O PODER DOS PROBIÓTICOS PARA SUA PELE,SAÚDE E ANTI-ENVELHECIMENTO

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O poder dos probióticos para sua pele e saúde

Dos problemas intestinais à acne, eis os motivos pelos quais os probióticos poderão ajudar a colocar sua saúde no eixo


A esse altura do campeonato, vamos chutar que você já pelo menos ouviu falar dos alimentos probióticos, isso se nunca provou um. Se não tiver experimentado, quem sabe você não muda de ideia até o fim desta matéria? Os probióticos, conforme explica a nutricionista Cátia Ruthner, do W Spa, são micro-organismos como lactobacilos ou bifidobactérias que estimulam os sistemas imunológico, digestivo e urinário, além de ter impactos reais na pele.
Os benefícios dos probióticos
Adicionados em alimentos, os probióticos trazem diversos ganhos para o corpo. Segundo a dermatologista Karla Assed, as mudanças se tornam perceptíveis após quatro meses, e a revolução é geral: “Essas bactérias ‘do bem’ -  que melhoram a saúde do intestino, facilitando a digestão e a absorção de nutrientes -, também apresentam bons resultados para tratar acne e as temidas ruguinhas. Os probióticos são aliados da beleza por terem propriedades naturais anti-inflamatórias, que ajudam a eliminar as bactérias que podem causar espinhasrosácea, dermatites e psoríase.”
Na pele, os probióticos interagem com os “receptores celulares da pele para modular a resposta imune, ajudando a diminuir a inflamação da pele. Eles reforçam a barreira protetora natural do tecido cutâneo”, explica Assed e, por isso, ajudam recuperar peles sensíveis, amenizam os efeitos da poluição e do excesso de sol e produtos, e ainda deixam a pele mais macia e luminosa.
Quando ingeridos, os probióticos vão para o intestino e ali se integram à flora já existente. “Não sei fixam ali, mas auxiliam no trabalho de absorção de nutrientes, tais como cálcio, ferro, vitaminas do complexo B, além de facilitarem a digestão da lactose”, explica a dermatologista. No sistema imunológico, os probióticos também atuam como fortalecedores, ajudando a prevenir doenças.
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Kefir é exemplo de probiótico (Foto: Getty)

Agora que você já está convencida de que incluir alimentos probióticos na sua dieta só tratá efeitos positivos, a nutricionista Cátia Ruthner lista o que consumir: iogurtes naturais, kefir, kombucha, chucrute, picles e demais bebidas fermentadas.

Probióticos: os amigos do intestino


As bactérias do bem, mais conhecidas como probióticos, contribuem para a saúde do intestino, evitando o desenvolvimento de doenças


Quando o assunto são bactérias, logo vem à cabeça algo bem negativo, ligado, principalmente, a problemas de saúde. Porém, nem todos esses micróbios estão no 'lado negro da força', como é o caso dos probióticos. Mas afinal, o que quer dizer esta palavra com a qual nem todo mundo está  familiarizado?


“Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades apropriadas, melhoram o equilíbrio da flora intestinal, produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo”, explica Ana Carolina Almada Colucci Paternez, professora de nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Os principais micro-organismos bacterianos considerados como probióticos são aqueles dos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium. Ao longo de seu trabalho, esses micróbios evitam que as bactérias do mal (que causam doenças infecciosas) colonizem as paredes do intestino.
Estes micro-organismos também estimulam o sistema imunológico, o que aumenta os níveis de anticorpos e ativa os macrófagos, células consideradas de limpeza do corpo. Essas bactérias do bem tratam doenças como :
  • constipação;
  • colite ulcerativa,
  • cistite e outras infecções urinárias;
  • inflamação intestinal; 
  • síndrome do intestino curto; 
  • enterocolite;
  • síndrome do intestino irritável,;
  • síndrome ou doença de Crohn
  • hemorroida; 
  • diarreia;
  • candidíase e retrocolite.
"Os probióticos também ajudam a recuperar a flora intestinal em casos de radioterapia, uso de antibióticos e quimioterapia”, afirma Fiama Borges, nutricionista da Clínica Natuvitta Nutrição e Estética

Mais saúde para o corpo todo


Então, os probióticos têm o poder de colaborar para que o intestino absorva somente as substâncias necessárias e elimine o excesso de glicose e colesterol, o que favorece a diminuição deste último e dos triglicérides no sangue. Além disso, eles também atuam trazendo outros benefícios para o organismo. Larissa Moretti, nutricionista no Hospital Previna, faz a lista:
  • Estimulam o trânsito intestinal, tornando mais fluido o processo de digestão.
  • Fortalecem o sistema imunológico através da produção de células protetoras que ajudam a reduzir o risco de câncer e doenças infecciosas de repetição.
  • Auxiliam o aumento de vitaminas do complexo B e aminoácidos, o que ajuda o organismo a absorver melhor os nutrientes dos alimentos ingeridos.
  • Contribuem para a perda de peso, pois melhoram o equilíbrio energético do corpo, e ao mesmo tempo, a capacidade do corpo de usar o açúcar como fonte energética.
  • Auxiliam na produção da enzima responsável pela digestão do leite.
  • Aumentam a absorção de ferro, cálcio e outros minerais.

A falta de probióticos


E, se por algum motivo, a flora intestinal estiver desequilibrada, ou seja, com predomínio de bactérias nocivas sobre os probióticos, o organismo fica propício ao crescimento de fungos e bactérias. Este desequilíbrio produz toxinas que são absorvidas pela corrente sanguínea, levando a processos inflamatórios. 
“Alguns dos sintomas destas inflamações são: constipação intestinal ou diarreia, enjoos, excesso de gases, desconforto abdominal, queda de cabelo, unhas enfraquecidas, fraqueza, irritabilidade e dores de cabeça”, alerta Larissa. 
flora gastrointestinal de um adulto consiste em mais de 1.000 espécies de micro-organismos. “Isso quer dizer que a pessoa possui um trilhão de bactérias no intestino, ou seja, 10 a 100 vezes mais micróbios do que suas próprias células humanas”, aponta Ana Carolina.

Alimentação e suplementos


Para contribuir no aumento de probióticos no intestino, é preciso ficar de olho no cardápio e investir na ingestão de determinados alimentos, como kefir, iogurtes, leites fermentados, queijos, coalhadas, chocolates escuros (70% a 80% cacau), missô (sopa japonesa a base de soja fermentada), chucrute e pepinos em conserva.  
“Mas, o uso de suplementos em cápsula ou em pó tem a concentração elevada a 100 ou 1000 vezes, comparado a esses alimentos. Portanto, é mais vantajoso o uso da suplementação e, junto com ela, enriquecer a alimentação com itens ricos em fibras (vegetais, frutas, grãos integrais)”, ensina Fiama.
Os suplementos devem ser utilizados principalmente por pessoas que fazem dieta para perda de peso ou hipertrofia, pacientes com problemas respiratórias, doenças inflamatórias no estômago ou no intestino e deficiência no sistema imunológico. 
“Também são indicados para mulheres que tenham candidíase e infecção urinária. Mas é bom lembrar sempre que, antes de tomar os probióticos, é preciso consultar um nutricionista ou médico”, finaliza Larissa

Os Probióticos


Ter um corpo sadio não significa, necessariamente, ter aquele corpão “sarado”. Às pessoas que cuidam de sua saúde sabem muito bem disto. O “sarado” nada mais é do que uma condição estética, pura e simplesmente. Aqui, em “Cuidados com o Corpo” estamos falando do corpo sadio, com saúde, com energia.
E além da alimentação, exercícios físicos, etc., que trataremos em outro momento, há um outro ingrediente que colabora e muito para que o seu corpo fique tranquilo, fique de bem com a vida: os Probióticos.
Os probióticos são uma bactéria muito benéfica que age diretamente em nossa flora intestinal, melhorando significativamente a saúde intestinal e a digestão, além de colaborar para a correta absorção de nutrientes pelo organismo.
Pensou que era só um leitinho meio doce e meio azedo de cor levemente alaranjada? Nada disso, e os probióticos são encontrados em diversos locais e formatos: líquido, cápsulas e até em pó.
O consumo regular de probióticos melhora o funcionamento do intestino e mantém o nosso sistema de imunidade alto, auxiliando, com isto, na prevenção de inúmeras doenças como resfriados, gripes, etc.

Quais as Principais Vantagens da Ingestão Regular de Probióticos?


São inúmeras as vantagens que se resumem em um correto funcionamento intestinal, aumento do sistema imunológico, pele mais bonita, mais disposição, entre tantas outras vantagens. Confira:
• Doenças intestinais como a síndrome do intestino irritável, doença de Chron, colite e algumas inflamações intestinais.
• Hemorroidas, infecções urinárias, candidíase, etc.
• Evita azia e má digestão.
• Vitamina B e a metionina são melhor absorvidas pelo organismo, etc.

Onde Encontro os Probióticos?


Em geral, para o consumo diário, recomenda-se a ingestão das cápsulas de probióticos pois são mais facilmente administradas. Mas são encontrados em outros tantos formatos como os conhecidíssimos Yakult, Activia, Kefir.
No entanto, os níveis de probióticos contidos nestes alimentos são menores que os das cápsulas e agem de forma mais lenta. Vale consultar seu nutricionista para saber quais níveis e quantidades de probióticos são mais recomendados para o seu caso.
Existem ainda outros locais e formatos, como alguns alimentos naturais, os chamados “alimentos orientais” feitos à base de legumes, verduras ou soja, que são o Miso, Natto, Kimchi, entre outros.

Quando o Consumo Regular de Probióticos é Indicado?


Antes de mais nada, repetindo, é aconselhável consultar seu nutricionista antes de começar a administrar doses de probióticos em sua dieta diária. No entanto, comprovadamente, quem consome probióticos de forma regular consegue ter melhoras significativas de todo o trânsito intestinal.
Os probióticos são recomendados, por exemplo, em casos de diarreia originadas pela ingestão de antibióticos, pessoas que sofram de prisão de ventre, dificuldade para defecar, entre outros males.
A sugestão é consumir iogurtes que contenham os probióticos pelo menos uma vez ao dia. Em alguns dias, a melhora é sempre observada. Lembrando mais uma vez, o acompanhamento do médico e nutricionista se faz necessário, principalmente em pessoas que precisem desse tipo de alimento em uma maior intensidade.


Bactérias do bem: saiba tudo sobre
os probióticos e suas funções vitais

Micro-organismos ajudam no equilíbrio da flora intestinal, sistema imunológico e combatem alergias alimentares. Kefir, tipo deles, inibe efeito de bactérias maléficas

Nós possuímos mais bactérias em nosso corpo do que células próprias. Essa afirmação pode gerar uma enorme preocupação se pensarmos nas bactérias como sinônimo de doença. Mas, felizmente, os avanços da ciência mostram exatamente o contrário: há uma íntima relação positiva das bactérias que habitam nosso corpo com a saúde do nosso organismo. A microbiota intestinal, ou flora intestinal, é a maior comunidade de bactérias que habitam nosso organismo e tem o poder de influenciar a nossa saúde, o nosso peso, o nosso humor ou até a nossa resposta imune. Iorgurtes (se os micro-organismos forem adicionados ao alimento no processo de fabricação), kefir, coalhada, leite fermentado, chucrute (conserva de repolho fermentado), missô, pepino, alguns queijos e molho de soja são alguns alimentos que contêm probióticos, muitas vezes consumidos via suplementação.

Arte ilustra ação probiótica no organismo (Foto: iStock Photo)
Arte ilustra ação probiótica no organismo (Foto: iStock Photo)

Com essa explosão de interesse no assunto “microbiota intestinal“, podemos encontrar nas prateleiras de supermercados e nas farmácias uma enorme variedade de produtos probióticos (produtos que contêm bactérias e leveduras vivas) que afirmam ser capazes de influenciar nosso microbioma intestinal para melhor. Mas será que isso é realmente possível?

QUAL A ORIGEM DOS PROBIÓTICOS?
Os produtos lácteos fermentados têm sido associados há muito tempo com a capacidade de conferir benefícios à saúde naqueles que os consomem regularmente, foi Ellie Metchnikoff que em 1908 fez a primeira teorização do impacto desses alimentos sobre a microbiota bacteriana do intestino.

 Os probióticos podem ser consumidos em alimentos que contêm estes micro-organismos em grandes quantidades ou serem feitos na forma de suplementos
Guilherme Renke

De fato, muitos dos alimentos que contêm probióticos aparecem na forma de produtos lácteos fermentados, como os iogurtes e o kefir. Os probióticos são micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício para a saúde ao hospedeiro conforme mostram vários estudos. Os probióticos podem ser consumidos em alimentos que contêm estes micro-organismos em grandes quantidades ou serem feitos na forma de suplementos que são constituídos por esses organismos vivos. 

Alimentos ricos em probióticos (Foto: iStock Photo)
Alimentos ricos em probióticos (Foto: iStock Photo)

COMO OS PROBIÓTICOS AGEM EM NOSSO ORGANISMO?

Uma das principais formas pelas quais probióticos podem exercer efeitos benéficos está em alterar a microbiota intestinal. Isto pode ser feito através da introdução de novas espécies no trato gastrointestinal ou promovendo o crescimento de bactérias benéficas já existentes.
Alguns estudos mostram que o consumo dos probióticos está associado um aumento de cepas bacterianas consideradas benéficas, como os Lactobacillus e o Bifidobacterium, enquanto que simultaneamente diminui espécies prejudiciais como o  Clostridium perfringens.
consumo dos probióticos também foi capaz de reduzir a gravidade da infecção por Giardia intestinalis através da modulação do sistema imunológico. Além disso, demonstrou-se que os probióticos inibem a aderência de bactérias prejudiciais como a Salmonella typhimurium e a Escherichia coli. Em geral, os estudos utilizando probióticos descobriram que há uma mudança de uma resposta imune inata para uma resposta imune adaptativa, bem como aumentos nos níveis de Imunoglobilinas A (IgA) que se relacionam com uma melhor tolerância imunológica.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DOS PROBIÓTICOS PARA DOENÇAS ALÉRGICAS E AUTOIMUNES?

As doenças alérgicas vêm crescendo nos países desenvolvidos há décadas, levando a uma maior incidência de doenças como asma e alergias alimentares. Muitas alergias, especialmente as relacionadas com alimentos, são desenvolvidas precocemente, com a maioria das alergias alimentares se desenvolvendo nos primeiros 2 anos de vida.

Embora a maioria das alergias alimentares desenvolvidas precocemente na vida não persistam, algumas podem tornar-se condições permanentes. Trabalhos recentes demonstraram que um fator cada vez mais importante para determinar se uma criança irá desenvolver uma doença alérgica, seja alergia alimentar ou asma, é o nível de complexidade e os organismos específicos presentes na microbiota intestinal.
Níveis mais elevados de lactobacillus (L. acidophilus, L. delbrueckii e L. helveticus) no intestino dos lactentes têm sido associados a uma menor incidência de doença alérgica na vida adulta.
A suplementação com Bifidobacterium, por sua vez, demonstrou influenciar a microbiota intestinal de recém-nascidos em desmame, reduzindo os níveis de Bacteroides, o que tem sido associada com menor incidência de alergia alimentar. 
O QUE É O KEFIR E QUAIS SEUS BENEFÍCIOS?
Trabalhos recentes demonstram que um fator cada vez mais importante para determinar se uma criança irá desenvolver uma doença alérgica, seja alergia alimentar ou asma, é o nível de complexidade e organismos específicos presentes na microbiota intestinal
Guilherme Renke

Embora não tão popular quanto outros produtos lácteos fermentados (como iogurte e o queijo), o kefir tem seus benefícios amplamente estudados e associados à saúde. Presente originalmente em comunidades das montanhas caucasianas, foi descoberto no segundo milênio antes de Cristo, o que significa que este é o método de fermentação mais antigo que existe. Uma das características que distinguem o kefir de muitos outros produtos lácteos fermentados é a exigência da presença do grão de kefir para fermentação. 

Kefir: rico em probióticos (Foto: iStock Photo)
 Kefir: rico em probióticos (Foto: iStock Photo)


Os grãos de kefir são uma colônia de microrganismos simbióticos imersa em uma matriz composta de polissacarídeos e proteínas. Diferentemente do iogurte que é fermentado apenas por lactobacilos, o kefir exige temperaturas mais baixas e é fermentado por mais de quarenta tipos diferentes de micro-organismos em sua colônia, incluindo as leveduras. A preparação dessa colônia rica é tradicionalmente feita com leite de vaca, mas pode ser preparada com leite de cabra, ovelha, de fonte vegetal ou até mesmo com água. 
Devido à microbiota altamente complexa do kefir, existe uma multiplicidade de organismos e produtos metabólicos presentes no leite fermentado. Esta combinação de organismos microbianos vivos e metabólitos contribui para uma vasta gama de efeitos atribuídos ao kefir, muitos dos quais são benéficos para a saúde. Tem sido demonstrado que os grãos de Kefir são capazes de reduzir os níveis de lactose do leite através do processo de fermentação e também em reduzir os níveis de colesterol presentes em até 84% após 24h de fermentação.

CUIDADOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS DO KEFIR
Segundo a nutricionista Luna Azevedo durante a preparação do kefir a higiene é fundamental. Reserve os utensílios usados na preparação do grão apenas para essa finalidade. Ele na água pode ter contaminação por fungo se o açúcar mascavo não for corretamente armazenado e tiver contato com muita umidade. Não deixe o frasco com os grãos de kefir exposto ao sol. Guarda-o num armário da cozinha e longe de qualquer produto químico. Nunca lave os grãos, lave apenas o frasco, quando fizer as trocas de leite ou água + açúcar. E não use sabão ou detergente, apenas água.
Vantagens: Já foi observado em testes de laboratório que os micro-organismos do kefir têm o poder de inibir os patógenos da Salmonella e do E. Coli (bactérias que causam doenças). Essa colônia possui mais de 40 micro-organismos vivos, sendo muito mais completo do que qualquer produto no mercado liofolizado. 
Desvantagens: A manutenção dos grãos durante anos exige que se prepare kefir quase diariamente ou que se tenham alguns cuidados especiais de conservação. O kefir pode ser congelado durante algum tempo, mas tem de ser revitalizado passadas poucas semanas. O kefir de água + açúcar mascavo deve se ter o cuidado de conversação do açúcar pada evitar contaminação e crescimento de fungos. Deve ter-se em conta que o kefir de água não contém a mesma microflora do kefir feito com leite. Apesar dos microorganismos consumirem a lactose (açúcar do leite), quem é intolerante severo pode ainda sentir mal estar. 
Vale lembrar que o uso dos probióticos deve ser feito com orientação médica ou do nutricionista. De fato, os micro-organismos vivos possuem extrema importância na nossa saúde e merecem total atenção. Para que permaneçam vivos no trato intestinal, devem ser administrados preferencialmente com pré-bióticos (fibras não digeríveis e usadas de "alimento" para esses seres vivos). Existem versões com pré e probióticos (simbióticos), bem como, é possível receber sua doação de kefir. Tenham sempre a orientação de seu médico e nutricionista para possível indicação de acordo com cada caso.   

GUILHERME RENKE
Médico membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - SBEM

Referências: 
1 - Altmann S. W., Davis H. R., Jr., Zhu L. J., Yao X., Hoos L. M., Tetzloff G., et al. (2004). Niemann-Pick C1 Like 1 protein is critical for intestinal cholesterol absorption. Science 303 1201–1204. 10.1126/science.1093131 
2 - Angulo L., Lopez E., Lema C. (1993). Microflora present in kefir grains of the Galician region (North-West of Spain). J. Dairy Res. 60 263–267. 10.1017/S002202990002759X 
3 - Assadi M. M., Pourahmad R., Moazami N. (2000). Use of isolated kefir starter cultures in kefir production. World J. Microbiol. Biotechnol. 16 541–543. 10.1023/A:1008939132685
4 - Atalan G., Demirkan I., Yaman H., Cina M. (2003). Effect of topical kefir application on open wound healing on in vivo study. Kafkas Univ. Vet. Fak. Dderg. 9 43–47.
5 - Azad M. B., Konya T., Maughan H., Guttman D. S., Field C. J., Sears M. R., et al. (2013). Infant gut microbiota and the hygiene hypothesis of allergic disease: impact of household pets and siblings on microbiota composition and diversity. Allergy Asthma Clin. Immunol. 9 15 10.1186/1710-1492-9-15



 O aparelho digestivo possui uma superfície de contato muito grande, de aproximadamente 250m2. Esta área é importante para absorção dos alimentos e água ingeridos. Por causa deste contato com substâncias exógenas, o trato digestivo possui um grande número de células do sistema imunológico que, dentre outras funções, defendem nosso organismo da invasão de substâncias estranhas que acompanham os alimentos.
A barreira imunológica mais importante no intestino, é representada por um tipo de imunoglobulina, a lgA, que possui funções diferentes da lgG encontrada no sangue. Estudos científicos têm mostrado que na doença inflamatória intestinal ativa crônica, a proporção entre lgA e lgG, muda a favor dessa última, na parede intestinal. Enquanto a lgA normalmente mantém antígenos distante das paredes do intestino, a lgG não possui esta capacidade, permitindo a ligação de antígenos ao tecido intestinal, podendo contribuir para a inflamação intestinal.
Existem aproximadamente 100 trilhões de bactérias em nosso intestino, representantes de 400 a 1000 espécies. Entre as mais comuns, são as enterobactérias, seja como constituintes da microbiota normal ou patogênicas, como: Escherichia, Aerobacter, Serratia, Salmonela, Shigella, Proteus, Yersinia, Lactobacillus e Bifidubacterium.
Probióticos são as bactérias que agindo em substrato apropriado (probióticos) produz substâncias importante para nossa atividade da vida diária. Esta simbiose entre os microrganismos intestinais e nós inicia-se tão logo nascemos. Como os excessos (bebidas, antibióticos, anti-inflamatório, uso de laxantes, etc) e mais o envelhecimento das células intestinais, ficamos carentes destes benefícios na velhice, causando um desequilíbrio na flora intestinal, conhecida como disbiose.
No intestino várias enterobactérias fermentam os carboidratos resultando na fermentação, produzindo ácido láctico, acético, succínico, fórmico, gases como etanol, gás carbônico. Os lactobacilos, também chamadas de bactérias lácteas, e as bifidobactérias, fermentam os carboidratos e as fibras, por meio da fermentação láctea, gerando produtos como: ácido lático, ácido acético, ácido graxos de cadeia curta, enzimas digestivas (beta-galactosidase). As vitaminas do complexo B são produzidas pela fermentação provocada pela bactérias do gênero bifidobacterium, a partir de substratos carboidratos e fibras. A produção de ácidos pelos lactobacilos provocam a diminuição do pH intestinal, dificultando o crescimento de bactérias comensais ou, bactérias patogênicas.

Prebióticos ou fonte de substrato para os probióticos

Prebióticos – prebióticos são açucares (carboidratos), que são indigeríveis no intestino, e que são fermentados pelas bifidobactérias, como fonte de carbono para o seu crescimento. Estes polímeros de sacarose (açucares) são conhecidos como frutooligossacarídeos (FOS), inulina e lactulose. Constituem fontes de inulina a chicória, o alho, os aspargos, a alcachofra; e fonte de frutooligossacarídeos a banana, o mel, o açúcar mascavo o centeio e o tomate.
Reposição da "flora" intestinal A vida saudável passa por um intestino saudável, e este depende de uma boa microbiota intestinal. As pessoas com intestino lento, deve procurar métodos natural para regular o hábito intestinal, recorrendo aos laxantes somente em ocasiões específicas. A reposição da microbiota intestinal com lactobacilos é fundamental, mesmo para as pessoas com hábitos saudáveis. As composições com lactobacilos disponíveis tanto nas farmácias de manipulação como nos produtos das indústrias farmacêuticas cumprem o papel de restabelecer a homeostasia intestinal, sendo indicados nos casos de diarreias, uso prolongado de anti-bióticos, quimioterápicos, anti-inflamatórios, produtos oncológicos, intestino irritável e colites.

Lipopolissacarídeos bacteriano

A dieta com alto teor lipídico alimenta mudanças no perfil bacteriano da microbiota intestinal, levando à redução da quantidade de bifidobactérias, que se relaciona com o aumento dos níveis plasmáticos de lipopolissacarídeos bacteriano (LPS) que participam no início do processo inflamatório intestinal, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e obesidade.
Fonte: Acervo Pessoal Rosemary Araújo

Probióticos antienvelhecimento: o poder das bactérias

Probióticos antienvelhecimento: o poder das bactérias

Estudo recente do CONICET descobre propriedades na bactéria probiótica Bacillus subtilis que retarda o envelhecimento e prolonga a vida humana a mais de 120 anos com a vitalidade de uma pessoa de 50


Universidade Nacional de Rosário (UNR) e o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) (Argentina) realizaram um estudo no qual demonstram mais efeitos saudáveis da Bacillus subtilis no ser humano. Além de regular o sistema imunológico, esta bactéria pode retardar o envelhecimento, prolongar a vida e mantê-la vital, através da colonização do intestino.
Até hoje, sabia-se que esta bactéria produzia um efeito benéfico sobre a imunidade inata, ou seja, células e mecanismos que defendem o indivíduo de infecções não específicas. Isto significa que protege contra as causas de morte mais comuns: doenças e o envelhecimento de células, tecidos e órgãos, como as infecciosas, neurodegenerativas e, inclusive, o câncer.
A descoberta
Os probióticos são micróbios vivos não patogênicos que, ao ser ingeridos em quantidade adequada, conferem benefícios à bactéria. As espécies esporuladas que foram mais estudadas são a Bacillus subtilis, Bacillus clausii, Bacillus cereus, Bacillus Coagulans e Bacillus licheniformis.
Para este estudo, os pesquisadores provaram os efeitos da Bacillus subtilis em um verme, o nematódeo Caenorhabditis elegans, que possui vias regulatórias do envelhecimento similares às dos seres humanos.
Esta bactéria tem a particularidade de formar esporos (células em repouso altamente resistentes) que germinam quando chegam ao intestino e dão origem à bactéria ativa que forma um biofilme sobre a mucosa intestinal, responsável por um aumento da imunidade inata do hospedeiro, neuroproteção e aumento da longevidade.
“Comprovamos que este probiótico também é capaz de prolongar a vida. De uma expectativa de vida média em âmbito mundial de 80 anos, poderia passar-se a uma de 120 anos de forma saudável”, afirma Roberto Grau, diretor do estudo.
Os pesquisadores do Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Ciências Bioquímicas da UNR, onde se realizou a pesquisa, afirmam que há alguns antecedentes de que o consumo de certos alimentos que contêm este probiótico tem um efeito benéfico em prolongar a vida. O primeiro foi de 1903, realizado nas populações de Los Cáucasos, onde a expectativa de vida era de 45 anos, mas havia pessoas que viviam mais de 100. Uma pesquisa relacionou a causa ao consumo de um leite fermentado.
O Mestrado em Gerontologia que a FUNIBER patrocina oferece aos alunos um módulo para estabelecer as bases da alimentação e nutrição como parte da estratégia da atenção integral da pessoa de idade avançada para diminuir a morbilidade e mortalidade prematura e melhorar a qualidade de vida.

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