A INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA E SEUS BASTIDORES











 

A indústria alimentícia e seus bastidores



Falar de alimentos industrializados hoje é falar de uma indústria alimentícia que só visa o dinheiro na maioria das vezes. São raras as produções mais orgânicas, sustentáveis e que agridem menos o planeta e, claro, o nosso corpo. Só do "produto" alimento vir de uma indústria, isso já os coloca em uma posição de distanciamento da natureza, de muito processamento, de perda de muitos dos nutrientes como: fibras, vitaminas, minerais, além da energia vital e gera MUITO LIXO que muitas vezes não será reciclado.

Neste vídeo abaixo, a Francine fez um vídeo muito bom que vale a ver para entender ainda mais sobre essa "mentira", que é criada pela indústria alimentícia, em volta dos alimentos industrializados serem ditos como bons, nutritivos e mais práticos para nós consumirmos.






A Indústria Alimentícia e o disfarce dos alimentos saudáveis.


Antigamente, a gente comia mais comida fresca (com mais vitalidade), e hoje com o advento de muitos meios de transporte, uso do petróleo e das invenções absurdas de cientistas com os alimentos, além da geladeira, conseguimos fabricar alimentos de mentira que só apelam aos nossos sentidos ilusioriamente, porém, muito ou nada trazem de benefício nutricional para o nosso organismo. 

Alergias alimentares, má digestão, carência nutricional de vitaminas e minerais, ganho de peso, retenção de líquidos, câncer, diabetes e muitas outras doenças e complicações estão cada vez mais ligadas ao baixo consumo de alimentos de verdade, menos processados, frescos e orgânicos e mais ligados ao consumo excessivo de alimentos industrializados. Em muitos deles é possível encontrar mais de 7 vezes o mesmo alimento em diferentes formas no mesmo produto!, como por exemplo o milho. Se você já leu em algum produto que você consumiu nos últimos dias ou nos últimos tempos esses nomes abaixo, saiba que eles são "nomes" diferentes dados pela indústria alimenticia para o milho:

Acetato de etila – como solvente de outras substâncias
Ácido ascórbico – vitamina C
Ácido cítrico – intensificador de sabor e conservante
Ácido fumárico – como acidificante
Ácido sórbico – conservante de vinhos, produtos lácteos, alimentos do mar e carnes
Alfa tocoferol – vitamina E
Celulose – estabiliza texturas
Diglicéridos – manter a textura como a das margarinas
Estearato de cálcio – estabiliza texturas
Fibersol-2 – aumenta o conteúdo de fibra dos alimentos
Frutose – adoçante
Glúten – estabiliza textura de gelados e do ketchup
Goma Xantana – aumenta a viscosidade dos alimentos
Lactato de etila – utilizado como solvente, ou seja dissolver outras substâncias
Maltodextrina – hidrato de carbono altamente energético
Polidextrose – aumentar o conteúdo de fibra
Sacarina – adoçante, proibido em alguns países
Sacarose – açúcar
Sorbitol - adoçante
Vinagre branco – utilizado em pickles
Xarope de milho rico em frutose – adoçante
Xilitol – adoçante
Zeína – corante 

Um dia desses recebi uma entrevista do jornalista Steve Ettlinger que desvendou um pouco mais a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor chamado "Twinkie, Deconstructed" (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A própria entrevista foi feita em 2009, mas esse assunto continua atual, e ela continua nos proporcionando uma boa reflexão sobre o que muita gente anda colocando para dentro há muitos anos sem saber, e que pode estar contribuindo para o surgimento de muitas doenças, alergias e mal estar.
Fique atento e busque sempre por alternativas com menos ingredientes possíveis, e que você consiga saber o que são...ou melhor ainda, opte por alimentos DE VERDADE, tais como: frutas, verduras, vegetais e todos aqueles que passaram pelo mínimo de processamento e refinamento e que são mais locais e mais frescos. E se for para "processar" faça isso você mesmo em casa como mostrou a Francine com o suco de laranja. ;) 


A indústria alimentícia e seus bastidores



Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?

Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?

Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?

Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?

Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?

Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.

Gostou do Artigo? Possui alguma opinião, dúvida ou algo que queira compartilhar? Não deixe de comentar, que tentarei responder o mais rápido possível!


Aqui embaixo há referências para você que se interessou! 

Livro para saber mais

Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

Publicado em 13/02/2009

Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim

Revista Vida Simples - Edição 0077


(*) Entrevista retirada do site: http://alimentopuro.blogspot.com.br/2013/08/a-vida-secreta-dos-ingredientes.html

(*) Nomes para o milho retirado do site: http://www.centrovegetariano.org/Article-539

Fonte:http://alimentacaointeligente.blogspot.com.br/2013/09/a-industria-alimenticia-e-seus.html

Comentários