DIETA SAUDÁVEL NA GRAVIDEZ


Resultado de imagem para Dieta saudável na gravidez

Dieta saudável na gravidez 

Conheça os alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados durante a gravidez

Com o objetivo de orientar as futuras mães sobre uma gravidez saudável e os cuidados que devem ser tomados desde o planejamento da gravidez até o nascimento do bebê, a March of Dimes, uma instituição que trabalha para que toda gravidez seja bem planejada e bem-sucedida, evitando o nascimento prematuro de bebês, publicou conselhos nutricionais baseados em evidências científicas. Segue o resumo dessas recomendações.

Orientações sobre ganho de peso durante a gestação
O ganho excessivo de peso na gravidez não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional, ter aumentos da pressão sangüínea (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção pós-parto. Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos de tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.
Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.

Como deve ser uma dieta saudável para as grávidas?
A dieta saudável de uma grávida segue os mesmos princípios básicos da dieta de um adulto normal. Ela necessita de apenas mais 300 calorias por dia para nutrir adequadamente o bebê que está carregando, desde que venham de alimentos nutritivos. Portanto, o cardápio deve contar com:
  • Grãos integrais - arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola ou aveia integral: 6 a 11 porções por dia.
  • Derivados do leite - leite desnatado, iogurte ou queijo: 3 a 4 porções por dia.
  • Proteínas - carne vermelha, frango, peixe, feijão, soja, nozes ou ovos: 3 porções por dia.
  • Vegetais - brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor ou beterraba: 3 a 5 porções por dia.
  • Frutas - laranja, banana, pêra, mamão, melão, melancia, uva, manga ou maçã: 2 a 4 porções por dia.
Exemplos do que é uma porção: uma fatia de pão, meia xícara de arroz ou macarrão, uma xícara de cereais, uma xícara de leite ou iogurte, dois cubos de 3 cm de queijo, 55g de carne cozida, frango ou peixe, meia xícara de feijão seco, duas colheres de sopa de manteiga de amendoim, meia xícara de vegetais cozidos ou picados, uma xícara de salada verde, três quartos de xícara de suco de vegetal, uma maçã, banana ou laranja, meia xícara de frutas picadas, três quartos de xícara de suco de fruta.

Alimentos que devem ser evitados durante a gravidez:
  • Peixe cru e moluscos, possível fonte do parasita Toxoplasma      que pode causar cegueira e dano cerebral fetal.
  • Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio. O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.
  • Carne, frango e frutos do mar crus ou mal passados: o ideal é usar um termômetro de carne e cozinhar o porco e a carne moída a 160 graus; bife, vitela e carneiro a 145; frango inteiro a 180 graus e peito de frango a 170 graus.
  • Leite não pasteurizado e queijos pastosos - feta, brie, Camembert, Roquefort, queijo branco e queijo fresco, a não ser que o rótulo diga "feito com leite pasteurizado". Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.
  • Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.
  • Patês, pastinhas de carne e frutos do mar defumados (a não ser cozidos antes da ingestão). Versões enlatadas são seguras.
  • Ovos mexidos moles e alimentos como molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos. Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella.
  • Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.
  • Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.
  • O álcool pode causar dano fetal, inclusive retardo mental e comportamento anormal. Apesar de um drinque ocasional não impor risco, nenhuma quantidade segura foi estabelecida.
  • Evitar a ingestão de mais de 2 xícaras de café por dia.

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez
Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham:
  • Entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê.
  • 18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia, que está associada a nascimentos prematuros de bebês e baixo peso ao nascer.
  • Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente - 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso, as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes ou tomar um suplemento diário de cálcio.
Quantidade de água e atividade física durante a gravidez
Beber bastante água - cerca de 2 litros por dia - e exercitar-se regularmente também é muito importante para uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do bebê.
Mulheres grávidas podem caminhar, dançar, nadar e fazer ioga, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica para a prática de exercícios físicos.
Atividades de alto risco como mergulho e esqui devem ser evitadas. O ideal é que toda atividade física seja orientada por um profissional de saúde responsável e com prática em acompanhar mulheres gestantes.

Agora que você está grávida, é importante tentar aumentar a ingestão de determinados nutrientes, como proteínas, vitaminas e ferro. 

Isso é importante para ter certeza de que você está consumindo tudo o que o seu corpo e o do bebê em desenvolvimento precisam. 

E não, não precisa seguir aquela antiga mentalidade de que grávida tem que "comer por dois". Comer melhor não quer dizer comer mais, na maior parte dos casos.

O que devo observar na alimentação durante a gravidez?


Se você não era de se preocupar muito com a comida, agora vale a pena passar a fazer refeições mais pensadas e equilibradas. Limite a quantidade de guloseimas e invista em uma alimentação variada. 

Durante a gestação, seu corpo trabalha de forma ainda mais eficiente, tirando o máximo de energia do que você come. Por isso, nos primeiros seis meses de gravidez a maioria das mulheres nem precisa comer mais do que já comia. Só nos últimos três é que é aconselhável comer 200 a 300 calorias a mais, mas isso não quer dizer quase nada, já que 200 calorias equivalem a meras duas torradas com manteiga, por exemplo. 

Guie-se pelo seu apetite, que pode variar dependendo da fase da gravidez. Nas primeiras semanas ele pode sumir, por causa do enjoo

Mas às vezes, em especial à noite (ou no meio da madrugada), é provável que você sinta a necessidade súbita de comer alguma coisa para preencher um buraco no estômago. 

No segundo trimestre, seu apetite deve ficar igual ao que era, ou um pouco maior. No terceiro, você deve ficar com mais fome, mas precisa tomar cuidado porque serão mais frequentes a azia e a má digestão

Veja sugestões de cardápios e receitas para cada fase da gravidez

Quais comidas grávida tem que evitar?

Grávida pode comer quase tudo, mas deve evitar alguns tipos de alimentos. São eles: 
  • peixes e frutos do mar crus, como ostras e sushi (o sushi pode ser ingerido se o peixe tiver sido congelado antes).
  • queijos de casca branca, como brie e camembert, e queijos com fungos, como roquefort e gorgonzola. Evite também queijos do tipo frescal (ou "minas"), que podem ser feitos com leite não-pasteurizado. O problema é a possível presença de uma bactéria que causa a listeriose, doença que pode prejudicar o bebê.
  • carne bovina malpassada ou crua (como carpaccio), carne de porco malpassada e ovos crus (como massa de bolo, gemada, ovo frito com gema mole e algumas sobremesas -- musses, por exemplo). A precaução é para evitar bactérias que possam afetar o bebê.
  • bife de fígado e miúdos, para evitar a sobrecarga da forma retinoica da vitamina A, que pode ser prejudicial ao feto.
  • cação, peixe-espada e tubarão, que podem conter níveis perigosos de mercúrio. O atum deve ser limitado a uma lata por semana ou dois filés frescos por semana, pelo mesmo motivo. Outros peixes são seguros e fazem bem ao bebê e a você. As recomendações quanto ao mercúrio valem também para quem está pensando em engravidar e para o período de amamentação.
  • bebidas alcoolicas. O consumo de álcool pode causar sérios problemas no bebê, por isso os especialistas recomendam cortar totalmente as bebidas alcoolicas na gravidez.
  • bebidas e alimentos com cafeína. Não tome mais que duas xícaras de café por dia, e, se possível, prefira bebidas descafeinadas.
Informe-se sobre o que dizem os especialistas sobre tomar chás de ervas na gravidez

Conheça os alimentos que prendem e soltam o intestino.

É importante tomar suplementos de vitamina durante a gravidez?

Num mundo ideal -- em que não existisse enjoo, por exemplo, não seria tão difícil manter uma alimentação equilibrada. 
Mas, no mundo real, é mais garantido recorrer a um suplemento vitamínico pré-natal para ter certeza de que seu corpo receberá todos os nutrientes de que precisa. Converse com seu obstetra. 

O ácido fólico é um suplemento especialmente importante, que deve ser tomado até antes de engravidar, e durante os três primeiros meses da gestação. 

A deficiência desse tipo de vitamina B está ligada a problemas na formação neurológica do bebê, como a espinha bífida. A recomendação mínima é de 400 mcg de ácido fólico ao dia. 

Os médicos costumam receitar um suplemento mais completo, com várias vitaminas e ferro, a partir do terceiro mês. Nessa fase os enjoos melhoram e a vitamina é mais bem tolerada pelo estômago. 

Se você for vegetariana ou tiver algum problema de saúde como diabetediabete gestacionalpré-eclâmpsia ou anemia, ou se no passado já teve um bebê de baixo peso, o médico provavelmente terá orientações especiais para a sua alimentação. 

Ou ele pode encaminhá-la para um nutricionista. 

Lembre-se, porém, de que nem sempre a vitamina é boa. Suplementos de vitamina A contêm retinol, por exemplo, que pode ser tóxico ao bebê em grandes quantidades. Somente tome aquilo que o médico recomendar para você.

Grávida pode fazer regime?

Fazer dieta durante a gravidez pode prejudicar o bebê e você também. Dependendo do tipo de regime, você pode ficar com deficiência de ferro, de ácido fólico e de outras vitaminas e sais minerais importantes. 

Lembre-se de que ganhar peso faz parte da gravidez. Comer bem e na quantidade certa é especialmente importante para grávidas de menos de 20 anos.

Mulheres que se alimentam bem e que engordam o recomendável têm mais probabilidade de ter bebês saudáveis. Se você está comendo alimentos saudáveis e está engordando, relaxe: é isso que tem de acontecer! 

Quem era bem magra antes de engravidar tem mais "tolerância" para engordar. 

Se você já estava acima do peso antes de engravidar, pode melhorar a qualidade da sua alimentação e investir numa atividade física (sempre consultando o médico antes).

Qual é o melhor jeito de ganhar peso na gravidez?

ganho de peso na gravidez varia de mulher para mulher, e depende de vários fatores, entre eles o quanto cada uma pesava antes de engravidar. 

A média de ganho de peso geralmente é de 8 a 15 kg. Mas, em vez de pensar na balança, concentre-se na qualidade do que come: muita fruta, legumes e verduras, boas quantidades de proteína, de cálcio e de ferro. 

Tenha em mente que você vai engordar gradativamente no decorrer da gestação, com menor ganho no primeiro trimestre e maior ganho no último.

Quantas refeições precisa fazer por dia?

Mesmo que não esteja com fome, é melhor não deixar o estômago muito tempo vazio. 

É aconselhável fazer pequenas refeições em vez das grandes refeições tradicionais, principalmente se você estiver sofrendo muito com enjoos, azia ou má digestão

Não há por que abrir mão de tudo o que você gosta só porque está grávida. Mas também não é bom deixar que alimentos industrializados, salgadinhos e doces formem a base da sua alimentação. Na hora da vontade de comer aquela guloseima, experimente colocar uma banana no micro-ondas com um pouco de mel e suco de meia laranja. Ou tome uma vitamina batida de iogurte com frutas. 

Você só tem a ganhar se conseguir achar uma guloseima mais saudável. 

E, de vez em quando, por que não mergulhar naquele maravilhoso bolo de chocolate ou num brigadeiro? Aproveite cada pedacinho, você merece!

Troque dicas, preocupações e receitas na comunidade sobre alimentação do BabyCenter 

Veja também dicas de alimentação na gravidez mês a mês e consulte a calculadora de ganho de peso na gravidez
Não deixe de baixar nosso aplicativo grátis para acompanhar sua gravidez dia a dia. O aplicativo do BabyCenter coloca todas as informações de que você precisa bem na ponta dos seus dedos.


Fonte:
https://brasil.babycenter.com/a2100195/



www.abc.med.br/p/gravidez/25075/dieta-saudavel-na-gravidez
Federico Marsicano/Thinkstock/Getty Images
Federico Marsicano/Thinkstock/Getty Images (/)
Como manter uma alimentação saudável em cada trimestre da gravidez

Especialista da Universidade de Harvard dá dicas para as mulheres se alimentarem bem assim que descobrem que um bebê está a caminho. Confira!
A gravidez é um bom momento para criar hábitos saudáveis, pois o bebê depende da sua alimentação. Tão importante quanto a nutrição do pequeno é preparar o seu organismo para a maratona que vem pela frente: suportar as poucas horas de sono e a atividade intensa nos primeiros meses com um recém-nascido exige muita disposição mental e física. “A melhor maneira de passar por essa fase é se alimentar bem durante e após a gestação”, aconselha a ginecologista, obstetra e professora da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, Hope Ricciotti.
Para a obstetra, comer bem significa manter uma dieta diversificada e equilibrada. “O recomendável é ingerir de 50 a 60% das calorias diárias na forma de carboidrato, de 25 a 35% em gorduras e 20% em proteínas”, explica. O cálculo não é exato e nem requer da gestante uma contagem das calorias ingeridas. “O importante é manter, durante a semana, a proporção dos grupos alimentares”, conta Hope. Estima-se que durante a gestação são necessárias cerca de 200 calorias a mais por dia, número que pode variar de acordo com o nível de atividade física da futura mãe. Segundo a médica, bom senso e atenção são suficientes para garantir uma alimentação para lá de saudável e, consequentemente, o ganho de peso dentro dos padrões.
Confira as dicas nutricionais da especialista para cada etapa da gestação:
Thinkstock/Getty Images

Primeiro trimestre: invista em ferro e ácido fólico

Nesse período, as transformações no corpo da gestante ainda não são muito perceptíveis, mas a presença do HCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana) no sangue indica que muitas alterações internas estão acontecendo. Como não poderia deixar de ser, é importante se preparar para todas elas. Ao fim da 12ª semana, a frequência cardíaca e o volume do sangue estarão entre 10 e 15% mais altos. A expansão sanguínea exige uma dieta com mais líquidos, ferro e ácido fólico. Já a necessidade de proteína aumenta por causa do crescimento dos seios e do útero.
Essa fase é também caracterizada pelos enjoos, que podem ser aliviados com truques alimentares. “Evite ficar muito tempo de estômago vazio. Coma pequenas porções de carboidratos leves ao longo do dia, como macarrão e arroz sem temperos fortes, batata cozida e bolacha de água e sal”, recomenda a obstetra Hope Ricciotti. O gengibre cristalizado também atua no sistema digestivo e combate os enjoos.
Onde encontrar ácido fólico? A vitamina está presente nas folhas verde-escuras (espinafre, escarola, couve, brócolis), nas leguminosas, nas castanhas e nas frutas cítricas. Em muitos casos, são recomendados suplementos vitamínicos para suprir a necessidade recomendada de 400 mcg diários. Atenção: o cozimento pelo micro-ondas é o que mais destrói o ácido fólico, que também é eliminado quando a comida é preparada em altas temperaturas ou com grande quantidade de água. “O ideal é prepará-las no vapor”, afirma Hope.

Thinkstock/Getty Images

Segundo trimestre: o paladar da gestante fica mais apurado

“O segundo trimestre é a melhor fase da gravidez. A energia aumenta, as papilas gustativas voltam a funcionar como antes e os desconfortos são superados”, diz Hope Ricciotti. Nessa etapa da gestação, a obstetra recomenda a ingestão de 300 a 500 calorias a mais por dia. “A necessidade de ferro e cálcio também aumenta”, alerta.
Como a comida volta a ser atraente, aproveite para fazer refeições saudáveis. “Prefira opções ricas em fibras, como cereais, pães integrais e frutas, e um pouco de proteína, como leite, queijos, iogurte e ovos. A banana, fonte de vitamina B6 e potássio, é uma opção nutritiva e substanciosa”, recomenda. Todas as vitaminas, exceto a A, são importantes nessa fase. “Procure consumir cinco porções de frutas diariamente. Quanto mais variadas elas forem, maior a probabilidade de obter todos os nutrientes de que precisa”, ensina Hope.
Outro fator importante é manter o foco na hidratação. Além de essencial para a saúde do bebê, a água ajuda a prevenir tonturas, prisão de ventre e ondas de calor típicas do período. Atenção aos desejos: a vontade incontrolável por determinados alimentos sinaliza as necessidades do seu organismo. “É comum, por exemplo, querer comer carne vermelha, rica em ferro hemático, um tipo de ferro que nosso corpo absorve com facilidade”, explica Hope.

Thinkstock/Getty Images

Terceiro trimestre: os nutrientes que garantem um parto tranquilo

Alguns desconfortos podem assumir o centro das atenções nessa fase. “No fim da gestação, a mulher sente muita fome, mas logo está satisfeita. O segredo é comer pouco em várias refeições”, recomenda a obstetra. Cálcio e ferro merecem atenção especial. “O bebê começa a esgotar a reserva da mãe. Por isso, combine alimentos ricos em ferro – presente na carne vermelha, nas aves e nos peixes – com bebidas que contenham a vitamina C, como suco de laranja, para maximizar a absorção do mineral”, explica.
Outra indicação é ingerir fibras e líquidos, que combatem a prisão de ventre e evitam as hemorroidas, dois problemas comuns ao terceiro trimestre da gestação. Manter o corpo hidratado ajuda ainda a controlar os inchaços. “Evite, no entanto, beber muito líquido antes de dormir para não sentir vontade de urinar no meio da noite, interrompendo o sono”, sugere a especialista. Haja energia: como o período é de muito cansaço, o ideal é focar uma dieta nutritiva. “Invista em carboidratos não refinados, como arroz, cereais, macarrão e pães integrais, pois você vai precisar de muita energia para gerar um bebê”, diz Hope.
Thinkstock/Getty Images

Pós-parto: alimentação saudável para revigorar o organismo

Após o nascimento do bebê, a dieta da nova mãe deve seguir a mesma fórmula recomendada durante a gravidez. “Quem amamenta precisa de 200 a 500 calorias a mais por dia e cerca de 70 g de proteína. Para chegar a esses valores, aumente o tamanho das porções”, indica Hope.
Os cuidados que o recém-nascido exige poderão tornar difícil o preparo de refeições completas, por isso, os lanches são essenciais no período. “Tenha sempre à mão opções saudáveis, como uma fatia de pão integral com queijo e salada”, diz. Durante a amamentação, hidrate-se ainda com maior rigor. “O bebê mama de oito a 12 vezes por dia e, para tanto, são necessários cerca de 3 litros de água para compensar o leite produzido”, explica.
Cálcio, cálcio, cálcio: o aleitamento também exige da mãe atenção à ingestão de leite e derivados, pois estima-se que, nessa fase, o organismo da mulher precisa de 1000 mg de cálcio por dia. “Não é uma boa ideia diminuir o consumo de laticínios com o objetivo de emagrecer”, alerta Hope. Se o bebê apresentar algum tipo de sensibilidade aos derivados do leite, o uso de suplemento vitamínico para repor o mineral deve ser recomendado.
Thinkstock/Getty Images

Precauções alimentares: o que evitar durante a gravidez

– Coma aves, carnes, salsichas, peixes e frutos do mar com moderação e sempre muito bem cozidos. Além disso, evite queijos moles e patês feitos com leite não pasteurizado. As gestantes são mais suscetíveis à bactéria Listeria monocytogenes. Outro ótimo motivo para cozinhar bem a carne é evitar a toxoplasmose, uma infecção que pode causar malformações graves, principalmente no primeiro trimestre de gestação;
– Evite ovos crus e derivados de leite não pasteurizado. E guarde a comida na geladeira para prevenir a salmonela.
– O mercúrio, presente em alguns tipos de peixe, como os de água doce, o peixe-espada e o cação, também devem ser evitados;
– Modere a ingestão de cafeína e álcool. E atenção: refrigerante à base de cola e chocolate também contêm uma parcela de cafeína. Consuma com parcimônia.
IMAGENS-Thinkstock/Getty Images (/)

Fonte:https://bebe.abril.com.br/gravidez/como-manter-uma-alimentacao-saudavel-em-cada-trimestre-da-gravidez/


DIETA SAUDÁVEL: O CARDÁPIO NA GRAVIDEZ




Conversamos com uma nutricionista e montamos um cardápio na gravidez com que comer no café da manhã, almoço, jantar e lanches

É essencial que o cardápio na gravidez seja saudável. Isto irá contribuir para o bom desenvolvimento do bebê, proporciona um ganho de peso correto para gestante e previne doenças como a diabetes gestacional. Por isso, conversamos com a nutricionista Márcia Andrea de Melo Loureiro da Life Clínica e apontamos cardápios saudáveis na gravidez. Confira as melhores opções de cardápio na gravidez no café da manhã, almoço, jantar e lanches.
Café da manhã
Durante o café da manhã é importante ter uma fonte energética como pão integral, granola ou aveia. Um alimento do grupo de leites e derivados como o leite, iogurte e queijos magros é uma ótima opção por ser uma fonte de proteínas e cálcio. Caso a gestante tenha intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite uma alternativa é o leite de soja enriquecido com cálcio. Consuma também uma fruta. “Esta primeira refeição do dia é especialmente importante para evitar ataque de fome no meio da manhã”, observa a nutricionista Márcia Andrea de Melo Loureiro da Life Clínica.
Então, o café da manhã precisa ter o seguintes alimentos:
  • 1 porção de laticínios, como leite, iogurte, queijos magros, entre outros, para assegurar o aporte de cálcio e proteínas.
  • 1 porção de carboidratos, como cereais, pão integral, granola e aveia. Estes alimentos são fonte de energia e fibras, este último nutriente é importante para o trânsito intestinal.
  • 1 porção de frutas para garantir as vitaminas e fibras.
Lanche da manhã
Neste momento as frutas e as barrinhas de cereais são uma boa pedida. “Isto porque a ideia é matar aquela fome que aparece no meio da manhã, mas sem tirar o apetite para o almoço”, explica Loureiro.
Almoço
  • 1 porção de carboidratos. Como arroz integral, macarrão integral, mandioca cozida ou mandioquinha.
  • 1 porção de proteína vegetal, como o feijão, lentilha, soja ou grão de bico.
  • 2 a 3 pires de legumes, vegetais cozidos e saladas.
  • 1 porção e proteína animal, como carnes vermelhas, peixes e frangos. 
  • Uma fruta cítrica. O alimento irá ajudar a absorver o ferro presente nas proteínas vegetais.
Lanche da tarde
O intervalo entre o almoço e o jantar costuma ser maior, por isso o lanche pode ser mais caprichado. “Uma boa opção é um copo de suco de frutas ou vitamina batida com iogurte e aveia e um sanduíche de pão integral com queijos e frios magros”, afirma Loureiro.
Outra alternativa é fazer dois lanches da tarde, um às 15h e outro às 17h, por exemplo, e neste caso consuma em cada um deles o que é recomendado para o lanche da manhã.
Jantar
  • 1 porção de carboidratos. Como arroz integral, macarrão integral, mandioca cozida ou mandioquinha.
  • 1 porção de proteína vegetal, como o feijão, lentilha, soja ou grão de bico.
  • 2 a 3 pires de legumes, vegetais cozidos e saladas.
  • 1 porção e proteína animal, como carnes vermelhas, peixes e frangos.
  • Uma fruta cítrica. O alimento irá ajudar a absorver o ferro presente nas proteínas vegetais.
Lanches da noite
Um copo de leite desnatado ou um iogurte com duas torradas integrais ou uma unidade de queijo tipo Polenguinho são ótimas opções de lanches para a noite. “Para não interferir no sono, a ceia antes de dormir precisa ser leve e de fácil digestão, mas consistente para ninguém acordar com fome no meio da noite”, orienta Loureiro.
Fonte:https://bebemamae.com/alimentacao-gravidez/dieta-saudavel-o-cardapio-na-gravidez

Comentários