Qual é a diferença entre os azeites de oliva virgem, extravirgem e refinado?
Você costuma ficar confuso na hora de comprar o azeite de oliva? Há tantas opções no mercado, não é? As três variedades mais conhecidas são a virgem, a extravirgem e a refinada. Mas você sabe qual é a diferença entre elas? Qual é a mais saudável?
“Todos os azeites de oliva têm como matéria-prima a azeitona. O que os diferencia é o número de etapas de refinamento pelas quais passam. Isso altera a acidez do óleo, ou seja, a qualidade. Quanto menor for seu índice de acidez mais benefícios ele terá”, explica Daísa Mara Pinhal, nutricionista do Oba Hortifruti, em São Paulo.
Dos três tipos, o que tem menor acidez (até 1%) é o extravirgem, por isso, aposte nele! Esse óleo possui substâncias que combatem o colesterol ruim. Também impede o depósito de gordura abdominal, afinando a cintura e afastando o risco de doenças cardíacas e diabetes. Só não pode abusar na quantidade, pois uma colher de sopa contém cerca de 108 calorias! O ideal é consumir duas colheres de sopa por dia: uma no almoço e outra no jantar.
E como deve ser usado? É recomendável utilizá-lo em pratos que não vão ao fogo, como, saladas, pães, queijos e outros petiscos. Se aquecido, esse óleo pode perder suas propriedades benéficas.
“Já para pratos quentes, como carnes, o azeite virgem é a melhor opção. Mesmo sendo um pouco mais ácido que o extra (até 2%), ao ser aquecido, seu aroma é ressaltado e seu sabor é mais adocicado”, afirma a especialista.
E o tipo refinado? Melhor usá-lo em frituras. Ele tem mais de 2% de acidez; porém, ainda assim, é mais saudável que o óleo tradicional de soja, por exemplo. Mas cá entre nós, o melhor mesmo é não consumir frituras, não é? Assim você manterá uma vida mais saudável.
Fonte: Abril (http://goo.gl/cH3Hor)
Saiba como
identificar azeite extravirgem e por que ele reduz riscos de doenças cardíacas
e câncer
Conheça as propriedades presentes no
óleo, que é extraído da azeitona, e conheça quais benefícios à saúde ele pode
oferecer. Nesta sexta, Globo Repórter fala de produtos produzidos no Brasil.
Por Paulo
Gonçalves, EPTV e g1 Campinas e Região
27/10/2023 03h00 Atualizado há 4 horas
Para além do aroma, tempero na salada ou auxiliar na cocção de um prato gastronômico, o azeite é um produto clássico profundamente estudado e que pode trazer relevantes benefícios à saúde. O alimento, que é um óleo vegetal extraído da azeitona, fruto da Oliveira, está entre os mais comuns da culinária contemporânea e possui categorias que estão diretamente ligadas ao quão bem ele pode fazer ao organismo.
O famoso azeite extravirgem, a categoria máxima do óleo, é o "mundo ideal" da qualidade dos azeites e é o tipo que mais proporciona benefícios. Mas, afinal, é possível identificar um extravirgem em casa? Como? Quais são exatamente os pontos positivos dele para a saúde e quais doenças podem ser evitadas? Conheça essas respostas abaixo, item por item, por meio de uma entrevista com um pesquisador da Unicamp, em Campinas (SP), que se debruça sobre o tema.
Nesta sexta-feira (27-10-2023), o Globo Repórter apresenta um programa especial sobre produtos feitos dentro do Brasil, entre eles, o azeite. O conteúdo é uma co-produção em parceria com a EPTV, afiliada da TV Globo.
O que é um azeite extravirgem? 🌿
De acordo com o coordenador de laboratório de nutrigenômica da Unicamp, Dennys Esper Cintra, o azeite só é extravirgem se tiver um uma conjunto de propriedades chamado de compostos fenólicos, que possuem várias substâncias diferentes nas quais cada uma tem uma ação específica para o organismo.
Além dos compostos fenólicos, a outra propriedade do azeite - neste caso, não só do extravirgem - é o ácido oleico, um lipídio presente em abundância no azeite de oliva e que também promove uma série de benefícios ao corpo como a prevenção de diversos distúrbios.
Como o azeite faz bem à saúde? 🧬
O azeite extravirgem, por meio da ação dos compostos fenólicos, diminue os riscos, por exemplo, de doenças cardíacas e câncer, por conta de uma ação antioxidante.
"O que eu gostaria de destacar são os antioxidantes e esses antioxidantes podem reduzir o risco, por exemplo, de doenças cardiovasculares ou de alguns tipos específicos de câncer. Eu não estou falando que ele trata o câncer ou a doença cardíaca instalada, mas ele reduz a chance do desenvolvimento dela e isso é muito importante", disse o pesquisador.
Além da diminuição de riscos de doenças cardíacas e do câncer, o professor afirmou que o azeite também contribui para a preservação da memória. "Eu não estou falando que você vai melhorar a sua memória, mas com o processo de envelhecimento, a natureza dessa característica que é reduzir um pouquinho a memória, o azeite tem compostos e esses compostos podem ajudar a preservar isso por mais tempo", completou Cintra.
Por fim, há ainda a possibilidade de preservação de níveis de colesterol, o que também acontece no azeite virgem.
"O azeite virgem não tem os compostos fenólicos, mas o ácido oleico também é muito bom. Ele é uma gordura estável, reduz o risco de dislipidemia, que é o colesterol alto. É um super instrumento que a gente da nutrição tem para usar no tratamento das dislipidemias. Ele equilibra os níveis", explicou.
Como identificar um azeite extravirgem? 🔎
Além das características químicas, que caracterizam o azeite extravirgem pela presença dos compostos fenólicos, o produto também pode ser identificado por meio de experiências sensoriais que podem ser feitas dentro de casa. Veja detalhes no vídeo acima.
"Em casa, por exemplo, só que a base de treino, a gente vai perceber que o azeite é extravirgem por causa de algumas notas sensoriais, de, por exemplo, picância e amargor, que atestam para a gente. Não é uma alegação química, mas é uma percepção caseira de que você está diante de um produto de qualidade", afirmou o professor.
Cuidado ⛔ Azeite pode ser aquecido? 🔥
Segundo Dennys Esper Cintra, a primeira prensa da azeitona do azeite extravirgem, para que ele mantenha as características, deve ser feita a frio porque o calor elimina os compostos fenólicos. Por isso, quando o azeite é usado em uma temperatura muito alta, os compostos são perdidos e, a partir daí, os benefícios à saúde deixam de existir.
"A literatura científica já tem mostrado isso para a gente há bastante tempo, que acima de 80 graus, os compostos fenólicos são perdidos. Isso torna o azeite ruim? De jeito nenhum, mas os benefícios dos compostos fenólicos a gente vai perder. Portanto, a dica é: em cocções onde você precisa ter uma temperatura elevada, é interessante usar o azeite virgem, porque s enão a gente acaba tendo um desperdício de dinheiro. A temperatura extremamente elevada induz o surgimento de substâncias tóxicas dentro do óleo. A gente chama isso aí de acroleína, que é extremamente danosa ao organismo humano e considerada tóxica", finalizou.
Fonte:https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2023/10/27/saiba-como-identificar-azeite-extra-virgem-e-por-que-ele-reduz-riscos-de-doencas-cardiacas-e-cancer.ghtml
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