SAL ROSA, LIGHT,MARINHO OU REFINADO?: QUAL É O MELHOR PARA ASAÚDE, AFINAL? CONFIRA A COMPARAÇÃO

  Tipos de sal, com diferentes composições minerais

Sal rosa, light, marinho ou refinado: qual é o melhor para a saúde, afinal? Confira a comparação

Nutricionista esclarece os mitos e as verdades de cada tipo do alimento e explica como usar

Por 

Ricardo Pinheiro

15/04/2024 04h30  Atualizado há um mês

O baixo consumo de sal costuma estar associado a um ideal de vida saudável. Assim, o alimento — principalmente o comum, de cozinha, refinado — acaba se tornando um vilão. Para fazer frente a ele, as opções são muitas. Entre elas: sal rosa do Himalaia, light e marinho. Entretanto, até que ponto o sal refinado pode ser colocado nesse papel de vilão? Evitá-lo ao extremo pode ser tão perigoso quanto o seu uso excessivo, é o que esclarece ao GLOBO a nutricionista Daniele Mello.


— O sal, em si, não faz mal à saúde. Ele é importante e necessário. O que faz mal é o seu consumo em excesso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica o consumo de até 5 gramas de sal por dia por pessoa. O brasileiro tem um consumo médio de 14 gramas. É três vezes o indicado e pode causar aumento de pressão, doenças cardiovasculares, hipertensão e sobrecarga renal, algumas das doenças que mais matam no mundo. Tão errada quanto o excesso, também, é a alimentação completamente livre de sal, que pode provocar desmaios, fraqueza, tonteira, perda de consciência e perda neurológica — afirma Daniele.

Essas consequências que vêm com a falta de sal se devem ao fato de o consumo do alimento ser crucial para os impulsos nervosos, a contração muscular, o equilíbrio líquido das células, e também para a regulação da quantidade de iodo que ingerimos, entre outras funções. O iodo, um micronutriente em abundância no sal, é usado na síntese dos hormônios produzidos pela tireoide e pode prevenir diabetes, problemas cardíacos e infartos.


Os tipos de sal e para quem são indicados

Se o sal é importante e necessário, então qual usar? Daniele costuma indicar tipos diferentes para cada paciente. Ao GLOBO, ela desmistifica o suposto "poder" do "queridinho das famosas", como ela diz, que virou sinônimo de um estilo de vida e, portanto, um objeto de desejo de consumo, mais do que qualquer coisa: o sal rosa do Himalaia.

— Não costumo indicar o sal rosa para os meus pacientes porque o custo é alto e os benefícios são poucos, se comparados com os outros tipos. Não existe nenhum estudo científico demonstrando o benefício do uso dele a médio e longo prazo em relação ao sal refinado. A diferença de composição nutricional entre os dois é insignificante. Fora o custo do rosa, que é de quatro a cinco vezes maior que o refinado. Esse investimento não se justifica por uma diferença nutricional tão pequena. Não há benefícios — afirma Daniele.


— O sal, em si, não faz mal à saúde. Ele é importante e necessário. O que faz mal é o seu consumo em excesso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica o consumo de até 5 gramas de sal por dia por pessoa. O brasileiro tem um consumo médio de 14 gramas. É três vezes o indicado e pode causar aumento de pressão, doenças cardiovasculares, hipertensão e sobrecarga renal, algumas das doenças que mais matam no mundo. Tão errada quanto o excesso, também, é a alimentação completamente livre de sal, que pode provocar desmaios, fraqueza, tonteira, perda de consciência e perda neurológica — afirma Daniele.

Essas consequências que vêm com a falta de sal se devem ao fato de o consumo do alimento ser crucial para os impulsos nervosos, a contração muscular, o equilíbrio líquido das células, e também para a regulação da quantidade de iodo que ingerimos, entre outras funções. O iodo, um micronutriente em abundância no sal, é usado na síntese dos hormônios produzidos pela tireoide e pode prevenir diabetes, problemas cardíacos e infartos.


Os tipos de sal e para quem são indicados

Se o sal é importante e necessário, então qual usar? Daniele costuma indicar tipos diferentes para cada paciente. Ao GLOBO, ela desmistifica o suposto "poder" do "queridinho das famosas", como ela diz, que virou sinônimo de um estilo de vida e, portanto, um objeto de desejo de consumo, mais do que qualquer coisa: o sal rosa do Himalaia.

— Não costumo indicar o sal rosa para os meus pacientes porque o custo é alto e os benefícios são poucos, se comparados com os outros tipos. Não existe nenhum estudo científico demonstrando o benefício do uso dele a médio e longo prazo em relação ao sal refinado. A diferença de composição nutricional entre os dois é insignificante. Fora o custo do rosa, que é de quatro a cinco vezes maior que o refinado. Esse investimento não se justifica por uma diferença nutricional tão pequena. Não há benefícios — afirma Daniele.


— Outra questão importante é que, pelo fato do sal rosa ter um 'poder de salgar' muito menor, por causa da composição do solo, as pessoas acabam colocando muito mais sal nas comidas. Ou seja, a quantidade de sódio e o custo aumentam — completa a nutricionista.


Confira abaixo uma lista com três tipos de sal que são recomendados pela profissional, sempre, é claro, dentro da quantidade estipulada pela OMS de 5 gramas ao dia:

  • Sal comum (de cozinha): para pessoas saudáveis, sem problemas de saúde que impliquem cuidados, o sal comum pode ser usado sem preconceitos.
  • Sal light: tem um sabor mais suave que o de cozinha. Por ter menos sódio que o comum, é indicado para quem é hipertenso. Por ter mais potássio que o comum, não é indicado para quem tem problema renal, com risco de sobrecarregar os rins.
  • Sal marinho: por não passar pelo processo químico do sal comum, o marinho tem uma quantidade menor de aditivos químicos como conservantes e corantes — associados ao desenvolvimento de câncer. Ele mantém maior quantidade de minerais como cálcio, potássio, ferro, zinco e iodo. É o mais recomendado por ela para quem necessita de ajuste na quantidade de sódio ingerida.

O importante é dosar a quantidade

Já que não temos vilões, nenhum tipo de sal é necessariamente ruim e passível de ser evitado completamente. O segredo está, justamente, na dosagem. Na hora de tentar reduzir o consumo de sal para se adequar à quantidade estabelecida pela OMS (5g/dia), é preciso ter dois cuidados principais, alerta Daniele.

O primeiro, é prestar atenção nos produtos ditos "light" ou "diet". O segundo, e igualmente importante, é ficar ciente do fato de que o sal está onde menos esperamos. A dica a ser seguida à risca é sempre ler atentamente os rótulos dos produtos, que costumam ser "repletos de pegadinhas".


— Se você deixa de botar sal na salada no almoço para diminuir o consumo e à noite come batata chips pronta, você troca um pelo outro. O impacto no organismo é o mesmo ou até pior. Por isso ler o rótulo é bem importante. O refrigerante diet, por exemplo, eles tiram o açúcar e, para 'compensar' no sabor, colocam mais sódio — diz a especialista.

— Os alimentos ditos 'light', também, não são sinônimos de 'menos sal'. 'Light' é qualquer alimento que tenha 25% a menos de qualquer componente (como gordura, por exemplo). Ele pode ser assim e ter o triplo de sódio. O sódio também está em grande quantidade nos biscoitos e até mesmo nas bolachas doces — completa.


Alimentos doces com alto teor de sódio

  • Refrigerantes: em média 48mg de sódio em uma lata de 350ml
  • Bolacha doce recheada: 490mg de sódio em um pacote
  • Pós para sucos: cerca de 32mg de sódio em 1/2 colher de sopa
  • Mistura para bolo: em média 179mg de sódio em 3 colheres de sopa

Fonte:https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2024/04/15/sal-rosa-light-marinho-ou-refinado-qual-e-o-melhor-para-a-saude-afinal-confira-a-comparacao.ghtml





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