CONFIRA A LISTA DE 43 MARCAS DE AZEITE REPROVADAS PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Confira a lista de 43 marcas de azeite reprovadas pelo Ministério da Agricultura

O principal problema apresentado é a presença de azeite não refinado e misturado com óleo de soja
Após análises realizadas no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), no Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) decidiu retirar do mercado 43 marcas de azeites de oliva consideradas impróprias para o consumo, com indícios de fraude. Foram avaliados 76 produtos de empresas brasileiras. Segundo o Mapa, entre os problemas encontrados, o principal foi a presença de azeite "lampante" (não refinado) e outros óleos, como o de  soja, que não são permitidos pela legislação. Em 311 amostras coletadas em todo o país também havia erros de informação nos rótulos.

De acordo com a auditora fiscal federal agropecuária Fátima Parizzi, coordenadora geral de Qualidade Vegetal do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, no período de abril a novembro de 2017 foram fiscalizadas 76 marcas e realizadas 240 ações fiscais em todo o Brasil.

Das amostras encaminhadas ao Lanagro, laboratório oficial do Mapa, 33 apresentaram resultados dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pelo ministério. Para o azeite de oliva, em 43 amostras, os exames laboratoriais resultaram em problemas, por se enquadrarem como "fora do tipo" ou "desclassificado". O Mapa já proibiu a comercialização e os produtos estão sendo retirados do mercado.

Conforme a auditora fiscal, de outubro de 2016 a fevereiro de 2017, o Brasil importou 650 mil l de "azeite lampante". A partir de março de 2017, quando se intensificaram as ações de fiscalização e o acompanhamento técnico dos lotes, desde a origem até o processamento, a importação passou para "apenas" 84 mil l.

"Além das medidas punitivas aplicadas pelo Mapa, as informações sobre as empresas fraudadoras foram repassadas aos Ministérios Públicos Estaduais e também ao Federal. Até o momento, foram assinados quatro Termos de Ajustamento de Conduta no Paraná. Processos de investigação estão em andamento em outros estados que, com certeza, demandarão novas ações corretivas e consequentes punições", esclarece Fátima Parizzi.

Alerta para os consumidores

"Praticamente 100% das marcas envasilhadas no Brasil apresentaram problemas, enquanto que nas marcas envasilhadas no país de origem são mínimos os índices de não conformidade", comenta a auditora.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento orienta os consumidores a ficarem atentos à denominação de venda do produto descrito no rótulo. O termo "azeite de oliva" pode aparecer em destaque, mas, nas letras miúdas podem constam as expressões "óleo misto ou composto, temperos e molhos". É preciso atentar para as promoções, pois, um frasco de azeite de oliva contendo 500 ml, raramente, será comercializado com preços inferiores a R$ 10.

As informações relativas à qualidade do azeite de oliva virgem devem constar em área importante do rótulo – pode ser usada a expressão "extra virgem". Para o azeite descrito como composto, devido à mistura de azeite de oliva virgem com o refinado, é preciso constar a informação "tipo único".

Aqui estão os azeites reprovados nos testes do Mapa:
  1. Aldeia da Serra
  2. Andaluzia
  3. Anna
  4. Barcelona
  5. Casablanca
  6. Castelo Real
  7. Chef Ávilo Clássico
  8. Conde de Torres
  9. Do Chefe
  10. Dom Gameiro
  11. Donana Premium
  12. Don Léon
  13. Faisão Real
  14. Faisão Real Gourmet
  15. Figueira da Foz
  16. Imperatore
  17. La Española (lote 20616)
  18. Lisboa
  19. Lisboa Premium
  20. Malaguenza
  21. Marisa
  22. O Vira
  23. Olivenza
  24. Paschoeto
  25. Pazze
  26. Porto Valência
  27. Pramesa
  28. Quinta D'Aldeia
  29. Quinta da Boa Vista
  30. Quinta do Cais
  31. Quinta do Fijô
  32. Restelo
  33. Rioliva
  34. San Domingos
  35. Santa Isabel
  36. Serra de Montejunto
  37. Temperatta
  38. Tordesilhas
  39. Torezani Premium
  40. Torres de Mondego
  41. Tradição
  42. Vale Fértil
  43. Vila Verona

Abaixo, a lista das marcas aprovadas nos testes do Mapa:
  1. Andorinha
  2. Báltico
  3. Beirão
  4. Belo Porto
  5. Bom Dia
  6. Borges
  7. Borges Clássico
  8. Carbonell
  9. Castelo
  10. Coccinero
  11. D'Aguirre
  12. De Cecco
  13. Dia %
  14. EA
  15. Felippo Berio
  16. Gallo
  17. Great Value
  18. Herdade do Esporão
  19. La Española
  20. La Violeteira
  21. Maria
  22. Monde
  23. Monini
  24. Nova Oliva
  25. Olitalia
  26. O-Live
  27. Oliveira da Serra Clássico
  28. Serrata
  29. TAEQ
  30. Terrano
  31. Verde Louro – Arbosana
  32. Verdemar
  33. Y Barra

(com portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento)
Fonte:https://www.revistaencontro.com.br/canal/gastro/2017/11/confira-a-lista-de-43-marcas-de-azeite-reprovadas-pelo-ministerio-da-a.html

Ministério da Agricultura reprova 45 marcas de azeite de oliva em teste
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal
Carlos Silva/Mapa

Ministério da Agricultura reprova 45 marcas de azeite de oliva

Cerca de 140 marcas foram coletadas para a inspeção. As amostras são de 12 estados e do Distrito Federal
Uma operação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades em 45 marcas de azeite comercializados no País. Para a inspeção, foram coletados produtos de 140 marcas nos últimos dois anos.
As amostras foram colhidas em 12 estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas).
A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214 lotes. Do total, 38,7% dos produtos tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas à baixa qualidade.
A fraude mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à alimentação.
No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante. As fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil por irregularidade encontrada, e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a abertura de inquérito policial.
Marcas 
Entre as marcas que apresentaram irregularidades estão a Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras. E entre as marcas que passaram nos testes, encontram-se Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e outras.
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra virgem (acidez menor que 0,8%), virgem (acidez entre 0,8% e 2%) e lampante (acidez maior que 2%).
Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A análise é complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As análises também apontaram azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de tipo (não tem boa qualidade).
Estados
Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram maiores irregularidades.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, os resultados obtidos com a fiscalização do azeite de oliva demonstram a eficiência das ações de fiscalização, evitando que esses produtos cheguem à mesa do consumidor. As análises são realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGRO) do Rio Grande do Sul e de Goiás.
Dicas
Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar atenção é o preço: desconfie se estiver muito abaixo do padrão. Verificar no rótulo o local em que foi envazado, se no país de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas.
Além disso, é importante ficar atento às especificações como o termo tempero em letras miúdas e, em destaque, azeite de oliva. Não se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva. 
Qualquer adição ou mistura com outros óleos vegetais requer que o produto seja rotulado como “Óleo misto ou composto”, devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os percentuais que compõem a mistura. Também é importante estar atento à data de validade e aos ingredientes contidos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Mapa

Comentários