Acima exemplos de alimentos que precisam ser evitados e como substituí-los:
Pessoas intolerantes à proteína precisam tirá-la do cardápio, mas muita gente também tem excluído o glúten em busca de uma vida mais saudável
Proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e, em menor escala, na aveia, o glúten, quando não absorvido pelo corpo, agride e danifica o intestino delgado, prejudicando a absorção dos outros alimentos. A esse problema é dado o nome de intolerância ao glúten ou doença celíaca, que geralmente se manifesta na infância –mas não é incomum descobri-la já na idade adulta.
A principal dificuldade dos celíacos é encontrar alimentos que não contêm a proteína, já que pães, bolos, bolachas, macarrão, coxinhas, quibes, pizzas, cervejas e outras bebidas alcoólicas têm glúten entre os ingredientes.
Como a única cura é eliminá-lo totalmente da dieta, é preciso encontrar formas de ter uma dieta equilibrada, moderando o consumo de gorduras e aumentando o consumo de proteínas, como carnes magras, frutas, sucos, verduras e legumes. Também é possível substituir alimentos por similares feitos com farinhas de amaranto, quinoa, milhos e derivados, fécula de batata e tapioca.
Dieta do glúten
Mesmo sem ter o problema, muitas pessoas cortam o consumo de glúten porque dizem se sentir inchadas ou com problemas de digestão. Apesar de controversa, já que não há um consenso entre especialistas, muita gente tem aderido à “dieta sem glúten”, que promete eliminar os quilinhos indesejados.
A boa notícia é que, atualmente, muitos alimentos antes proibidos são produzidos sem a substância. Então, na hora de comprar, leia o rótulo atentamente.
Muito desses problemas de saúde são em decorrência na mudança de cardápio dos brasileiros que passaram a comer em excesso alimentos ricos em glúten como pães, biscoitos, macarrão e bolos. Hoje até queijos embutidos vem com a substância. A nutróloga Clara do Brandão, do Ministério da Saúde, alerta para a criação de uma soberania alimentar. “Mandioca, milho e arroz no lugar do trigo importado, que faz tanto mal a saúde”, disse.
O corpo responde de diversas maneiras: obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio, alergias, diarréias e doenças auto-imunes. O nutrólogo João Curvo conta que os chineses consideram o excesso de glúten sinal de má higiene interna já que o metabolismo emperra, favorecendo bactérias que gostam de calor e estagnação.
A dieta sem glúten é moda nas academias pois o emagrecimento e a redução de gordura na área abdominal é comprovada. Muita gente está incluindo na alimentação pães de aipim e de milho, macarrão de arroz e cookies de soja. O nutricionista Leonardo Haus está recomendando a dessensibilização ao glúten. Trata de um período de três meses no qual não se pode comer os quatro cereais que contêm o glúten - trigo, centeio, cevada e aveia. “A idéia é uma reeducação alimentar. Você pode comer um pãozinho mas o excesso pode alterar todo o seu metabolismo, baixar a imunidade do organismo e levar doenças. Mas é bom lembrar que nem todo obeso tem essa intolerância alimentar”, explica.
Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria é a afirmação de especialistas da área nutricional. As dificuldades no começo da dieta podem aparecer por isso uma boa dica para ter o sucesso esperado é a ingestão constante de frutas, que além de leves são nutritivas e de baixa caloria. Outro fator importante é procurar no mercado alimentos produzidos com boa qualidade.
Pessoas alérgicas aos efeitos do glúten estão agindo de maneira mais radical e submetendo-se a colonterapia. Um procedimento de lavagem do intestino grosso que faz circular de 40 a 50 litros de água provocando uma limpeza geral. Um dado interessante: os alimentos em geral levam 18 horas da mastigação até a eliminação pelo reto. Alimento com o glúten leva 26 horas. Consumido em excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismo e promovendo a disbiose, que é a alteração da flora normal, com fermentação e retenção de líquidos. Podendo ocorrer uma série de doenças articulares, auto-imunes e depressão. Depois da colonterapia, o intestino volta a produzir o neurotransmissor da alegria – serotonima.
Ainda existem casos que as pessoas tem uma intolerância genética ao glúten, os celíacos. Pesquisas indicam que um em cada 300 brasileiros são portadores da doença. O diagnóstico é difícil pois é uma doença pouco conhecida no Brasil. Se o glúten é estritamente proibido para os celíacos, as pessoas que não sofrem do problema não precisam ser tão radicais. Comer um pãozinho de vez em quando está liberado.
· Intolerância alimentar: o glúten é uma cola que adere as paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino. Os primeiros sintomas são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases e retenção de líquidos.
· Obesidade: Com o metabolismo lento não se processa devidamente os alimentos tendo como conseqüência o acúmulo de gordura abdominal.
· Baixa imunidade: afeta o sistema imunológico favorecendo doenças auto-imunes.
· Intoxicação e enxaqueca: o metabolismo estagnado dificulta a eliminação das toxinas elevando o risco de doenças como dores de cabeça e enxaquecas.
· Açúcar: Como o glúten é aliado do açúcar, seqüestrador do cálcio, aumentam os riscos de osteoporose, cáries, ranger de dentes, insônia, hipertensão e colesterol alto.
Fonte: Márcia Cezimbra do O GLOBO.
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