A primeira delas é o efeito positivo de se ter várias refeições ao longo do dia, além de detalhes sobre a qualidade e a
    composição dos componentes de uma dieta ótima, incluindo os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.
    A segunda é que uma dieta rica em carboidratos, independentemente de a pessoa comer demais ou não, tem
    consequências para os genes que afetam as doenças de estilo de vida.

    Insulina
    A dieta é a chave para controlar nossa suscetibilidade genética pessoal para as doenças.
    Ao escolher o que comemos, nós escolhemos se vamos dar aos nossos genes as armas que causam doenças.
    Quando consumimos muitos carboidratos e o corpo é acionado para reagir, o sistema imunológico mobiliza sua força
    como se o corpo estivesse sendo invadido por bactérias ou vírus.
    Uma dieta saudável diz respeito a comer determinados tipos de alimentos para que você minimize a necessidade do
    corpo para secretar insulina. A secreção de insulina é um mecanismo de defesa em resposta ao excesso de glicose
    no sangue, e não importa se a glicose vem do açúcar ou de carboidratos não-doces, como amidos (batatas,
    pão branco, arroz, etc).

    Evitar a armadilha de gordura
    Cortar a ingestão de carboidratos completamente também não é bom, porque isso pode resultar na ingestão demasiada
    de gordura.
    A armadilha de gordura/proteína é tão ruim quanto a armadilha de carboidratos. O que é importante é sempre o equilíbrio.
    Devemos nos certificar de comer carboidratos, proteínas e gorduras, em 5 ou 6 refeições menores, e não apenas em uma
    refeição principal. Comer várias refeições pequenas e médias ao longo do dia é importante. Não pule o café da manhã e
    não pule o jantar. Um terço de cada refeição deve ser de carboidratos, um terço de proteína e um terço de gordura.
    Salada também contém carboidratos
    Todas frutas e verduras que comemos também contam como carboidratos – não devemos ficar de olho apenas nos
    carboidratos doces.
    A salada é composta de carboidratos. Mas você tem que comer um monte de verduras para obter um monte de calorias.
    Os brócolis refogados são uma ótima alternativa para as batatas cozidas. Frutas são boas, mas você tem que ter cuidado
    para não comer grandes quantidades de frutas com alto índice glicêmico ao mesmo tempo. A variedade é importante.
    O melhor é cortar o consumo de batatas, arroz e massas, e deleitar-se com algumas daquelas delícias que costumam
    se perder na parte de baixo da geladeira.
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                   NEUROGÊNESE
    Alimentos podem estimular a neurogênese (o nascimento de novas células nervosas); melhorando nossa capacidade
    cognitiva e assegurando funções nobres do cérebro, como a memória e raciocínio.
    Os nutrientes dos alimentos atuam no funcionamento do cérebro como um todo e sozinhos não fazem milagres! Para
    evitar a degeneração do cérebro; o sistema nervoso necessita de um equilíbrio entre ingestão de carboidratos, proteínas,
    gorduras e nutrientes antioxidantes.

    Alimentos importantes ao cérebro
    A gema de ovo, por exemplo, rica em colina, ajuda o nosso organismo a produzir o neurotransmissor acetilcolina,
    fundamental para a memória! Outros alimentos ricos em colina: nozes, granola, pistache, peixes, brócolis e couve-flor.
    O ômega 3 (ácido graxo encontrado na sardinha, salmão e atum) não só favorece o nascimento de novos neurônios no
    cérebro como protege os já existentes. Ele se incorpora às membranas das células nervosas que formam os circuitos
    responsáveis por funções como a memória e aprendizagem.  Não é à toa que pesquisas vêm mostrando sua utilização
    na redução dos riscos do mal de Parkinson (caracterizado pela morte de neurônios). Além disso, previne o Alzheimer,
    pois aumenta a fabricação de uma proteína que, em baixos níveis, contribui para a doença.

    CÉREBRO
    Vitamina E
    Protege o cérebro, encontrada nos óleos vegetais, nos ovos e nas nozes. Ela está associada à baixa incidência do mal
    de Alzheimer.

    Colina
    Nutriente presente na gema do ovo que contribui para a neurogênese, já a clara contém a glutamina, essencial para
    constituir o DNA, ou seja, o material genético de novas células na massa cinzenta.

    Ômega-3
    boa para a atividade cerebral é o ômega-3 e o ácido graxo que favorecem a neurogênese e protegem os já existentes. 

    Cafeína
    Mais atento com alimentos e/ou bebidas que contêm cafeína 
    A cafeína pode ser encontrada nos seguintes alimentos: chá preto, chá mate, chá verde, chá branco, café, refrigerantes
    a base de cola e chocolate.

    Carnes vermelhas
    São consideradas vilãs do cérebro, pois possuem um grupo de substâncias nocivas chamadas aminas,
    que danificam o DNA e causam doenças neurodegenerativas, além de cardiopatias e cânceres. Mas
    calma! Comer carne não significa que irá ficar doente; mas, a quantidade consumida ao longo da vida
    pode determinar o aparecimento de doenças neurodegenerativas no futuro. Quanto maior o tempo em
    que a carne ficar exposta às altas temperaturas, maior a quantidade das aminas. Se é fã de um churrasco
    bem passado, os teores dessa substância chegam às alturas!!!

    O Açúcar é outro vilão do cérebro. Em excesso, ele leva a pequenas inflamações que danificam os neurônios. 
    Se vive tristonho e desanimado sem motivo, inclua no seu prato: grão de bico, ervilha, feijão, banana, milho, leite e
    derivados, arroz integral, espinafre e mel.  Eles ajudam o organismo a fabricar serotonina, famosa por promover a
    sensação de bem-estar. 

    Além deles, nutrientes antioxidantes como o magnésio (cereais integrais e frutas secas) e selênio
    (frutas oleaginosas, atum, semente de girassol e cereais integrais), de alguma maneira, também modulam
    o nosso humor.

    Para cuidar do cérebro e se prevenir das doenças degenerativas como o Alzheimer, escolha bem
    os alimentos que coloca no prato, cuide de sua saúde, praticando exercícios físicos com freqüência
    e fazendo coisas que gosta e que te façam feliz.

    Conservar a mente: a glutamina.
    Ela é fundamental para compor o DNA, isto é, o material genético de novas células na massa cinzenta. O
    organismo até consegue fabricar esse aminoácido. Mas não basta. Para mantê-lo em níveis ideais,
    precisamos de alimentos protéicos.Aí a melhor fornecedora é a clara de novo, o ovo!

    Preservar a atividade cerebral: o ômega-3. 
    Esse ácido graxo não só favorece o nascimento de neurônios como protege os já existentes.
    Ele se incorpora às membranas das células nervosas que formam os circuitos responsáveis por funções
    como a memória, explica o neurologista Greg Cole, diretor do Centro de Estudos sobre Mal de Alzheimer
    da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

    O cérebro consome grande quantidade de glicose, justifica Paulo Caramelli, coordenador do Departamento
    de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia. Daí a importância de comer pães, massas
    e arroz. Eles seriam uma espécie de combustível dos pensamentos.
    Já as proteínas fornecem a base para a síntese dos neurotransmissores, essenciais para a comunicação
    entre os neurônios.
    Entre as gorduras, reina o ômega-3.
    Ele melhora a função cognitiva, afasta o mau humor e diminui a ansiedade, garante o médico americano
    Alan Logan, autor do livro The Brain Diet
    (A dieta do cérebro).
    O pesquisador Greg Cole nota que, sozinho, o ômega-3 ajuda, mas, para tirar máximo proveito, é preciso
    ingerir fontes de antioxidantes.
    Sem elas, o cérebro fica à mercê de radicais livres, que detonam seus
    neurônios, afirma.

    No caso, os alimentos indicados são os vegetais cheios de betacaroteno (cenoura e rúcula) e de
    flavonóides (soja e cebola).
    E há ainda a maçã, lotada de substâncias anti-radicais.
    As frutas cítricas, ricas em vitamina C, também têm ação antioxidante, lembra a nutricionista Gláucia Pivi,
    do Ambulatório de Neurologia do Comportamento da Unifesp.

    Outra vitamina que protege o cérebro é a E, encontrada nos óleos vegetais, nos ovos e nas nozes.
    Ela está associada à baixa incidência do mal de Alzheimer, diz Caramelli.

    As do complexo B são igualmente importantes para a saúde mental.
    A B1, presente nos grãos, nas verduras e nos cereais, garante a boa absorção da glicose de que o cérebro
    tanto precisa.
    Já a B12, que está no leite, em seus derivados e nos ovos, favorece a memória.

    E o ácido fólico das verduras verde-escuras e dos cereais integrais freia o declínio cognitivo que vem
    com a idade, afirma Logan.

    A letra D fecha o bloco dessas vitaminas.
    Embora seja obtida pra valer por meio da exposição ao sol, dá para complementar a dose com peixes e leite.
    Ela também atua na renovação dos neurônios, assegura Cícero Galli Coimbra.

    No time dos minerais, a nutricionista Luciana Ayer destaca o zinco e o magnésio. O primeiro que aparece
    nas ostras, nas nozes e na castanha-do-pará combate os radicais livres e beneficia o trabalho dos
    neurotransmissores.
    O magnésio, encontrado nas folhas e nas oleaginosas, auxilia nas transmissões nervosas e ainda protege o cérebro do efeito tóxico de aditivos químicos.

    A contrapartida é a seguinte: assim como alguns nutrientes são aliados do cérebro, outros representariam
    uma ameaça, tendo sua parcela de culpa na degradação das células nervosas.
    Ainda na década de 1990, foram identificados compostos químicos formados durante o cozimento das carnes
    branca e vermelha as aminas heterocíclicas.
    Os portadores de males como o Parkinson e o Alzheimer
    apresentavam níveis bem mais elevados dessa 
    substância no organismo, conta o neurologista Cícero Galli
    Coimbra.

    As aminas se unem ao cromossomo do neurônio e desligam alguns genes fundamentais para a
    célula, que se degenera. Isso, aos poucos, afeta a capacidade de pensar e de recordar as coisas
    mais simples. 
    Quanto maior o tempo em que a carne fica exposta às altas temperaturas, maior a
    quantidade das nefastas aminas. 
    Naquele churrasco bem passado, os teores chegam às alturas.
    Não à toa, Coimbra cita Buenos Aires: a capital argentina, que ama uma parrilla, apresenta um dos maiores
    índices de portadores de Parkinson do planeta.
    É claro que ninguém vai sentir os efeitos nocivos logo depois de ir a uma churrascaria. Eles são cumulativos,
    ressalva o professor.
    A quantidade de carne consumida ao longo da vida pode determinar o aparecimento de doenças neurodegenerativas
    no futuro.
    O médico, por sinal, é radical: sugere aboli-las do dia-a-dia e ele próprio segue à risca sua recomendação, baseada
    em estudos científicos. Dos animais, para Coimbra, só o peixe está liberado, e, melhor ainda, se for cozido ao
    vapor, ensopado ou mesmo cru.
    Alguns de seus colegas não condenam a carne de vez, até porque é grande fornecedora de proteínas e vitaminas.
    A sugestão é moderar o consumo da vermelha, diz Paulo Caramelli.
    Para Rubem Guedes, professor de neurofisiologia da Universidade Federal de Pernambuco, comer bife grelhado
    no dia-a-dia, mas sem exagero, não representa risco.

    Açúcar também pede parcimônia. Em excesso, ele leva a pequenas inflamações no cérebro que danificam os
    neurônios, conta Alan Logan. Montar um cardápio que tire um pouco do espaço dos doces e, em compensação,
    privilegie os ingredientes que alimentam a cabeça é a melhor idéia especialmente para quem pretende ainda ter
    muitas delas e por muitos anos.
  • Fonte:https://sites.google.com/site/welsonlemos/home/dieta-do-dna

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