A DIETA DO TIPO SANGUÍNEO-UMA INTRODUÇÃO


A "Dieta do Tipo Sanguíneo" iniciou com os estudos do médico Naturopata Dr. James D'Adamo que publicou seu primeiro livro em 1982. Esta dieta teve um grande impulso com a publicação, pelo seu filho, também médico Naturopata, Dr. Peter J. D'Adamo, em 1996 do livro "Eat Right For Your Type" onde o autor mostrou algumas correlações históricas, antropológicas e fisiológicas dos tipos de sangue A, B, AB e O com os alimentos, com a personalidade e com o estilo de vida. Posteriormente, novas descobertas levaram a um aperfeiçoamento maior das recomendações, levando em conta o fato do indivíduo secretar, ou não, os antígenos do seu tipo de sangue nas secreções do corpo (saliva, muco, secreções intestinais, urina, etc..). Diversos autores, principalmente no Japão e USA, tem escrito livros sobre a influência do tipo de sangue na personalidade.
 
Saúde é o resultado da inter-relação entre os fatores ambientais, alimentares, modo de vida, stress, atividades físicas, atividades de relaxamento, alimentação com a carga genética de cada indivíduo. Cada ser humano é único, tem um código genético próprio e diferente de todos os outros, por isso, não existe uma única dieta ou um estilo de vida que sirva a todos. As diretrizes que a dieta do tipo sanguíneo fornece levam em conta as características genéticas de cada um, auxiliando na compreensão tanto dos alimentos, quanto da forma de viver que propicia uma vida mais longa e saudável.
 
A chave para o entendimento das relações entre dieta e estilo de vida com o tipo de sangue se encontram na história da humanidade. O tipo O foi o tipo de sangue encontrado nos primeiros humanóides, os Neandertalenses, que parecem ter vivido há 130.000 anos atrás na África. É provável que ingerissem uma dieta crua a base de plantas silvestres, insetos e restos de animais mortos por seus predadores. Tinham uma atividade física e uma secreção ácida gástrica intensa, o que propiciava uma dieta rica em proteínas de origem animal. No período de 25.000 a.C. a 15.000 a.C. o homem passou de caçador coletor para um modo de vida mais agrário-domesticador, passando a ingerir grãos e a viver de forma mais estável em coletividades. Neste período houve uma mutação genética para propiciar uma melhor adaptação do homem ao seu novo meio ambiente, com o aparecimento do sangue de tipo A, que veio associada a mudanças no metabolismo de diversos órgãos, na personalidade, no perfil de stress, na capacidade física, no sistema imunológico e nas enzimas digestivas com redução da acidez gástrica. Essas mudanças no sistema digestivo capacitaram o homem do tipo A a digerir melhor os grãos e outros alimentos consumidos na época. O homem de tipo A tem uma capacidade de defesa contra infecções maior que o tipo O propiciando uma maior chance de sobrevivência em agrupamentos densamente povoados. O tipo B surgiu após a fusão e migração das raças da África para a região do Himalaia, hoje Paquistão e Índia, provavelmente entre o ano 15.000 a.C e 10.000 a.C. A mutação surgiu provavelmente para uma melhor adaptação ao clima e a volta de uma alimentação carnívora com a introdução na dieta do leite e seus derivados, própria dos Mongóis. A moderna miscigenação de grupos diferentes entre 500 a.C e 900 d.C deu origem ao tipo de sangue AB, que é o mais raro. Cada tipo sanguíneo constitui uma mensagem genética dos comportamentos e dietas de seus ancestrais, ou seja, o ser humano carrega no seu sangue uma parte da memória da história da humanidade.
 
O estudo do tipo de sangue nos ajuda a compreender qual a melhor forma de viver em harmonia com o nosso genoma, para desfrutarmos de mais saúde e longevidade.
 



Grupo Sanguíneos - ABO


O sistema ABO é composto de 4 tipos básicos de sangue: A, B, AB e o O. Cada tipo de sangue produz um antígeno que é a característica do sangue e um anti-corpo contra os outros tipos de sangue.
Sangue
Antígeno
Anticorpo
O
H
Anti A e anti B
A
A
Anti B
B
B
Anti A
AB
AB
nenhum
ABO - Secretor ou Não Secretor
Embora todas as pessoas tenham o antígeno do sistema ABO no sangue, 80% das pessoas têm também este antígeno nas suas secreções (saliva, urina, espermatozóides e mucos) e são chamados de secretores em contrapartida com os não secretores que não apresentam o antígeno do sistema ABO nas secreções do corpo. Existem diferenças substanciais entre pessoas secretoras e não secretoras nos tipos de alimentos que podem ser consumidos e nas doenças mais freqüentemente associadas a cada tipo sanguíneo. 
Os não secretores tem uma incidência maior de doenças cárdio-vasculares, diabetes, hipoglicemia, doenças infecciosas, cáries e doenças auto imunes. 80% dos casos de Fibromialgia ocorrem em não secretores.


Como o Tipo de Sangue Interfere com Características Diversas como: Alimentação, Atividade Física e Personalidade?


A resposta a essa pergunta se encontra em diversos sistemas metabólicos que muitas vezes são ligados diretamente ao tipo de sangue e outras vezes sofrem a influencia do mesmo:
 
1. Gene linkage
 
2. Lectinas
 
3. Reação dos Alimentos com os Anticorpos do Sistema ABO
Gene Linkage
Foi descoberto que alguns genes que ficam no mesmo cromossomo que o do tipo de sangue vem mais freqüentemente associados a um determinado tipo de sangue. Além disso, o gene de cada tipo de sangue pode interferir com a maior ou menor expressão de um gene vizinho. Por exemplo, o gene do câncer de mama tem maior incidência e maior letalidade no grupo A. O gene da acidez estomacal interage com o gene da acidez estomacal promovendo um pH mais acido no grupo O, o que permite uma melhor digestão da carne e ao mesmo tempo uma maior freqüência de úlceras e gastrites neste grupo. Diversas enzimas que atuam no sistema neurológico, como por exemplo a dopamina B hidroxilase, que modula a síntese de norarenalina está aumentada no grupo O, propiciando maior estresse adrenérgico. 
Essa interferência entre o gene do tipo de sangue com os diversos genes do mesmo cromossoma influencia em características diversas do indivíduo como:
 
1. sistema digestivo,
 
2. personalidade,
 
3. atividades físicas e de relaxamento mais propícias,
 
4. doenças mais freqüentes.
Lectinas
As lectinas são proteínas presentes nos alimentos que reagem com os antígenos do sistema ABO causando aglutinação das células do sangue, ou seja, um alimento pode ser nocivo às células de um tipo de sangue e benéfico a outro. Em termos simples, quando você come um alimento que contém lectinas incompatíveis com o seu tipo sanguíneo, ocorre aglutinação do sangue com lesão do órgão onde a aglutinação ocorre: tireóide, rins, fígado, pâncreas, cérebro, etc. 
As lectinas causam reações fortíssimas no sistema digestivo com inflamação da mucosa intestinal semelhante à encontrada nas alergias alimentares. Por exemplo, a farinha de trigo causa uma irritação importante na mucosa intestinal principalmente nas pessoas de tipo O.
 
O sistema nervoso é muito sensível aos efeitos da aglutinação do sangue causada pelas lectinas. Isto explica porque a alimentação sem os produtos nocivos pode auxiliar no tratamento de doenças do sistema nervoso como por exemplo: depressão, síndrome do pânico, distúrbio obsessivo compulsivo, doença bipolar e em particular da hiperatividade.
 

Reação dos Alimentos com os Anticorpos do Sistema ABO
O tipo de sangue ABO tem um papel importante no controle do sistema imune. Ele interfere na defesa do organismo contra vírus, bactérias, fungos, estresse, toxinas e ainda interfere no reconhecimento do organismo de quais substâncias pertencem a ele e devem ser protegidas e quais não fazem parte do corpo e devem ser combatidas. Os anticorpos "anti-outro tipo de sangue" ou seja "anti A e anti B" são os anti-corpos mais fortes do nosso organismo, e sua capacidade de aglutinar as células sanguíneas de um tipo de sangue incompatível é tão forte que uma transfusão de sangue incompatível causa a morte. 
Quando um anticorpo encontra um antígeno de um micróbio intruso, ele compara esse micróbio com os antígenos do sangue, e após chegar a conclusão que o micróbio é diferente do antígeno do sangue, avisa o sistema imunológico que vai sintetizar anticorpos de combate, que vão aglutinar o micróbio em questão tornando mais fácil o processo de expulsão e morte do invasor. Entretanto, alguns micróbios tem características semelhantes a um dos tipos de sangue, tornando difícil o seu reconhecimento como inimigo pelo sistema imune. Isso explica porque alguns tipos de infecção são mais freqüentes em um determinado tipo de sangue, como por exemplo, as doenças associadas a vírus lentos, como Síndrome da Fadiga Crônica e Esclerose Múltipla são mais freqüentes no grupo B.
 
Alguns alimentos têm características semelhantes ao antígeno de um tipo de sangue e provocam uma reação de anticorpos causando uma aglutinação do alimento com o antígeno do sangue e lesão de diversos órgãos (processo semelhante ao que ocorre na rejeição de órgãos). Isso explica porque existem alimentos benéficos a um tipo de sangue e nocivo a outro tipo.
Esses mecanismos acima descritos explicam porque o sistema imunológico e digestivo dá preferência aos mesmos alimentos ingeridos pelos seus ancestrais de mesmo tipo sanguíneo. 


Características do Grupo O - Genoma de pedra na era atômica

O tipo O foi único tipo de sangue encontrado no homem das cavernas, e por milhares de anos foi o único tipo de sangue existente. É o mais freqüente ainda hoje. Nessa época, os homens tinham uma dieta baseada em carne, frutas, verduras e raízes e tinham um sistema digestivo próprio para digerir e metabolizar corretamente a carne. Tinham um pH do estômago muito ácido e maior secreção de enzimas digestivas. Esse pH muito ácido propicia o aparecimento de úlceras e gastrites. As pessoas do tipo O são mais intolerantes a introdução de alimentos impróprios ao seu sistema digestivo e imunológico como as farinhas e açúcares, como também a adoçantes, corantes, aditivos, agrotóxicos e a poluição. 
O sistema imune do tipo O é muito forte, hiperativo, tendo dificuldade em distinguir o que é "self" (próprio do indivíduo) do que não é "self" propiciando o aparecimento de doenças de auto agressão (auto imunes) como Lupus e Artrite reumatóide assim como processos inflamatórios mais fortes e reações alérgicas. Como o sistema imunológico reage de forma muito agressiva ele confere uma proteção maior contra o câncer.
 
Nessa época, o homem era nômade e percorria grandes extensões rotineiramente e tinha uma atividade física intensa. Ele era pragmático, esperto, um predador agressivo, com instinto de sobrevivência forte, deixando o mais fraco para trás para o benefício do grupo. Essas características trazidas à sociedade atual fazem do tipo O um líder, extrovertido, com muita energia, individualistas, ousados, otimistas, auto confiantes e produtivos. Entretanto, quando submetidos a estresse podem ter reações excessivamente agressivas e desequilibradas com acessos de raiva e fúria. Na infância a hiperatividade é muito comum.
 
Em situações de stress a glândula supra renal do tipo O libera uma quantidade muito grande de adrenalina e noradrenalina. Essas substâncias causam no organismo todas as reações físicas necessárias para lutar ou fugir: batimento cardíaco acelerado, aumento da pressão arterial, respiração ofegante e maior atividade e irrigação de sangue nos músculos e em diversos órgãos para sustentar o seu maior funcionamento. No tipo O, a enzima dopamina hidroxilase, necessária a eliminação da adrenalina e da noradrenalina, é sintetizada em menor quantidade o que faz com que essas 2 substâncias permaneçam por mais tempo na circulação. O homem das cavernas reagia sempre com atividade física intensa à liberação dessas substâncias o que trazia os efeitos produzidos por elas a condições normais novamente. Atualmente além do estresse ser mais constante, na maioria das vezes ele não é associado a uma atividade física o que faz com que as reações como batimentos cardíacos acelerados, hipertensão arterial, funcionamento excessivo de alguns órgãos se tornem uma constante causando um desgaste acentuado do organismo, com desencadeamento de diversas doenças e de desequilíbrios emocionais. Para combater o estresse as pessoas do tipo O precisam de uma atividade física aeróbica intensa e constante (no mínimo 60 minutos de atividade aeróbica, 3 vezes por semana).
 
Para se manter em equilíbrio físico e mental o homem do tipo O necessita seguir as orientações dietéticas e praticar uma atividade física constante e intensa.
 
As pessoas do tipo O são mais propensas a vícios como jogo, cigarro, bebidas e drogas provavelmente devido aa variações da enzima dopamina hidroxilase.
 
O tipo O é atualmente o mais freqüente nos USA.
 


Características do Grupo A


O grupo sanguíneo A surgiu por volta de 25.000 a 15.000 a.C. quando houve a mudança da condição de caçador coletor para um modo de vida mais agrário-domesticador. Nesse período, devido à escassez de carne, o homem passou a desenvolver e a viver da agricultura. Tornou-se o primeiro vegetariano. Para que ele se adaptasse as novas condições alimentares o seu sistema digestivo sofreu diversas mudanças que o tornaram mais apropriado à digestão dos grãos, como por exemplo, ouve uma diminuição do pH do estômago e um aumento das enzimas responsáveis pela digestão dos hidratos de carbono.
 
O Sistema imune tornou-se mais tolerante, característica necessária para maiores concentrações populacionais: sobrevivem melhor até hoje a epidemias como a cólera e a varíola. Entretanto, devido a maior tolerância do sistema imune, defendem-se menos de doenças como o câncer.
 
A vida em comunidades estáveis e sociedades cooperativas fez do homem de tipo A um ser com maior facilidade para relacionamentos sociais, ordeiros e cooperativos. Tinham um refinamento intelectual maior, uma conecção entre corpo e mente mais desenvolvida. O do tipo A é geralmente mais introvertido, perfeccionista, sensível e criativo. Quando submetidos a estresse crônico podem apresentar introversão excessiva, preocupação excessiva com detalhes e Distúrbio obsessivo compulsivo.
 
As pessoas do tipo A tem uma reação excessiva ao menor sinal de estresse: liberam quantidades maiores que os outros grupos de cortisol e de adrenalina. Embora eliminem com facilidade a adrenalina produzida tem maior dificuldade de normalizar o cortisol após o fim da situação de estresse, ou seja, as pessoas do tipo A sofrem muito mais os efeitos negativos do estresse e tem muito mais dificuldade de "acalmar o sistema nervoso". O excesso de cortisol causa insônia, irritabilidade, pensamentos negativos repetitivos, perda de massa muscular, aumento da gordura, inchaço e inibe o sistema imune, necessário as defesas do organismo. O cortisol é sintetizado nas supra-renais. Quando elas estão produzindo muito cortisol, secretam menos o DHEA, que é um precursor dos hormônios femininos e masculinos associado a longevidade, a jovialidade e a disposição de viver. As taxas elevadas cronicamente de cortisol são associadas a muitas doenças como: câncer, doenças cardíacas, derrame, hipertensão arterial, resistência a insulina, obesidade, distúrbios da memória, senilidade e Alzheimer.
As pessoas do tipo A reagem melhor ao estresse com atividades relaxantes como Yoga, Meditação, Tai Chi Chuan e exercícios isotônicos como caminhar, nadar, dançar e andar de bicicleta, que diminuem as taxas de cortisol. O sono é extremamente importante na redução do cortisol: durma no mínimo 8 horas por noite. Não deite após as 23 horas e procure receber a luz do sol ao acordar.
 
Atualmente, o tipo de sangue A, é mais encontrado entre os Europeus Ocidentais e Japoneses.
 


Características do Grupo B


O homem do tipo B nasceu entre 10.000 - 15.000 anos a.C. na cordilheira do Himalaia. Como ele era originário da África, a primeira grande adaptação foi ao clima.
 
Dois grandes grupos do tipo B se formaram: uma sociedade nômade e guerreira, que utilizava o cavalo tanto nos seus deslocamentos quanto na guerra, que conquistou o norte e o oeste da Ásia e que avançou até o leste europeu e um grupo sedentário e agrário que colonizou a China e o sudeste da Ásia, utilizando técnicas sofisticadas de irrigação e de cultivo que mostraram muita criatividade, inteligência e engenho.
 
Atualmente o tipo B é encontrado desde o Japão, Mongólia e China até os Montes Urais, indo para oeste até atingir o mínimo no extremo oeste da Europa. Os alemães e austríacos apresentam uma grande porcentagem de indivíduos de tipo B. Os judeus também apresentam uma grande incidência de tipo B.
 
O tipo B foi o primeiro adaptar-se ao convívio com os animais domesticados, tendo um sistema digestivo capacitado para digerir e absorver os laticínios.
 
O sistema imune do tipo B tem uma certa dificuldade para combater vírus de ação lenta porque eles tem um antígeno parecido com o do tipo B (B-like). Esses vírus de ação lenta tem sido responsabilizados por causar doenças neurológicas raras como Lupus, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica e Síndrome da Fadiga Crônica. A dificuldade no combate aos vírus de ação lenta é agravada pela presença de lectinas nocivas principalmente do frango e milho. As pessoas do tipo B têm uma tendência maior ao desenvolvimento de doenças auto imunes.
 
As pessoas do tipo B quando submetidas ao estresse liberam grandes quantidades de cortisol, taxa inferior apenas ao grupo A. O excesso de cortisol causa insônia, irritabilidade, pensamentos negativos repetitivos, perda de massa muscular, aumento da gordura, inchaço e inibe o sistema imune, necessário as defesas do organismo. O cortisol é sintetizado nas supra-renais. Quando elas estão produzindo muito cortisol, secretam menos o DHEA, que é um precursor dos hormônios femininos e masculinos associado a longevidade, a jovialidade e a disposição de viver. As taxas elevadas cronicamente de cortisol são associadas a muitas doenças como: câncer, doenças cardíacas, derrame, hipertensão arterial, resistência a insulina, obesidade, distúrbios da memória, senilidade e Alzheimer.
 
Além da liberação excessiva de cortisol ao estresse, as pessoas de tipo B degradam mais rapidamente o óxido nítrico. O óxido nítrico é uma das moléculas mais estudadas na atualidade. Ele interfere em diversas vias metabólicas do organismo, contribuindo para a saúde cardiovascular, imunológica e emocional. A degradação mais rápida do óxido nítrico permite uma recuperação mais rápida nas situações de estresse. O tipo B responde muito bem a técnicas de visualização e meditação no combate ao estresse, a ansiedade e a depressão.
 
O tipo B reage melhor ao estresse que o tipo A e o O. Durante o processo evolutivo, o tipo B conviveu com situações mais diversas, ou seja, precisou da força física para conquistar novas terras e paciência e habilidade para desenvolver sua cultura nestas terras. As pessoas do tipo B reagem melhor ao estresse com atividades relaxantes mescladas com atividades físicas mais intensas que envolvam grupos de preferência, embora não se dê muito bem com esportes muito competitivos.
 
As atividades relaxantes como: Yoga, Meditação, Tai Chi Chuan e, exercícios isotônicos como: caminhar, nadar, dançar e andar de bicicleta. Essas atividades relaxantes diminuem as taxas de cortisol e regulam o metabolismo do óxido nítrico. Intercale as atividades acima com atividades aeróbicas como ciclismo, artes marciais menos agressivas, tênis, aeróbica, dança e musculação.
 
Para regular a liberação de cortisol:
 
" Mantenha o ritmo circadiano ajustado, ou seja: deite antes das 23 horas e durma no mínimo 8 horas por noite. Procure receber a luz solar entre 6 e 8 horas da manhã,
 
" Dedique ao menos 20 minutos ao dia a uma tarefa criativa que concentre toda a sua atenção;
 
" Siga as recomendações quanto a exercícios físicos e atividades relaxantes como meditação e visualização.
As pessoas do tipo B geralmente tem uma vida longa e saudável seguindo as recomendações acima associadas à dieta.

Características do Grupo AB


O tipo de sangue AB é raro e é o mais recente tipo de sangue da humanidade. Nasceu da fusão do tipo A caucasiano com o tipo B dos mongóis. Raramente se encontra sangue tipo AB antes de 900 d.C. É um tipo de sangue mais raro: apenas 2-5% da população tem sangue do tipo AB. As suas características são uma mescla entre as características de todos os grupos anteriores.
 
O tipo AB apresenta um perfil digestivo semelhante ao tipo A, ou seja, tem acidez estomacal menos intensa, mas seu metabolismo necessita de mais proteína animal do que o tipo A. O tipo AB tem uma menor quantidade da enzima fosfatase alcalina no intestino o que dificulta a metabolização protéica. Tanto a menor acidez do estômago, quanto a menor quantidade de fosfatase alcalina, causam uma dificuldade digestiva maior, que pode ser combatida com refeições maiores e mais freqüentes e procurando não misturar carboidratos com proteínas.
 
O sistema imunológico do tipo AB é semelhante ao do tipo A. Os 2 tem maior risco de desenvolvimento de câncer.
 
As pessoas do tipo AB são sensíveis, intuitivas, espiritualizadas, independentes, mesclando introversão com extroversão. Quando submetidas ao estresse reagem de forma semelhante ao tipo O, com grande produção de adrenalina e noradrenalina e dificuldade para a degradação das mesmas devido a deficiência da enzima Mono Amino Oxidase. Além disso, as pessoas de tipo AB degradam mais rapidamente o óxido nítrico, de forma semelhante ao grupo B. O óxido nítrico é uma das moléculas mais estudadas na atualidade. Ele interfere em diversas vias metabólicas do organismo, contribuindo para a saúde cardiovascular, imunológica e emocional. A degradação mais rápida do óxido nítrico permite uma recuperação mais rápida nas situações de estresse. O tipo AB responde muito bem a técnicas de visualização e meditação no combate ao estresse, a ansiedade e a depressão.
 
Assim como as pessoas do tipo O, os indivíduos do tipo AB são mais propensos a vícios como jogo, cigarro, bebidas e drogas provavelmente devido aa variações da enzima dopamina hidroxilase.
Os indivíduos do tipo AB necessitam para o seu equilíbrio de atividades físicas relaxantes mescladas com atividades físicas aeróbicas. Devem evitar atividades físicas competitivas.

Bibliografia


1. Eat Right For Your Type. Dr. Peter J. D'Adamo.
 
2. Live Right For Your Type. Dr. Peter J. D'Adamo.
 
3. Eat Right For Your Type. Complete Blood Type Encyclopedia.
Dr. Peter J. D'Adamo. Riverhead Books. 2001.Armas, Germes e Aço. Jared Diamond. Ed Record 
5. You are your blood type. Nomi, T and A. Besher. Nova York: St Martin's Press 1983.
 
6. What's your type? Constantine, P. Nova York: Plume Books, 1997.
 
7. A Dieta do Tipo Sanguíneo" de Dr. Peter J. Adamo. Editora Campus. Este livro é a tradução do 1º livro do Dr. D'Adamo, e embora seja muito interessante do ponto de vista histórico, a classificação dos alimentos já foi profundamente modificada tanto pelas pesquisas atuais quanto por uma "errata" publicada após o lançamento do livro que corrige a classificação de cerca de 50 alimentos. 
8. Viva melhor com a A Dieta do Tipo Sanguíneo" de Dr. Peter J. Adamo. Editora Campus.
 

Fonte : Associação Brasileira de Medicina Biomolecular

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