Plantação de batatas orgânicas.
Agricultura orgânica ou agricultura biológica
É o termo frequentemente usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos, tais como certos fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável.1
A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP - National Organic Program), o Japão (JAS - Japan Agricultural Standard), a Suíça (BioSuisse) a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália(AOS - Australian Organic Standard / ACO - Australia Certified Organic) e o Brasil (ProOrgânico - Programa de Desenvolvimento da Agricultura2 ), já adotaram programas e padrões para a regulação e desenvolvimento desta atividade.
Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos.
A agricultura orgânica está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável.
O mundo está cada vez mais rápido e o homem, por necessidade, acompanha a rapidez das máquinas em sua vida. Nesse processo, o homem é desvirtuado do processo produtivo particular de produção decomida, tornando-se um consumidor ou um produtor capitalista de gêneros alimentares.
Nessa nova ordem econômica, não há mais espaço, ou justificativa econômica de mercado para o pequeno produtor ou o produtor da própria comida. O movimento orgânico nasce para se opor a esse sistema vigente.
Qualidade de vida - para os adeptos do movimento orgânico, um mundo cada vez mais automatizado e dependente da tecnologia não exclui a viabilidade de uma produção sustentável, que respeite o solo, o ar, as matrizes energéticas e principalmente o ser humano.
Mesmo com a viabilidade de uma produção ecológica, de fato, as pessoas que se alimentam de sua produção agrícola são vistas na sociedade como radicais; já que um retrocesso na produtividade, que alcançou um patamar muito elevado desde os primeiros fertilizantes (síntese de Haber-Bosch pelo químico alemão Fritz Haber), é visto aos olhos de muitos como um retrocesso da própria sociedade. Agir contraalienação do homem dos processos produtivos de alimento. A produção orgânica age contra os efeitos perversos da contemporaneidade, incluindo entre as ideias de seus defensores, conceitos religiosos, econômicos, ecológicos, práticos e ideológicos; sendo o exemplo religioso o budismo, o de renda em famílias pobres e a quebra do cartel do oligopólio da Bayer e Monsanto, e da proteção do solo contra erosão e lixiviação, além da proteção das águas dos rios, da possibilidade de plantar em terrenos particulares e se aproximar da terra e do ideológico, a crença em um mundo melhor possibilitado por uma produção que favoreça uma melhor qualidade de vida e a sustentabilidade do ambiente.
A atividade orgânica não surge contra o capitalismo, não tem a ingenuidade de um luddista ou de Rousseau; antes de defender o primitivismo, surge como forma de corrigir as imperfeições que a evolução do meio técnico-científico-informacional introduziu na sociedade.
Princípios
- O solo é considerado um organismo vivo, e dele deve ser retirado o mínimo possível;
- Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade;
- Controle com medidas preventivas e produtos naturais;
- O mato (ervas daninhas) faz parte do sistema. Pode ser usado como cobertura de solo e abrigo de insetos;
Motivos para consumir produtos orgânicos
- Proteger as futuras gerações;
- Prevenir a erosão do solo;
- Proteger a qualidade da água;
- Rejeitar alimentos com agrotóxicos;
- Melhorar a saúde dos agricultores;
- Aumentar a renda dos pequenos agricultores (agricultura familiar, comércio justo);
- Apoiar os pequenos agricultores;
- Prevenir gastos futuros;
- Promover a biodiversidade;
- Descobrir sabores naturais;
- Você contribuir para acabar com envenenamento por pesticidas de milhares de agricultores;
- Ajuda a preservar pequenas propriedades;
- Ajuda a saúde.
Características
O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilíbrio da natureza utilizando métodos naturais de adubação e de controle de pragas.
O conceito de alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, estendendo-se também à pecuária (em que o gado deve ser criado sem remédios ou hormônios), bem como ao processamento de todos os seus produtos: alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais.
Pode-se resumir a sua essência filosófica em desprezo absoluto por tudo que tenha origem na indústria química. Todas as demais indústrias: mecânica, energética, logística, são admissíveis desde não muito salientes.
A cultura de produtos orgânicos não se limita a alimentos. Há uma tendência de crescimento no mercado de produtos orgânicos não-alimentares, como fibras orgânicas de algodão (para serem usadas na produção de vestes). Os proponentes das fibras orgânicas dizem que a utilização de pesticidas em níveis excepcionalmente altos, além de outras substâncias químicas, na produção convencional de fibras, representa abuso ambiental por parte da agricultura convencional.
A pedologia limitou-se durante décadas ao estudo da estrutura físico-química do solo. Hoje a agronomia se ressente de seu desconhecimento da microfauna e microflora do solo e sua ecologia. Estima-se que 95% dos microrganismos que vivem no solo sejam desconhecidos pela ciência
Muitos estados nos Estados Unidos agora oferecem certificação orgânica para seus fazendeiros. Para um sistema de produção ser certificado como orgânico, a terra deve ter sido usada somente com métodos de produção orgânica durante um certo período de anos antes da certificação. Além disso, somente certas substâncias químicas derivadas de produtos naturais (como inseticidas derivados de tabaco podem ser usadas na produção vegetal e/ou animal.
No Reino Unido, a certificação orgânica é realizada por algumas organizações, das quais as maiores são a Soil Association e a Organic Farmers & Growers. Todos os organismos certificadores estão sujeitos aos regulamentos da Penitente King dom Registes of Organic Food Standards, ligado à legislação da União Europeia. Na Suécia, a certificação orgânica é realizada pela Krav. - Na Suíça, o controle é feito pelo Instituto Biodinâmico.
Controvérsia
Muitas pessoas consideram o alimento orgânico como muito superior a outros alimentos comerciais porque em sua opinião estes são alimentos mais puros - isto é, alimentos orgânicos teriam menos resíduos de substâncias químicas que os demais alimentos comerciais.
Há estudos que mostram que na média os produtos orgânicos apresentam menor quantidade de produtos químicos sintéticos. Mas também são inúmeros os casos de produtos no mercado orgânico com níveis altos de substâncias químicas agrícolas, o que (aos olhos de muitos) põe em dúvida alimentos comerciais vendidos sob essa "grife". Esses casos ocorrem devido à contaminação involuntária ou devido a fraudes.
Para evitar estes casos, existe um número grande de certificadores orgânicos, atuando a nível nacional e internacional, alguns deles respaldados por instituições e movimentos antigos e teoricamente idôneos.
Há quem diga que os produtos genuinamente orgânicos, não contém mais riscos à saúde humana do que os produtos da agricultura convencional.
Ao contrário de técnicas agrícolas modernas (como o uso de organismos geneticamente modificados), que podem ser potencialmente perigosos, os danos provocados por fungos no corpo humano estão extensamente documentados. Este é o caso, entre outros, de cânceres provocados pelo amendoim, contaminado pelo fungo Aspergillus flavus,produtor da aflatoxina. No entanto, as culturas de amendoim, que se conhece terem sido contaminadas por este fungo, são culturas manejadas convencionalmente e não sob as normas que regem a agricultura orgânica.
Há quem enxergue nos entusiastas da agricultura orgânica um viés do "bom selvagem" (de Rousseau), segundo o qual "tudo o que vem da natureza é bom, e o que é artificialmente construído pelo homem é ruim".
Os benefícios ambientais da agricultura orgânica também são objeto de debate, tanto por parte da academia, quanto por produtores agrícolas, autoridades ambientais e por parte da três grandes empresas mundiais que praticamente monopolizam a produção de pesticidas (com mais de 90% do mercado) - a Monsanto, a Syngenta e a Bayer.
Os que defendem a agricultura tradicional dizem que as práticas de agricultura orgânica causam mais danos ambientais que as práticas convencionais. Por exemplo, dizem que preparar a terra para plantar usando o herbicida glifosato (produto cujo nome comercial é Roundup, da empresa americana Monsanto) reduz a erosão da terra em comparação com o uso de um arado. Os proponentes da agricultura convencional também argumentam que fazendas orgânicas são menos produtivas[carece de fontes], requerem que mais terra seja usada para produzir a mesma quantidade de alimento e provocam mais perda de solo.
Por sua vez, os proponentes da agricultura orgânica explicam que fazendas orgânicas não liberam pesticidas químicos e herbicidas, nem causam a drenagem de fertilizantes sintéticos para o ambiente. A drenagem de fertilizantes nitrogenados para o lençol freático é uma importante causa de poluição da água doce nos países desenvolvidos.
De acordo com eles, a agricultura orgânica não se limita a uma volta a um passado arcaico. A retomada de técnicas tradicionais tem sido a salvação de culturas consideradas perdidas para "pragas", devido à prática da monocultura. Na Bahia, por exemplo, a retomada do sistema cabruca no plantio de cacau é recomendada pelos técnicos da Embrapa, pois salvou algumas culturas da extinção pela praga vassoura de bruxa. De acordo com documentários veiculados na televisão estatal TV Cultura de São Paulo, Brasil, há fazendas com os cacaueiros assolados pela doença devido à destruição da mata, ao lado de fazendas que mantiveram a técnica agroflorestal tradicional e que continuaram operacionais.
Os produtores orgânicos por sua vez contra-argumentam atacando os efeitos ambientais da agricultura tradicional. Dizem que a agricultura convencional empobrece a terra ao eliminarem o ciclo vital criado pelos microorganismos naturais do solo. Esse empobrecimento exige, com o passar do tempo, quantidades maiores de fertilizantes. A utilização de herbicidas e pesticidas sobre as pragas presentes no ambiente acaba selecionando, através da lei da seleção natural de Darwin (a lei da sobrevivência do mais apto) as pestes mais agressivas e perigosas (que são as que sobrevivem à aplicação dos produtos químicos). Essas doses continuamente crescentes vêm causando grande alarde na comunidade médica atual, pois sabe-se da devastadora toxicidade e do poder acumulativo desses produtos e seus metabólitos no meio ambiente.
Além disso, há o problema social e econômico da relação entre os produtores rurais e as grandes empresas agroquímicas. Os produtores que utilizam insumos agrícolas produzidos por processos químicos sofisticados em suas técnicas de produção da agricultura convencional estão ficando cada vez mais dependentes das grandes empresas químicas que os fabricam. Estas grandes empresas industriais, por serem em número muito restrito têm poder oligopolístico sobre esse mercado. Isto implica que elas conseguem determinar os preços de seus produtos e elas fazem isso de maneira a maximizá-los (para também maximizar seus lucros). As cinco maiores empresas mundiais controlam cerca de 90% do mercado de insumos agrícolas industriais usados como pesticidas,herbicidas, fungicidas, acaricidas e inseticidas.
Por outro lado, os produtores rurais - que por serem em grande número e por produzirem produtos homogêneos, trabalham no que os economistas chamam de regime de "concorrência ou competição perfeita" - são obrigados a aceitar, ou tomar, os preços determinados pelo poder oligopolístico dessas grandes empresas. Como resultado dessa situação, em média, o lucro dos produtores rurais que utilizam insumos técnicos industriais tenda a zero. Isto é, apenas os produtores mais eficientes (os que conseguem produzir a custos menores que os custos médios de produção) conseguem ter lucro. Assim, estes produtores tendem a aumentar suas áreas de produção e os menos eficientes tendem a sair da atividade e desta maneira, exacerbam o problema social conhecido como êxodo rural).
Os críticos da agricultura orgânica também atacam a sua produtividade. De acordo com eles, se fosse possível forçar a implementação da agricultura orgânica no mundo inteiro, faltariam alimentos para a atual população mundial - fazendo com que uma parcela significativa da população mundial (justamente a parcela mais pobre dela) morresse de fome. Já os proponentes da agricultura orgânica dizem que esta alta produtividade é resultado de décadas de pesquisa científica e de extensão rural (pagas em sua maior parte pelos contribuintes. Dizem também que a agricultura orgânica deverá aumentar sua produtividade para níveis semelhantes ao da agricultura convencional se valores semelhantes de tempo e dinheiro forem investidos com a abordagem da agricultura sustentável.(Para um aprofundamento nessa questão, ver o artigo revolução verde).
Por fim, os críticos da chamada "ideologia" por trás da agricultura orgânica, classificada por eles como "quase religiosa", tentam desmistificá-la relembrando insistentemente que Adolf Hitler era um entusiasta da agricultura orgânica. Heinrich Himmler, também ele um vegetariano e fervoroso defensor da agricultura orgânica, empreendeu fazendas orgânicas em toda a Alemanha. Nessas fazendas, foram feitos diversos estudos (questionáveis) alertando sobre os efeitos "degenerativos" de alimentos cultivados com fertilizantes sobre a saúde humana. Uma das fazendas orgânicas de Himmler (que aliás era agrônomo)ficava no campo de concentração de Dachau, e produzia alimentos e ervas para medicamentos utilizados pela cúpula da SS. Técnicas orgânicas de agricultura eram parte do treinamento obrigatório de todos soldados da SS.
Defensores da agricultura orgânica dizem que estes fatos históricos são irrelevantes. Os críticos concordam que eles não têm relevância nas técnicas agrícolas ou nas discussões ambientais sobre a agricultura orgânica. NO entanto, afirmam que tais informações só têm importância quando a agricultura orgânica é encarada como parte de um sistema moral (e de marketing). De acordo com eles, informações como estas ajudam a desmistificá-la, fazendo com que os alimentos orgânicos voltem a patamares de preço que reflitam o seu real valor de mercado.
Importância econômica
O movimento orgânico cresce em todo o mundo, e mesmo nos EUA é grande o número de homegardeners que utilizam a produção orgânica, pessoas que optaram por produzir em casa os vegetais que consomem para garantir a isenção de agrotóxicos.
A produção orgânica, por sua própria natureza, se adequa à pequena propriedade rural, e com frequência esses produtores se organizam em cooperativas para comercializar seus produtos. Essa organização permite o contato direto com o mercado consumidor, crescente nos grandes centros. A demanda por produtos orgânicos tem sido maior que a oferta, levando a um aumento dos preços dos alimentos orgânicos (e consequentemente, um aumento na renda dos seus produtores). Além disso, cresce o número de feiras de produtos orgânicos, onde o produtor vende direto ao consumidor. Também a pecuária orgânica, que utiliza sistemas como o pastoreio Voisin, escoa laticínios por este sistema sem intermediários.
O comércio internacional de produtos orgânicos tem nos países da Europa setentrional um de seus grandes compradores.
O movimento orgânico e suas subdivisões
O nome agricultura orgânica não é visto com unanimidade, nem parece ter um significado etimologicamente correto, mas tornou-se reconhecido como sinônimo de "agricultura mais perto da natureza"[carece de fontes]. Não se refere, porém, a um único método de agricultura. Há quem diga que se trata mais de uma ideologia do que de um conjunto de técnicas agrícolas.
Entre as correntes que se contrapõem à monocultura convencional, e são por isto chamadas alternativas, estão:
- Agricultura orgânica e biológica, baseadas nas observações que Sir Albert Howard fez, no começo do século XX, dos métodos de agricultores indianos. O princípio de sua teoria é que a sanidade vegetal depende do húmus do solo, que se produz na presença dos microrganismos.
- Agricultura biodinâmica, nascida das palestras proferidas por Rudolf Steiner em 1920. Toda a sua teoria baseia-se no princípio de que a sanidade vegetal depende de sua inserção na "matriz energética universal".
- Agricultura natural, proposta por Mokiti Okada em 1935. Vê na reciclagem, que imita os processos da natureza, a base da sanidade vegetal e animal que, de acordo com ele, é a base da sanidade humana.
- Permacultura, desenvolvida em 1975 na Austrália por Bill Mollison. Reúne técnicas tradicionais de vários povos indígenas já extintos, e une-as à integração com a ecologia local, e a ecologia humana.
- Agricultura Nasseriana Referência (Nasser Youssef Nasr): É a mais nova corrente da agricultura ecológica e tem como base a experiência de Nasser Youssef Nasr no Espírito Santo - Brasil. Também chamada de Biotecnologia Tropical, defende o estímulo e manejo de ervas nativas e exóticas, a multidiversidade de insetos e plantas, a aplicação direta de estercos e resíduos orgânicos na base das plantas, adubações orgânicas e minerais pesadas. Nasser diz que a agricultura de clima tropical do Brasil não precisa de compostagem, pois o clima quente e as reações fisiológicas e bioquímicas intensas garantem a transformação no solo da matéria orgânica. No Brasil, defende Nasser, o esterco deve ser colocado diretamente na planta, pois esta sabe o momento apropriado de lançar suas radículas na matéria orgânica que está em decomposição, e os microorganismos do solo buscam no esterno os nutrientes necessários para a planta e os levam para baixo da terra. Outro ponto interessante é o uso de ervas nativas e exóticas junto com a cultura para que haja diversidade de inços. Desta forma, é preciso manejar as ervas nativas de maneira que elas mantenham o solo protegido e façam adubação verde. Não temos uma agricultura de solo, mas de sol.
Na prática, essas correntes têm pontos em comum, e suas práticas diárias não diferem significativamente. Fazem todas elas parte da mudança de paradigma que está em processo : o modelo cartesiano de causa-efeito sendo substituído nas ciências da vida pelo modelo sistêmico.
Ver também
Referências
- ↑ Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil de bananas (2006) "Produtos orgânicos são destaque na III Feira Nacional" no site da Regional Latinoamericana de la Unión Internacional de los Trabajadores de la Alimentación Americana acesso em 5 de março de 2010
- ↑ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (2007) "Programa de desenvolvimento da agricultura orgânica" aceso em 5 de março de 2010
Ligações externas
- Agricultura orgânica
- Organic.Edunet - Base de dados com recursos digitais sobre agricultura ecológica
- Adubação orgânica e adubação verde
- Porto - Produção local para consumo local
- 5 estudos de caso sobre agricultura sustentável
- Portal Orgânico (artigos sobre agricultura orgânica) Acesso em abril, 2014
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_organica
O que é agricultura orgânica?
A agricultura orgânica refere-se aos processos produtivos, industrial ou agrícola, que utilizam tecnologias que otimizam o uso de recursos naturais e socioeconômicos, com objetivo de alcançar autossustentabilidade, maximizar benefícios sociais e minimizar a dependência por energia não renovável. Não utiliza pesticidas, produtos tóxicos sintéticos, organismos geneticamente modificados (transgênicos), radiação ionizante em nenhum momento da cadeia produtiva – produção, armazenamento e consumo – privilegiando, desta forma, a SAÚDE HUMANA e do MEIO AMBIENTE, e assegura a transparência em todas as etapas dos processos de produção e transformação (FAO, 2006).
A agricultura orgânica refere-se aos processos produtivos, industrial ou agrícola, que utilizam tecnologias que otimizam o uso de recursos naturais e socioeconômicos, com objetivo de alcançar autossustentabilidade, maximizar benefícios sociais e minimizar a dependência por energia não renovável. Não utiliza pesticidas, produtos tóxicos sintéticos, organismos geneticamente modificados (transgênicos), radiação ionizante em nenhum momento da cadeia produtiva – produção, armazenamento e consumo – privilegiando, desta forma, a SAÚDE HUMANA e do MEIO AMBIENTE, e assegura a transparência em todas as etapas dos processos de produção e transformação (FAO, 2006).
O que é Agricultura Orgânica?
Agricultura Orgânica é um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.
Esse modo de produção assegura o fornecimento de alimentos orgânicos saudáveis, mais saborosos e de maior durabilidade; não utilizando agrotóxicos preserva a qualidade da água usada na irrigação e não polui o solo nem o lençol freático com substâncias químicas tóxicas; por utilizar sistema de manejo mínimo do solo assegura a estrutura e fertilidade dos solos evitando erosões e degradação, contribuindo para promover e restaurar a rica biodiversidade local; por esse conjunto de fatores a agricultura orgânica viabiliza a sustentabilidade da agricultura familiar e amplia a capacidade dos ecossistemas locais em prestar serviços ambientais a toda a comunidade do entorno, contribuindo para reduzir o aquecimento global.
As práticas da agricultura orgânica, assim como as demais sob a denominação de biológica, ecológica, biodinâmica, agroecológica e natural, comprometidas com a sustentabilidade local da espécie humana na terra, implicam em:
- Uso da adubação verde com uso de leguminosas fixadoras de nitrogênio atmosférico;
- Adubação orgânica com uso de compostagem da matéria orgânica, que pela fermentação elimina microorganismos como fungos e bactérias, eventualmente existentes em estercos de origem animal, desde que provenientes da própria região;
- Minhocultura, geradora de húmus com diferentes graus de fertilidade; manejo mínimo e adequado do solo com plantio direto, curvas de níveis e outras para assegurar sua estrutura, fertilidade e porosidade;
- Manejo da vegetação nativa, como cobertura morta, rotação de culturas e cultivos protegidos para controle da luminosidade, temperatura, umidade, pluviosidade e intempéries;
- uso racional da água de irrigação seja por gotejamento ou demais técnicas econômicas de água contextualizadas na realidade local de topografia, clima, variação climática e hábitos culturais de sua população.
Fonte:http://aao.org.br/aao/agricultura-organica.php
Produção orgânica mostra tendência de crescimento no país, dizem especialistas
As entidades certificadoras são credenciadas pela pasta e, de acordo com Larissa, “funcionam como se fossem os olhos do ministério para averiguar se os requisitos estão sendo cumpridos”. Ela esclareceu que a certificação equivale a um selo de qualidade, que “é uma forma de diferenciar um produto convencional do produto orgânico”.
O INT promove hoje (8), no Rio de Janeiro, seminário que reúne vários segmentos ligados à produção e à certificação de alimentos orgânicos. De acordo com o instituto, as mais recentes estatísticas apontam que o mercado mundial de orgânicos movimenta US$ 62 bilhões, com 6% de crescimento anual.
O fiscal federal agropecuário Alfredo Henrique Mager, do Ministério da Agricultura, disse que, comparada ao total de áreas de pastagens e agricultura convencional no Brasil, que abrange em torno de 260 milhões de hectares, a área de produção orgânica “é um espirro”. Ele salientou, porém, que a unificação das regras da produção orgânica e da agroecologia em um programa nacional fortalece esse segmento agrícola, na medida em que centraliza as ações. “Aí tem uma perspectiva de crescimento grande em cima da produção ecológica “.
No Brasil, existem três sistemas de garantia do produto orgânico, segundo Mager. Um deles é a venda direta, que não precisa de certificação, mas é controlada. Outro sistema é a certificação tradicional, por auditoria. Existe ainda o sistema participativo de garantia. Esse tipo de sistema certifica produtores com base na participação ativa das partes interessadas, fundamentado na confiança e na troca do conhecimento.
Alfredo Mager disse que, no estado do Rio de Janeiro, tem crescido bastante a venda direta, incluindo a venda institucional para a merenda escolar e para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “É um sistema que funciona mais na relação direta de confiança”, destacou.
A coordenadora da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio), Cristina Ribeiro, que atua como Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac), confirmou o crescimento da produção orgânica fluminense. “Nos últimos três ou quatro anos, ocorreu com uma velocidade espantosa. Aumentou muito o número de produtores e de área plantada.”
Cristina atribuiu boa parte desse movimento de expansão ao Circuito Carioca de Feiras Orgânicas, que está em vários bairros da capital desde maio de 2010. “Eu acho que o consumo aumentou muito e isso estimulou o crescimento da oferta”. Segundo ela, a expansão da atividade no estado ficou muito nítida. "[A agricultura orgânica] estava um pouco estagnada, eu diria, nos cinco anos anteriores, em função de dificuldades na comercialização. As feiras deram esse empurrão.”
Hoje, o incremento do setor pode ser medido pela elevação do número de produtores certificados pela Abio, que subiu nos últimos anos de 40 para 240. A tendência é a continuidade desse movimento de alavancagem. “Vai continuar, porque os consumidores estão ávidos pelo produto [orgânico]”. De acordo com a coordenadora, é necessário ter mais pontos de oferta na cidade e no estado.
Fonte:http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2014/04/08/producao-organica-mostra-tendencia-de-crescimento-no-pais-dizem-especialistas/
Butão será o primeiro país do mundo que só permitirá agricultura orgânica
Reprodução
O ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, ainda advertiu para os efeitos nocivos dos componentes químicos nos valores nutricionais de frutas e legumes e na contaminação das águas subterrâneas
22/01/2014
Butão, um país com cerca de 750 mil habitantes, se tornará, antes de 2020, o primeiro do mundo que produzirá todos os seus alimentos com práticas de agricultura ecológica.
O ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, que também é agricultor, anunciou essa medida ao mundo na Cúpula Sobre o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu na capital indiana, Nova Delhi. Ele também declarou que o desejo do país é exportar alimentos naturais para China, Índia e outros vizinhos continentais.
Nesta data estará proibido o uso de pesticidas e agrotóxicos químicos e os agricultores butaneses utilizarão em seu cultivo somente adubos orgânicos naturais, obtidos de seu gado. Grande parte da agricultura do país já é orgânica por conta do alto custo dos produtos artificiais e para a manutenção da qualidade do solo
O ministro ainda advertiu para os efeitos nocivos dos componentes químicos nos valores nutricionais de frutas e legumes e na contaminação das águas subterrâneas. Para que o prazo seja cumprido, a intenção do governo é aumentar as terras irrigadas e usar variedades de alimentos imunes a pragas.
O que são Alimentos Orgânicos
Na agricultura orgânica não é permitido o uso de substâncias que
coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. Não são utilizados
fertilizantes sintéticos solúveis, agrotóxicos e transgênicos. O Brasil, em
função de possuir diferentes tipos de solo e clima, uma biodiversidade incrível
aliada a uma grande diversidade cultural, é sem dúvida um dos países com maior
potencial para o crescimento da produção orgânica.
Para ser considerado orgânico, o produto tem que ser produzido em um
ambiente de produção orgânica, onde se utiliza como base do processo produtivo
os princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água,
do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações sociais e
culturais.
Produzir produtos
agrícolas sem utilizar aditivos químicos com menor impacto nocivo ao meio
ambiente é um dos principais objetivos para a implementação de uma economia
sustentável e oferta de uma alimentação saudável. A agricultura orgânica é um
dos principais métodos para o alcance desses objetivos.
A agricultura
orgânica reúne técnicas de cultivo que não utilizam fertilizantes e demais aditivos
químicos como os agrotóxicos para a produção de vegetais, frutas e legumes e
estimulantes na ração de animais (agropecuária). Essas técnicas visam a
utilização de recursos naturais renováveis e não renováveis de
modo mais eficiente, alinhando esse aproveitamento com os processos biológicos
presentes no ecossistema e na biodiversidade de uma determinada região.
Produzir valorizando a
saúde humana exige respeito ao meio ambiente e, na outra ponta produtiva visa o
desenvolvimento econômico de modo sustentável..Na prática, baseando-se em
conhecimentos de ecologia, a agricultura orgânica possui uma unidade de
produção integrada à flora e fauna do entorno da região cultivada, e também
sobre os elementos naturais presentes no meio de produção.
A agricultura orgânica
se baseia em:
- Aproveitamento de recursos naturais;
- Reciclagem de recursos;
- Inserção de processos biológicos nos modos de
produção;
- Manutenção da biodiversidade;
- Preservação do meio ambiente;
- Desenvolvimento econômico e social;
- Qualidade de vida humana.
A agricultura orgânica
tem como ponto de base os princípios da agroecologia que se aplicam em seus
manejos sem o uso de fertilizantes e reguladores de crescimento de plantas,
esses insumos químicos são substituídos por processos biológicos, evita-se
também o cultivo por monocultura (plantação de um único gênero agrícola) e
incentiva-se a rotação de cultura (biodiversidade
de culturas). Essas práticas citadas protegem uma determinada plantação de
pragas e doenças de maneira natural, impedindo também a ocorrência de plantas
invasoras.
Esse método de cultivo
livre de insumos químicos e sintéticos enxerga o solo como um organismo vivo,
cujo manejo correto utilizado possibilita a constante oferta de matéria
orgânica. Em nossa atualidade, a agricultura orgânica ainda oferece nos
supermercados e quitandas produtos com preços elevados em comparação aos de
produtos agrícolas produzidos de maneira convencional (com aditivos químicos),
sendo necessário maiores incentivos de governos para “baratear” o preço final
do produto orgânico, popularizando esse método de produção na maioria das
propriedades rurais e cooperativas, e divulgando os seus benefícios para
a sociedade e investidores.
Fontes:
http://www.sebrae.com.br/uf/espirito-santo/areas-de-atuacao/agro/agricultura-organica/integra_bia?ident_unico=1211
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CafeOrganico_2ed/fundamentos.htm
http://www.sebrae.com.br/uf/espirito-santo/areas-de-atuacao/agro/agricultura-organica/integra_bia?ident_unico=1211
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CafeOrganico_2ed/fundamentos.htm
Por Fernando Rebouças http://www.infoescola.com/agricultura/agricultura-organica/
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