LUZES DO MUNDO - VANDANA SHIVA - O ECO FEMININO



Vandana Shiva - O Eco Feminino


Vandana Shiva nasceu em Dehradun, Índia, em 5 de novembro de 1952. Na década de 1970, participou daquele que ficou conhecido como o Movimento das Mulheres de Chipko, formado, em sua maioria, por mulheres que adotaram a tática de se amarrar às árvores para impedir sua derrubada e o despejo de lixo atômico na região.

Como uma das líderes do International Forum on Globalization, Vandana ganhou o Right Livelihood Award em 1993, considerado uma versão alternativa do Prêmio Nobel da Paz. 



Um olhar sobre o Movimento Chipko


O Movimento Chipko é considerado um movimento ecológico que floresceu na Índia em meados dos anos de 1970. Ocorreu nos Himaláias, mais especificamente, no vilarejo de Uttarakhandi. 

Mulheres do Movimento Chipko abraçando uma árvore.











Um grupo de mulheres pertencentes à aldeia tomou a iniciativa de protestar contra o desmatamento de árvores, formando cordões humanos em volta das árvores ou abraçando-as. Um típico modo de protesto desse povo, que vem da tradição hindu, pela não violência. Essas mulheres não eram ambientalistas; elas estavam ali para protegerem árvores e florestas e garantirem a manutenção da vida.

Esse foi o resultado de inúmeras iniciativas independentes em comunidades que buscavam a proteção da florestas como meio de salvar seus meios tradicionais de subsistência através do uso sustentável. Seus primeiros líderes e principais ativistas foram em geral, mulheres, mas alguns homens também se destacaram. 

Seu método de atuação se caracterizou pela resistência pacífica, inspirada no modelo de Mahatma Gandhi e atendendo ao seu apelo para que as mulheres, que permaneciam à sombra dos homens na cultura indiana, se juntassem à luta nacionalista, sensibilizando-as particularmente porque eram elas as principais responsáveis pelo trabalho agrícola e pela geração da renda do campo. O nome significa “abraço”, já que as mulheres costumavam formar barreiras com seus corpos em torno de árvores para evitar seu corte. 


A primeira atividade do Movimento organizado ocorreu em abril de 1973, em Uttar Pradesh, onde Gaura Devi mobilizou 27 mulheres para enfrentar os madeireiros. Nos anos seguintes ele se disseminou por vários locais, conquistando importantes vitórias, como o banimento do corte de árvores em várias províncias indianas. Permanecia também envolvido no atendimento de vítimas de desastres naturais. 
O Movimento atraiu atenção mundial. 

Na análise do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Movimento Chipko “está produzindo uma revolução socioeconômica ao ganhar controle sobre seus recursos florestais, retirando-o das mãos de uma burocracia distante que está preocupada em vender as florestas para produzir bens de consumo voltados às cidades”. Segundo a professora universitária Shobita Jain, “as mulheres que participavam do Movimento Chipko se tornaram mais conscientes de suas potencialidades e passaram a exigir participação nas decisões de suas comunidades”.

Vandana Shiva acordou para o ativismo ecologista com o movimento Chipko, no início dos anos 70, quando tinha pouco mais de vinte anos, na sua província natal de Uttarakhand, no norte da Índia, à sombra dos Himalaias.

Nos anos 70 e 80, Vandana Shiva fez parte do movimento Chipko, no qual mulheres indianas protestaram contra exploração florestal industrial ao abraçar as árvores que lhes serviam de fonte de sustento frente às máquinas do projeto industrial, dando origem à expressão “treehugger” (abraçador de árvores) utilizada para designar ambientalistas. 

Desde então, a ativista formada em Física e Filosofia, criou “o movimento centrado nas mulheres de proteção de diversidade biológica e cultural” Navdanya, publicou dezenas de artigos e livros e ganhou o Right Livelihood Award (conhecido como o premio Nobel alternativo), em 1993, por “colocar as mulheres e a ecologia no centro do discurso sobre o desenvolvimento moderno”, entre muitos outros reconhecimentos. 



No seu livro "Staying Alive" , Vandana Shiva escreve que foi com o movimento Chipko que descobriu que havia "dois paradigmas de florestação: um que preserva e promove a vida, outro que destrói a vida". Haveria de descobrir a mesma coisa para a agricultura em geral. E foi aí, também, neste movimento predominantemente feminino, que acordou para o feminismo.

Hoje, um quarto de século mais tarde, Vandana Shiva continua o seu trabalho contra a pobreza e destruição ambiental promovendo a biodiversidade, os direitos dos pequenos agricultores e, principalmente, agricultoras.

Vandana Shiva, formou-se em física nuclear (o exemplo de Einstein foi marcante) e doutorou-se em física quântica no Canadá, na Universidade de Western Ontario, depois de ter decidido que não queria ter nada a ver com o lado negro da física: a energia nuclear. Ela também participou do filme THRIVE, entre outros documentários, palestras e conferências.

Mas, a dada altura, quando se preparava para entrar definitivamente na carreira acadêmica, começou a ter dúvidas sobre o verdadeiro papel que a ciência representava e devia representar na sociedade e no progresso humano. "A Índia tinha a terceira maior comunidade científica do mundo, mas éramos um dos países mais pobres do planeta", escreveu. "Ora a ciência e a tecnologia, em princípio, deviam criar riqueza, reduzir a pobreza. O que é que não estava a funcionar?"


Vandana Shiva é uma mulher multifacetada: física, filósofa, pacifista, ecofeminista e ativista ambiental da Índia. É uma das pioneiras do movimento Ecofeminista e diretora da Research Foundation for Science, Technology, and Ecology (Fundação para a Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ecologia) em Nova Déli; segundo ela “um nome muito longo para um objetivo muito humilde, que é o de colocar a pesquisa efetivamente a serviço dos movimentos populares e rurais, e não apenas fazer de conta que estamos ajudando-os”. Como Ativista Ambiental é uma das vozes mais críticas contra a globalização e os alimentos manipulados geneticamente.




Ela é autora de inúmeros livros, entre os quais: The Violence of the Green Revolution (A Violência da Revolução Verde - 1992), Stolen Harvest: The Hijacking of the Global Food Supply (Colheita Roubada: O Sequestro do Fornecimento Global de Alimentos, 2000), Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento (Vozes, 2001), Protect or Plunder? Understanding Intellectual Property Rights (Proteção ou Pilhagem? Compreendendo os Direitos de Propriedade Intelectual, 2002), Monoculturas da mente (Global, 2004), Guerras por água (Radical Livros, 2006).

Vandana Shiva é figura de destaque no movimento anti-globalização e consultora para questões ambientais da Third World Network. Entre suas atividades mais recentes, incluem-se iniciativas de ampla divulgação para a preservação das florestas da Índia, luta em favor das Sementes como patrimônio da humanidade e programas sobre biodiversidade dirigidos a diferentes coletividades, além de pesquisas para o desenvolvimento de uma nova estrutura legal para os direitos de propriedade coletivos, como alternativa para os sistemas de direitos de propriedade intelectual, atualmente em vigor.



O Ecofeminismo de Vandana Shiva




Eco é uma reflexão de som que chega ao ouvinte pouco tempo depois do som direto. É uma “reverberação” de ondas sonoras refletidas por um corpo, neste caso uma pessoa, que através de um “chamado”, vem obtendo o acolhimento de outras pessoas a uma reflexão importantíssima no atual momento, neste mundo. É neste contexto que Vandana Shiva representa o Eco Feminino. 


Outra bandeira levantada por Vandana Shiva é a do ecofeminismo, corrente política sincrética que busca o fim de todas as formas de opressão, através do convívio sem dominante e dominado, onde há complementação e nunca exploração. A ideia do ecofeminismo surge a partir da identificação de mulheres e da natureza como sendo ambos objetos de exploração durante a história. Em seu livro “Staying Alive” (Permanecendo Vivo), Shiva defende que a agricultura feita por mulheres ajudaria a equilibrar a lógica exploratória na agricultura indiana.

Vandana Shiva foi pioneira na luta por um modelo de desenvolvimento ecológico e centrado no papel das mulheres. Hoje a ativista indiana continua a advogar os direitos dos pequenos agricultores e a sua soberania sobre Sementes agrícolas, um tema que ganhou proporções midiáticas, recentemente, com o caso Bowman vs. Monsanto nos EUA.

No Dia Internacional da Mulher, em 2013, Vandana Shiva esteve em Los Angeles numa conferência para falar a respeito de como a globalização, “moldada por uma mentalidade muito patriarcal, na verdade agravou a violência contra as mulheres, que vivem numa ordem econômica muito violenta na qual a guerra se tornou essencial, a guerra contra a Terra, a guerra contra os corpos das mulheres, a guerra contra economias locais e da guerra contra a democracia”, explica em entrevista ao programa de notícias Democracy Now (DN).

Nos Estados Unidos, o tema da soberania sobre as sementes tem colhido algum efeito midiático devido a um processo judicial que envolve a maior empresa mundial de sementes, a Monsanto, que tem colhido fortes críticas de Vandana Shiva pela sua atuação na Índia. Vernon Bowman, um agricultor de 75 anos do Indiana, foi processado pela empresa que o acusa de violar as suas patentes sobre sementes de soja resistentes a herbicidas. (O caso Bowman X Monsanto).



Para Vandana Shiva, esta não é uma questão de um agricultor e uma empresa, mas algo que afeta toda a população mundial: “Temos de dizer à Monsanto e aos governos e mandatários do mundo, que eles receberam as Sementes da Natureza, dos nossos antepassados, de comunidades em todo o mundo. Nós temos o dever de protegê-las. Uma lei que diz que guardar sementes, produzir sementes e que a nossa liberdade sobre as sementes é um crime é uma lei que deve ser considerada ilegal. Temos que agir com base numa lei maior, a lei da Terra, a lei de justiça social e, mais importante, a lei do conhecimento das mulheres e das habilidades das mulheres em guardar sementes”, explicou à DN.

Uma das pioneiras na luta contra a fome sob uma perspectiva centrada nas mulheres como as principais vítimas de um modelo que falhou em assegurar alimentação adequada para uma parte significativa da população mundial - a mensagem de Vandana Shiva tem repercutido mundo afora e é cada vez mais aceita pelos defensores da alimentação como Direito Humano.


 Navdanya “Nove Culturas” – Sementes para Semear.


Navdanya começou como um programa da Fundação de Pesquisa de Ciência, Tecnologia e Ecologia (RFSTE), uma iniciativa de pesquisa participativa fundada pela cientista de renome mundial e ambientalista Dra. Vandana Shiva, para fornecer orientação e apoio ao ativismo ambiental.

1984 foi o ano da violenta tragédia de Bhopal. Esta violência exigiu uma mudança de paradigma na prática da agricultura. Navdanya nasceu desta pesquisa para a agricultura não-violenta, que protege a biodiversidade, a Terra e os nossos pequenos agricultores.

Navdanya significa “nove culturas” ou “nove sementes” que representam a fonte de segurança alimentar coletiva da Índia. O principal objetivo do programa de conservação da biodiversidade Navdanya é apoiar os agricultores locais, salvar e conservar culturas e plantas que estão sendo empurradas para extinção e disponibilizá-los através de marketing direto.

Navdanya está ativamente envolvido no rejuvenescimento do conhecimento e da cultura indiana. O projeto criou a consciência sobre os perigos da engenharia genética, defendeu o conhecimento das pessoas sobre a biopirataria e direitos aos alimentos em face da globalização.

Bija Vidyapeeth Campus tem o seu próprio banco de sementes e uma fazenda orgânica de 45 hectares em Uttarakhandi, norte da Índia.


Navdanya, até agora,  tem conservado com sucesso mais de 5.000 variedades de culturas, incluindo 3.000 de arroz, 150 de trigo, 150 de feijão (rajma), 15 de milheto, além de diversas variedades de leguminosas, vegetais, plantas medicinais, entre outros.


Navdanya cujo significado é “nove sementes” ou “nove culturas” - simboliza a proteção da diversidade biológica e cultural e, também, o “novo presente” tanto para sementes como para bens comuns. Este dom ou “dana” de Navadhanyas (nove sementes) é o dom supremo - é um dom da vida, do patrimônio e da continuidade da preservação e conservação de sementes. Conservação que é a conservação da biodiversidade, a conservação do conhecimento da semente e sua utilização, a conservação da cultura e da sustentabilidade da cultura em um contexto mais amplo – tanto a cultura de sementes, como a cultura de um povo. 

Navdanya é uma rede de guardiões de sementes e produtores orgânicos espalhados por 17 estados da Índia.



Navdanya ajudou a criar 111 bancos comunitários de sementes em todo o país, formados por 5.000.000 (Cinco milhões) de agricultores da soberania das sementes, da soberania alimentar e da agricultura sustentável ao longo das últimas duas décadas, e ajudou a configurar o maior marketing direto através de uma rede orgânica de comércio justo no país.

Navdanya também criou um centro de aprendizagem, Bija Vidyapeeth (Escola da Semente / Universidade da Terra) em sua conservação da biodiversidade e agricultura biológica em Doon Valley, Uttarakhandi, norte da Índia.



O Príncipe Charles, Príncipe de Gales, visitou a Universidade da Terra Navdanya (Bija Vidyapeeth), a fazenda de Conservação da Biodiversidade e o Centro de Aprendizagem fora da Dehradun em Ramgarh, Uttaranchal, em 7 de novembro de 2013. Ele deu um passeio pela fazenda, visitou o Banco de Sementes e observou, em primeira mão, a biodiversidade dos quarenta e cinco hectares de fazenda. Durante este tempo ele interagiu com toda a equipe e cerca de 50 alunos e estagiários da Universidade da Terra. 


Ele também plantou uma árvore Rudraksh, cujas sementes são tradicionalmente utilizadas como contas de oração no hinduísmo. Dra. Vandana Shiva tem estado associada com o príncipe Charles, desde o ano de 2000, onde ambos participaram da Palestra BBC Reith 2000, tanto o príncipe Charles com a Dra. Vandana Shiva trabalham para promover a agricultura biológica em todo o mundo.



O III Encontro Internacional de Agroecologia (EIA)

No período de 31 de Julho a 03 de Agosto de 2013, ocorreu o III Encontro Internacional de Agroecologia (EIA), em Botucatu, São Paulo e contou com a presença de vários palestrantes, entre eles, a Dra. Vandana Shiva que palestrou sobre o agronegócio e a biopirataria.

A ativista indiana Vandana Shiva comentou sobre como deixou de lado sua formação como Física e começou a atuar como ativista ambiental. “Houve uma grande tragédia na Índia, em 1984, mas o mundo pouco falou sobre isso”. Ela citava a tragédia de Bhopal, um desastre industrial que ocorreu em 3 de dezembro de 1983, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É considerado o pior desastre industrial ocorrido até hoje, quando mais de 500 mil pessoas, a maioria de trabalhadores, foram expostas aos gases. Houve, num primeiro momento, cerca de 3 mil mortes diretas, mas estima-se que outras 10 mil ocorreram devido a doenças relacionadas à inalação do gás.


Desde 1983, Vandana dedica-se às causas ecológicas e agroecológicas, bem como à agricultura familiar e posiciona-se contra o uso de sementes transgênicas. “De acordo com a ONU, 70% dos alimentos são produzidos pela agricultura familiar, é uma burrice expulsar as pessoas do campo para produção de combustíveis, e mercadorias agrícolas que não servem para alimentar a população. Querer transformar sementes em produtos, quando tudo isso já existia, isso é biopirataria”, explica.

“Penso que a ação e a reflexão devem caminhar juntas. Não existe uma ideologia perfeita, é simplesmente uma política de responsabilidade. A diversidade não é o problema, é a solução para as crises políticas da intolerância, as crises ecológicas da não sustentabilidade e as crises econômicas da exclusão e da injustiça”, segue afirmando com uma grande convicção.


Detentora de uma grande força vital e intelectual, Vandana explica a importância da ecologia e do feminismo para garantir a sobrevivência e a igualdade entre homens e mulheres que formam parte da mesma espécie. Essa mulher otimista foi capaz de mobilizar cinco milhões de camponeses da Índia contra a União Geral de Tarifas do Comércio e de colocar-se na liderança da grande mobilização contra a globalização na cúpula realizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em Seattle, no final de 1999.


Grande comunicadora, sempre sorridente, ela afirma que vem de uma região do norte da Índia, aos pés do Himalaia, local em que há muitas coisas para os que não necessitam de dinheiro, só de amor mútuo. “Portanto, as relações são a alternativa ao capital. Criar relações é a alternativa para a pobreza que causa o capital”, conclui.


Por trás de um colorido sári, que diz não pensar em renunciar nunca, já que para ela é um sinal de identidade, e “muito mais propício que um jeans”, Vandana Shiva é um furacão que sacode as consciências por onde passa. É capaz de enfrentar as grandes corporações internacionais, que ela acusa por criminalizar a agricultura, apropriar-se dos recursos básicos e espoliar a terra.

Esta filosofa, reconhecida mundialmente, considera que “a igualdade pode significar dois tipos de coisas, por um lado o parecer-se, ser similar, ou pode significar diversidade sem discriminação. Eu acredito nesta última definição. Quero ter a possibilidade de ser hindu, não quero converter-me numa europeia. Eu quero ser e quero espaço para ser hindu. Eu quero ser mulher, não quero tornar-me um homem, não quero poder ser violenta, como minha segunda natureza, não quero ser irresponsável, não quero assumir que outra pessoa tenha que arrumar a desordem que deixo, eu tenho que arrumar a desordem que crio”. Portanto, resume com firmeza, “eu quero a liberdade para ser diferente, mas não quero ser castigada por isso. Para mim isso é a igualdade”.


Mulher vital, valente, incansável em suas denúncias, é uma firme defensora da agricultura orgânica como a verdadeira solução para a mudança climática e acredita na necessidade urgente de se reflorestar o planeta.

Lúcida, revolucionária, enérgica e carismática, é consciente das críticas e rejeição que suas opiniões despertam. Afirma que “o patriarcado capitalista dominante é uma ideologia baseada no medo e na insegurança. Medo de tudo o que está vivo, já que qualquer liberdade e autonomia são ameaçadoras para eles”. Por isso, defende com unhas e dentes seu Ecofeminismo, “que é a filosofia da segurança, da paz, da confiança”.




Vídeo: Vandana Shiva - As mulheres e a construção do novo mundo 

Vandana Shiva, explica a diferença entre o poder masculino e o feminino. De acordo com Vandana, "no que se refere à vida, as mulheres são experts" e isso se dá porque as mulheres, ao longo da história, foram encarregadas das tarefas que a sustentam. Assim, as mulheres são a ponte para um futuro que precisa aprender a se reconectar com a vida."


Vídeo: A única solução é o regresso á terra (Vandana Shiva)

"As áreas rurais são onde devemos criar as almofadas para lidar com as novas crises que a humanidade enfrenta, devemos colocar as pessoas de volta à terra e defender aqueles que estão na terra. São os dois projetos mais importantes para o nosso tempo." - VANDANA SHIVA



Vídeo: Vandana Shiva - Entrevista Exclusiva


Vandana Shiva, Ph.D. em filosofia e ativista pelo meio ambiente indiana, fala sobre sustentabilidade e reflete sobre as razões que a levaram a trabalhar com a preservação da biodiversidade e o movimento de preservação de sementes. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2012.



Vídeo: Depoimento de Vandana Shiva O tempo e o modo - [RTP 2012]


"Vandana Shiva alia a física quântica ao ativismo social para resistir pacificamente a um sistema que considera ter colonizado a terra, a vida e o espírito. Conta-nos como começou a defender a floresta, as sementes e os modos de vida e produção locais contra o controlo e o registo de patentes feitos pelas multinacionais.


A análise de Shiva vai mais além: remete-nos para as profundas implicações que o sistema capitalista patriarcal tem na construção de um mundo desigual, com consequências dramáticas, como a fome ou as alterações climáticas, que, para Shiva, são sintomas de implosão de uma civilização que falha material e espiritualmente. A nossa civilização, para sobreviver, terá de rever o seu modelo de compreensão e de interação com o mundo, tendo como exemplo o conhecimento holístico das civilizações chinesa e indiana, que, para Shiva, sobreviveram à História essencialmente porque diferem do Ocidente na relação que estabeleceram com a natureza." - Descrição por Victor Mendes


*Essa postagem foi idealizada, pesquisada e produzida  por  Lazully Blue - Cecy
em parceria com  Muito Além - Corações em unidade 



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