Alergia alimentar
O que
é alergia alimentar?
A alergia alimentar é uma reação adversa a um determinado
alimento, envolvendo um mecanismo imunológico com apresentação clínica muito
variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e
respiratório. As reações podem ser leves, como simples coceira nos lábios, até
reações graves que podem comprometer vários órgãos. A alergia alimentar resulta
de uma resposta exagerada do organismo a uma determinada substância presente
nos alimentos.
O que
é reação adversa a alimentos?
É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de
alimentos ou aditivos alimentares. Essas reações podem ser tóxicas e
não-tóxicas. As não-tóxicas podem ser de intolerância ou hipersensibilidade.
Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos
contaminados por microrganismos, e que se apresentam agudamente com febre,
vômitos, diarreia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os
alimentos contaminados.
A
intolerância à lactose é uma reação alérgica?
A intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a
ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão
da lactose (açúcar do leite), que pode resultar em sintomas intestinais como
distensão abdominal e diarreia. Esta intolerância geralmente é dose dependente,
e o indivíduo pode tolerar pequenos volumes de leite por dia ou se beneficiar
dos leites industrializados com baixos teores de lactose. Portanto, a intolerância
à lactose não é uma alergia alimentar apesar de
frequentemente confundida pelos familiares e profissionais de saúde. É
muito importante esta diferenciação, pois a orientação
nutricional é distinta. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é
possível ingerir pequenas quantidades de leite e produtos apenas isentos de
lactose, na alergia às proteínas do leite a alimentação não deve conter nada de
leite, nem traços ou derivados.
Qual
a prevalência da alergia alimentar?
Estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas
verdadeiras acometam 6% a 8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2% a
3% dos adultos.
Os
indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de alergia
alimentar?
Pacientes com doenças alérgicas apresentam uma maior incidência
de alergia alimentar, sendo encontrada em 38% das crianças com dermatite
atópica e em 5% das crianças com quadro de asma.
Quais
os fatores envolvidos na alergia alimentar?
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns
alimentos e alterações no intestino. Existem mecanismos de defesa
principalmente do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno
alimentar e consequente sensibilização. Estudos indicam que de 50% a 70% dos
pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai
e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.
Quais
os alimentos mais frequentemente envolvidos na alergia alimentar?
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto,
leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim e castanhas, peixe e crustáceos são
os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos
IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o
leite de vaca e as nozes são os alimentos que provocam reações graves
(anafiláticas)com maior frequência.
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes
podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo indivíduo. O paciente
alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma,
pacientes alérgicos à castanha de caju têm maior chance de reagir ao pistache.
E
quanto aos corantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos
alimentares são extremante raras, difíceis de serem comprovadas. O corante
artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico
são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos
sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico
pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou
galinha). Os sulfitos são usados como preservativos em alimentos (frutas
desidratadas, vinhos, sucos industrializados).
Quais
as principais manifestações clínicas da alergia alimentar? São
mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira,
eczema) e o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos).
Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente como pele
e trato respiratório (anafilaxia), também podem ocorrer.
Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que pode
ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas respiratórios (tosse,
sibilância e rinite) isolados são extremamente incomuns.
O que
é anafilaxia?
É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser
potencialmente fatal. A anafilaxia pode ser provocada por medicamentos, venenos
de insetos e alimentos. Na alergia alimentar, o alimento induz a liberação
maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta
sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão,
diarreia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão
arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”).
O
exercício físico pode provocar reação anafilática?
Muito raramente. Associação de ingestão de alimento e exercício
físico extenuante também tem sido observada.
O que
é síndrome de alergia oral?
É uma manifestação de alergia alimentar que ocorre após contato
de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem
imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando
coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é
frequente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos polens e os
alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã,
pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.
Como
o médico pode fazer o diagnóstico de alergia alimentar?
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a
dados de exame físico, que podem ser complementados por testes alérgicos.
Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das
crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos
rotineiramente ou eventualmente. Em algumas situações, é possível correlacionar
o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras
ocasiões, o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada.
Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do
alérgeno.
A alergia alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças
pequenas, e o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de
muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de alergia alimentar, o
chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, é preciso pesquisar alergia às
proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o
camarão é queixa frequente.
A alergia a amendoim e castanhas no geral tem crescido muito em crianças e
adultos.
Qual
a importância da alergia alimentar na dermatite atópica?
Segundo alguns autores, a alergia alimentar está presente em 38%
das crianças com dermatite atópica moderada ou grave.
A dermatite atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade
moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a
pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos
cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas.
Os alimentos mais envolvidos são leite de vaca e ovo.
O que
é o teste cutâneo ou Prick
Test?
É um método diagnóstico de alergia seguro e geralmente indolor.
Deve ser realizado pelo médico especialista que, após história clínica e exame
físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico
e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido
(coceira) localizado na área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes, é realizado no antebraço após higiene local com algodão e
álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na
formação de uma pápula vermelha, semelhante a uma picada de mosquito. Esta
reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes,
torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in
natura.
Em algumas situações, o teste cutâneo pode ser substituído pela
dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de
anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste,
presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação
anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes, o alergista realiza as duas
formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.
Como
tratar a alergia alimentar?
Até o momento, não existe um medicamento específico para
prevenir a alergia alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados
medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise), sendo de
extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se
evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser
fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e
evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante,
principalmente, nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o
rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao
alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga,
soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca.
Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.
O que
fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento?
A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a
exposição acidental ocorre com certa frequência. Os indivíduos com alergia
alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os
identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações
leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos
(antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados
a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas é obrigatório uma avaliação
em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns
casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.
O
paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a
ingeri-lo?
Geralmente as alergias a leite, ovo e soja são resolvidas até a adolescência. O
teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao
alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente
desaparece.
O seguimento é realizado com a dosagem de IgE sérica específica
(no sangue) periodicamente. Quando os níveis começam a diminuir é o momento de
testar se a alergia está resolvendo. Neste teste, chamado de teste de
provocação oral, o indivíduo recebe o alimento no qual é alérgico em doses
padronizadas a cada 15 minutos, precedido de avaliação clínica rigorosa, e deve
ser realizado por médico habilitado e em ambiente onde seja possível manejar
reações alérgicas graves como uma anafilaxia.
Existe
algum meio de prevenir a alergia alimentar?
Infelizmente não. No entanto, atualmente a exposição oportuna
dos pacientes aos principais alérgenos no momento da introdução de alimentação
complementar aos seis meses parece proteger das alergias alimentares. O
aleitamento materno deve ser sempre estimulado. Os pacientes de alto risco de
alergia alimentar (pacientes com dermatite atópica moderada a grave, alergia
alimentar ou filhos/irmãos de indivíduos com doenças alérgicas) também devem
ser expostos a todos os alimentos aos seis meses sem necessitar adiar a
introdução de alguns alimentos como forma de prevenção.
O benefício do uso de fórmulas infantis conhecidas como hipoalérgicas para
recém-nascidos que não podem ser amamentados ao seio ainda não está bem
estabelecido.
Fonte: https://asbai.org.br/alergia-alimentar-4/
Descubra a diferença entre alergia e intolerância alimentar?
Diferentemente da intolerância, as alergias podem levar à morte
Quantas
pessoas você conhece que se descobriram "alérgicas" ao glúten?
Muitas? Então, durante a última década as pessoas passaram a se preocupar mais
em detectar alimentos que trazem mal estar à sua saúde, mas muitas
das vezes, ou por autodiagnóstico ou por falta de orientação, acabam
confundindo os termos alergia e intolerância, que são coisas bastante
diferentes, sobretudo no quesito severidade da reação.
Saúde
física e mental são prioridade para nós da MetLife, e acreditamos que
informação, educação e suporte são as melhores formas para que você e sua
família façam as escolhas certas e se sintam protegidos.
A alergia
alimentar é uma reação imunológica mediada por imunoglobulinas E (IgE)
específicas e ocorre após a ingestão ou contato com um determinado alimento.
Na intolerância alimentar, formam-se anticorpos IgG para combater as
proteínas desses alimentos.
Apesar
de alguns de seus sintomas se confundirem, elas têm origem diferentes e cada
uma demanda cuidados específicos no tratamento.
É
bom ressaltar que a intolerância causa mal estar e problemas
digestivos, porém é mais leve. Enquanto a alergia alimentar pode ser severa e
até mesmo letal em alguns casos.
Intolerância alimentar
A
intolerância alimentar é causada pela carência de uma enzima que processaria um
certo nutriente, como por exemplo glúten ou lactose, e pode demorar horas ou
até dias para se manifestar. Os sintomas geralmente ficam restritos ao sistema
digestivo, gerando dores abdominais, gases e enjoo, mas ao contrário da alergia
não tem risco de morte. Pessoas com síndrome do intestino irritável, doença
celíaca ou hipersensíveis a aditivos alimentares também apresentam
intolerâncias alimentares.
Em
alguns casos, o indivíduo pode consumir pequenas doses desse determinado
alimento ou até mesmo repor a enzima em falta para poder manter esse hábito
alimentar moderadamente, mas sempre com supervisão médica.
Alergia alimentar
Geralmente
aparece já durante a infância (mas pode se manifestar na fase adulta) e
acontece quando o organismo reage à proteínas específicas de um
alimento como invasoras e manda células de defesa para combatê-las. Essa reação
imunológica pode afetar vários órgãos do corpo e causar até mesmo um choque
anafilático. Entre os sintomas após a ingestão estão: inchaço nos lábios,
coceira, tosse, diarreia, edema de glote e falta de ar. A pessoa DEVE ser
levada ao hospital. Mesmo que já tenha tido previamente uma reação alérgica,
porém leve quando em contato com aquele alimento, nada impede que ataques mais
sérios aconteçam, portanto, procurar ajuda médica e riscar o item do cardápio
são medidas importantes.
A
medicina tem apostado na imunoterapia como tratamento preventivo, porém devido
aos muitos efeitos colaterais, ela só pode ser administrada em hospitais.
Fonte:https://www.metlife.com.br/blog/saude-e-bem-estar/diferenca-entre-alergia-e-intolerancia-alimentar/
Entenda a diferença entre intolerância e
alergia
O sistema imunológico intestinal é o maior e o mais importante
de todo o organismo. Cerca de 80% das reações imunológicas se originam dele,
que garante uma barreira quase intransponível contra alguns agentes
patogênicos, proteínas de alimentos ou frações de proteínas reconhecidas como
substâncias estranhas.
No entanto, a integridade desta parede intestinal pode estar
muitas vezes danificada por medicamentos, infecções, microrganismos, estresses
e toxinas ambientais, permitindo assim, a entrada de partes de nutrientes ou
proteínas não totalmente fragmentadas entre as células. Estas substâncias e/ou
fragmentos de proteínas são reconhecidos pelo sistema imunológico como
elementos estranhos/agressores e são combatidos por anticorpos.
Quando ingerimos algum alimento regularmente, podem ocorrer
reações imunológicas repetitivas que estimulam processos inflamatórios. Na
maioria dos casos são os alimentos ingeridos diariamente que causam estas
inflamações, nomeadas de hipersensibilidade alimentar ou alergias tardias. Entre
20 a 35% da população sofre, em diferentes manifestações clínicas, dos efeitos
derivados da sensibilidade a distintos alimentos. Essas reações são divididas
em alergia alimentar e intolerância alimentar.
Alergia Alimentar e Hipersensibilidade Alimentar são causadas
por uma reação em nosso sistema imunológico a um componente do alimento,
geralmente aguda, rápida e mediada por anticorpos IgE (alergia) ou mediadas por
anticorpos IgG (hipersensibilidade), provocando em geral sintomas relevantes e
que necessitam investigação. Usualmente, nosso sistema imune produz anticorpos
para combater esses componentes dos alimentos, o que resulta em liberação de
histamina e outras substâncias no nosso organismo.
A Alergia Alimentar mais severa, normalmente tem um componente
hereditário ou genético envolvido, sendo os alimentos mais comuns: leite de
vaca, ovos, soja, trigo, crustáceos, frutas, amendoim e castanhas.
Em contrapartida, a Intolerância Alimentar é decorrente de
reações não imunológicas, podendo advir de doenças metabólicas, intoxicações,
deficiências enzimáticas ou outros transtornos. É a reação adversa ao alimento
mais comum, porém seus sintomas não são tão óbvios como a alergia e pode
demorar a ser diagnosticada.
As reações de intolerância aos alimentos são tardias e ocorrem
várias horas ou dias após sua ingestão. Em geral, gases, diarreia, constipação,
eczema ou dor articular. A Intolerância Alimentar mais comum está associada a
lactose e ao glúten.
As alergias alimentares são reações clássicas e que já são conhecidas
há tempos. Já as intolerâncias alimentares são menos conhecidas e apresentam
uma manifestação mais tardia e menos evidentes que as alergias IgE, não sendo
diagnosticadas ou sendo confundidas com outras patologias. Em muitas ocasiões
as pessoas convivem com elas e com todas suas consequências patológicas.
O Estudo de Intolerância Alimentar é
uma prova laboratorial que permite medir os níveis de Imunoglobulina G,
específica, frente a 217 alimentos diferentes. Está demonstrado cientificamente
que existe uma melhora notável em uma alta porcentagem de pessoas quando há a
retirada de alimentos, os quais apresentam níveis de IgG específica acima da
normalidade.
O grupo de alimentos de intolerância moderada ou severa indica
nível de anticorpos detectados e serve de referência para que, em futuros
controles, o paciente possa comprovar uma evolução quando retirar de sua dieta
determinado alimento. Para evitar desequilíbrios nutricionais e/ou riscos de má
nutrição, este exame deve ser solicitado e supervisionado por um especialista
que elabore uma dieta equilibrada ou para investigação diagnóstica de
intolerância alimentar.
O Laboratório Humberto Abrão disponibiliza este Estudo
de Intolerância Alimentar em sua rotina, para mais
informações entre em contato conosco.
Referências bibliográficas:
http://www.richet.com.br/media/uploads/arquivos/lamina_A4_IgG_221_Alimentos-2017.pdf
https://www.lemoslab.com.br/igg-alimentar/igg-alimentarhttps://www.germanodesousa.com/media/doencas/GermanodeSousa-Intolerancia-Alimentar.pdf
http://www.biosys.com.br/wp-content/uploads/2015/09/FOLDER-INTOLER%C3%82NCIA-ALIMENTAR-BIOSYS-2015.pdfhttps://stetic4u.pt/wp-content/uploads/2016/05/Intoler%C3%A2ncia-Alimentar.pdf
Conduta Nutricional na alergia alimentar
Alergia alimentar é um termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos, IgE mediados ou não.
A alergia alimentar é mais comum em crianças. Estima-se que a prevalência seja aproximadamente de 6% em menores de três anos e de 3,5% em adultos e estes valores parecem estar aumentando.
A melhor conduta nutricional para alergia alimentar é a exclusão do alimento com potencial alergênico. Podemos também incluir na nossa alimentação de forma balanceada imunomoduladores com efeito protetor contra o desenvolvimento de alergia, tais como: ácidos graxos ômega-3. Antioxidantes como ácido ascórbico, beta-caroteno, alfa-tocoferol, selênio e zinco que podem neutralizar o efeito deletério do estresse oxidativo presente na inflamação alérgica e consequentemente reduzem a lesão tecidual.
Os probióticos inclusos nos momentos pré e pós-natal, por seis meses para as mães e crianças com alto risco de atopia até os 4 anos de vida, já que o probiótico atuaria no processamento de antígenos alimentares reduzindo sua alergenicidade. Os efeitos probióticos são atribuídos a restauração da permeabilidade intestinal, ao equilíbrio da microbiota, a melhora da função da barreira do epitélio intestinal e a modulação da resposta inflamatória.
Dos alimentos com maior potencial alergênicos são: clara de ovo, leite, amendoins, nozes e peixes para crianças em alto risco de alergia, durante os primeiros 2 a 3 anos de vida, sendo comum também na vida adulta.
Além desses alimentos tem pessoas que podem apresentar alergia a soja, camarão, chocolate, manteiga, tomate, morango, cítricos, carne suína, produtos com corantes (principalmente tartrazina), aditivos químicos, espessantes e trigo.
A alergia alimentar por leite de vaca, ovo, trigo e soja desaparecem, geralmente, na infância ao contrário da alergia a amendoim, nozes e frutos do mar que podem ser mais duradouras e algumas vezes por toda a vida.
As reações graves e fatais podem ocorrer em qualquer idade, mesmo na primeira exposição conhecida ao alimento, mas os indivíduos mais susceptíveis parecem ser adolescentes e adultos jovens com asma e alergia previamente conhecida a amendoim, nozes ou frutos do mar.
A alergia a proteína do leite de vaca na infância é comum nos 3 primeiros anos de vida com prevalência de 2,5 %.
Parece que o recém-nascido pré-termo tem menos chance de desenvolver hipersensibilidade que o recém-nascido a termo, pois a exposição a um antígeno alimentar começa na vida intra- uterina e os recém-nascidos pré-termo ainda não teriam seu sistema imunológico maduro para desencadear qualquer resposta ao antígeno.
O Leite materno não só fornece proteína da mesma espécie (homóloga) como também atuaria na maturação linfocitária do intestino do lactente, reduzindo os riscos de alergia. A beta-lactoglobulina é a fração proteica que mais induz a alergia e não está presente no leite materno.
Nos casos de alergia ao leite de vaca, este e seus derivados devem ser substituídos por leite materno, hidrolisados de caseína (fração menos alergênica do leite) ou de proteína do soro do leite do leite de vaca, fórmulas a base de soja ou arroz ou leite de outras espécies como de cabra. E se os sintomas continuarem a oferecer fórmulas a base de aminoácidos. Para escolha da fórmula ideal para a criança ou lactente que apresente alergia é importante o acompanhamento da criança com Pediatra e Nutricionista. Assim como qualquer tipo de alergia alimentar o ideal é procurar um profissional qualificado.
As fórmulas à base do leite de soja ou de leite de outras espécies podem ter carências de micronutrientes como ácido fólico, vitaminas B12, A, C e D, além de risco de sensibilizada cruzada, 65% das crianças alérgicas tem alergia cruzada ao leite de soja. Fórmulas a base de carnes, de frango, rã, peru, coelho têm tido boa tolerância e eficácia, mas deve ser dada atenção na suplementação de micronutrientes, principalmente o cálcio quando a fórmula for exclusiva.
No caso da alergia ao leite de vaca, o alérgico poderá realizar um dos seguintes procedimentos: excluir o leite; utilizar fórmulas à base de outra proteína ou à base de proteína do leite hidrolisada ou à base de aminoácidos.
É importante observar se as preparações contém o ingrediente causador da alergia ou verificar no rótulo do alimento se este tem traços de leite. Essas dicas servem para todas as alergias alimentares, pois traços de alérgenos podem prejudicar esses pacientes.
A alergia ao pólen é mais comum em adultos, estes têm reação cruzada entre o alérgeno do pólen e frutas ou vegetais frescos, manifestando prurido, angioedema nos lábios, língua, garganta e palato, sem risco de vida. Nesse caso a melhor conduta é cozinhar a fruta e os vegetais.
O látex proveniente das luvas utilizadas na manipulação de alimentos tem potencial alergênico e 30 a 80% das pessoas alérgicas ao látex tem alergia cruzada as frutas como: banana, abacate, castanha e kiwi. E também há a possibilidade do alérgico ao látex desenvolver alergia cruzada à fruta.
Além dessas alergias alimentares temos essas possibilidades de reações cruzadas, tais quais descritas no quadro abaixo:
Alérgico a: | Alimentos com possível Reação cruzada: | Risco de reatividade clínica | Principal proteína comum |
Leguminosa (ex: amendoim) | Ervilha, lentilha, feijão, soja | 5% | Vicilinas, globulinas |
Castanha (ex: nozes) | Castanha do Pará, avelã, castanha de caju | 37% | Prolaminas |
Peixe (ex: salmão) | Peixe-espada, linguado | 50% | Parvalbuminas |
Crustáceo (ex: camarão) | Caranguejo, siri (OBS: inalantes: ácaros, barata também podem levar à reação cruzada) | 75% | Tropomiosina |
Grão (ex: trigo) | Centeio, cevada | 20% | Inibidores de protease, alfa-amilases |
Leite de vaca | Carne bovina | 10% | Albumina sérica bovina |
Leite de vaca | Leite de cabra | 92% | Caseínas, proteínas do soro |
Fonte: adaptado de Sicherer e Breiteneder
Referências bibliográficas:
ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, EMA. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Cultura Médica, 2003.
BREITENEDER. H. Molecular aspects of food proteins that contribute to allergenicity. 60th Annual Meeting of AAAAI, San Francisco, CA, March P. 19-23. 2004.
DAN L. WAITZBERG. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na prática clínica. São Paulo: Altheneu. 4 ed. 2009.
LEÃO, L; GOMES, M. Manual de nutrição clínica: para atendimento ambulatorial do adulto. Rio de Janeiro: Vozes, 2006.
MAHAN L & ESCOTT-STUMP S. KRAUSE. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Rocca, 11 ed. 2005.
SICHERER SH. Clinical implications of cross-reactive food allergens. J Allergy Clin Immunol 2001.
SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Rev. bras. alerg. imunopatol. V: 31, n 2. 2008.
Fonte:http://www.hce.eb.mil.br/nutricao/350-conduta-nutricional-na-alergia-alimentar
Saúde
física e mental são prioridade para nós da MetLife, e acreditamos que
informação, educação e suporte são as melhores formas para que você e sua
família façam as escolhas certas e se sintam protegidos.
A alergia
alimentar é uma reação imunológica mediada por imunoglobulinas E (IgE)
específicas e ocorre após a ingestão ou contato com um determinado alimento.
Na intolerância alimentar, formam-se anticorpos IgG para combater as
proteínas desses alimentos.
Apesar
de alguns de seus sintomas se confundirem, elas têm origem diferentes e cada
uma demanda cuidados específicos no tratamento.
É
bom ressaltar que a intolerância causa mal estar e problemas
digestivos, porém é mais leve. Enquanto a alergia alimentar pode ser severa e
até mesmo letal em alguns casos.
Intolerância alimentar
A
intolerância alimentar é causada pela carência de uma enzima que processaria um
certo nutriente, como por exemplo glúten ou lactose, e pode demorar horas ou
até dias para se manifestar. Os sintomas geralmente ficam restritos ao sistema
digestivo, gerando dores abdominais, gases e enjoo, mas ao contrário da alergia
não tem risco de morte. Pessoas com síndrome do intestino irritável, doença
celíaca ou hipersensíveis a aditivos alimentares também apresentam
intolerâncias alimentares.
Em
alguns casos, o indivíduo pode consumir pequenas doses desse determinado
alimento ou até mesmo repor a enzima em falta para poder manter esse hábito
alimentar moderadamente, mas sempre com supervisão médica.
Alergia alimentar
Geralmente
aparece já durante a infância (mas pode se manifestar na fase adulta) e
acontece quando o organismo reage à proteínas específicas de um
alimento como invasoras e manda células de defesa para combatê-las. Essa reação
imunológica pode afetar vários órgãos do corpo e causar até mesmo um choque
anafilático. Entre os sintomas após a ingestão estão: inchaço nos lábios,
coceira, tosse, diarreia, edema de glote e falta de ar. A pessoa DEVE ser
levada ao hospital. Mesmo que já tenha tido previamente uma reação alérgica,
porém leve quando em contato com aquele alimento, nada impede que ataques mais
sérios aconteçam, portanto, procurar ajuda médica e riscar o item do cardápio
são medidas importantes.
A
medicina tem apostado na imunoterapia como tratamento preventivo, porém devido
aos muitos efeitos colaterais, ela só pode ser administrada em hospitais.
Fonte:https://www.pastoraldacrianca.org.br/crianca/3106-alergia-alimentar
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