COMPREENDER OS SETE ESTÁGIOS DA DOENÇA PARA FAZER A DESINTOXICAÇÃO E CURA ATRAVÉS DO ALIMENTO VIVO - - DR.GABRIEL COUSENS
Os 7 estágios da doença
Dr. Gabriel Cousens *
Os sete estágios da doença, formulados pelo Dr. John Tilden há mais de um século, nos dão uma outra perspectiva do processo degenerativo do diabetes e da maneira de revertê-lo. "Saúde é o reflexo do que você faz" e coisas do tipo podem ser ditas de uma saúde doente. Doença, ou enfermidade, é um estado que se adquire com o passar dos anos e passa por estágios identificáveis, que levam à manifestação de sintomas e mesmo à morte, se não formos prudentes para reverter o quadro. Até um surto de diabetes tipo l de origem viral precisa de um corpo debilitado que permita que o sistema imunológico enfraquecido fique suscetível a infecções, resultando em insulinite e na manifestação rápida do diabetes tipo l. O diabetes possui estágios degenerativos progressivos que criam diversas complicações em nosso organismo - mas podemos mudar isso. Só depende de termos consciência do que é necessário para uma vida saudável. Herbert Shelton chamou isso de leis da vida. Se compreender e seguir essas leis, você será saudável. Se desrespeitá-las, ficará doente - é o que queremos dizer com Crimes Contra o Bom Senso. Nas palavras de Shelton:
As leis da vida não são algo imposto à organização humana. Elas são intrínsecas à própria estrutura de nosso ser, a nossos tecidos, células nervosas e musculares, nossa corrente sanguínea, nosso organismo como um todo. [...] Como essas leis são parte fundamental de nós, não podemos nos rebelar contra elas sem nos rebelarmos contra nós mesmos. [...] Não podemos tugir das leis da existência sem fugir de nós mesmos.(1)
No programa de 21 dias do Tree of Life, ensinamos quais são esses meios naturais e tornamos a pessoa capaz de viver de acordo com eles. Agora vamos conhecer os sete estágios da doença.
ESTÁGIO 1: ENERVAÇÃO ou INTOXICAÇÃO
Enervação é a redução da energia nervosa, pela qual as funções normais de manutenção e eliminação do corpo são debilitadas, sobretudo a eliminação de toxinas endógenas e exógenas, ou seja, criadas de dentro (por meio de processos metabólicos normais) e de fora (que nos dias de hoje incluem as 65.000 toxinas em nosso meio ambiente criadas pelo homem e as excitotoxinas, aditivos alimentares e toxinas geradas pelo ato de cozinhar e processar alimentos). A pessoa nesse estágio é geralmente inativa, vive num ambiente tóxico e consome toxinas que não são eliminadas pelo organismo no tempo adequado.
A enervação também é criada por estresse, que esgota a energia vital do corpo que seria usada na manutenção e na eliminação. A obstipação ocorre no intestino, na linfa e nos tecidos do corpo. Essa é a dieta e o estilo de vida diabetogênicos de que temos falado em todo este livro.
ESTÁGIO 2: TOXEMIA ou INTOXICAÇÃO GENERALIZADA
A estagnação do primeiro estágio leva a um acúmulo de toxinas no corpo, substâncias que começam a saturar o sangue, a linfa e as células. O estágio 2 se caracteriza pela letargia, e, no caso do diabetes, já temos células que estão desenvolvendo pré-condições para serem insensíveis à sinalização da insulina por estarem intoxicadas. No capitulo "Toxemia" do livro The history of naturalhygiene [A história da higiene natural], de Herbert Shelton, John Tilden diz:
A teoria da arte da cura de toxinas baseia-se no princípio segundo o qual a toxemia é a origem básica de todas as doenças. Tão certo é esse princípio que não hesito em dizer que é, de longe, a teoria mais sólida de toda a história da medicina. É um sistema científico que abrange todo o campo de causa e efeito - um sistema que se integra a todo o conhecimento, sendo, portanto, uma verdadeira filosofia.
Quando esse princípio começou a se impor sobre mim, anos atrás, eu não estava muito seguro, mas havia algo de errado em meu raciocínio. Percebi que ele me levaria ao caminho (totalmente contrário ao de todos os tratamentos médicos convencionais. Tentei me deter e discuti comigo mesmo. [...] Lutei para não dar grande expressão a uma crença que, muito provavelmente, seria renegada - eu seria julgado e ridicularizado pela nata das pessoas, tanto leigas quanto profissionais da área.
Pouco a pouco fui comprovando minha teoria. Nos últimos vinte anos, realizei testes diários. Eu mesmo arquei com a força de meus experimentos e sofri por isso. Todos os dias, os testes que realizei me convenciam cada vez mais de que a toxemia é a causa universal da doença.
Como tenho declarado sempre em meus textos, nos últimos doze anos os hábitos de comer demais, de se vestir demais e excessos de todos os tipos esgotam a energia nervosa. Quando os nervos não atendem à demanda do corpo, o funcionamento orgânico é debilitado, resultando em retenção de produtos residuais. Isso gera toxemia (2).
Entre as fontes comuns de toxemia estão diversas toxinas exógenas e endógenas, que hoje podem ser reconhecidas como précondições para o diabetes.
Algumas toxinas endógenas:
- - Resíduos metabólicos, subprodutos tóxicos no âmbito celular;
- - Resquícios desperdiçados da atividade celular;
- - Células mortas;
- - Sofrimento e excessos emocionais e mentais e;
- - Excessos, fadiga e sofrimento físico.
Algumas toxinas exógenas:
- - Alimentação artificial;
- - Alimentos naturais prejudicados por cozimento, refinação e adição de conservantes;
- - Combinações inadequadas de alimentos, resultando em toxinas endógenas;
- - Uso de medicamentos, ervas processadas e suplementos;
- - Uso de álcool, tabaco e todas as formas de drogas;
- - Poluentes ambientais, comerciais e industriais e;
- - Ar e água impuros.
ESTÁGIO 3: IRRITAÇÃO ou pré-INFLAMAÇÃO
O corpo fica irritado pelo acúmulo de toxinas no sangue, na linfa e nos tecidos, e o espaço intersticial entre as células começa a parecer um depósito de lixo tóxico. As células e os tecidos onde ocorre o acúmulo são irritados pela natureza tóxica desses resíduos, resultando em inflamação. Os produtos residuais interferem na oxigenação e alimentação das células e criam acúmulo de água nos tecidos. Os sinais de dor vindos dos tecidos tem pelo menos três causas: falta de oxigênio, falta de nutrição (celular) e pressão. As células, submetidas à ausência de oxigénio e alimento e à pressão elevada da água retida, passa a emitir sinais de dor. As células então são irritadas. A reação normal é ignorar a dor e o desconforto ou tomar um remédio para a "dor", aumentando ainda mais a carga tóxica no organismo da pessoa, que pode se sentir prostrada, enjoada, irritadiça, com coceira, irracional e hostil. Isso tudo leva ao estágio seguinte de enfermidade e degeneração do corpo: inflamação.
ESTÁGIO 4: INFLAMAÇÃO
O corpo enervado agora sofre as consequências da toxemia. As células ficaram irritadas, e, após as alterações celulares e a degeneração do corpo, ocorre a inflamação propriamente dita. O processo inflamatório produz as famosas "ites". Na pele, dermatite. Na garganta, amidalite e, depois, faringite, esofagite. No estômago, temos a gastrite. No intestino delgado, ileíte. No cólon, colite. No coração, pode haver cordite. No fígado, hepatite. Ou seja, você pode ter uma inflamação (uma "ite") em qualquer parte do corpo. Ou várias partes do corpo...
A comunidade médica nomeou muitos dos 20.000 tipos de doenças. A medicina alopática costuma nomeá-las pelo lugar onde as toxinas se acumularam e deram início aos sintomas. Havendo uma denominação para o conjunto de sintomas, neste estágio os médicos geralmente prescrevem medicamentos, que não eliminam as causas reais da doença, que agora sabemos quais são. Com o diabetes e suas complicações, este estágio pode ser visto no coração, rins, pâncreas, fígado e sistema nervoso. Permitido o avanço da toxemia, o corpo vai perdendo energia e vitalidade. Alterações celulares posteriores acabam ocorrendo. Se isso passar despercebido, a próxima etapa é a ulceração.
ESTÁGIO 5: ULCERAÇÃO ou Inflamação crônica
A úlcera pode ser vista como consequência da degeneração do corpo. Qualquer tecido pode sofrer ulceração, mas as de pele são as mais conhecidas. Os tecidos são destruídos. O corpo cria úlceras, formando uma saída para o acúmulo tóxico, e a pessoa sofre a multiplicação e piora dos sintomas, acompanhadas da intensificação da dor.
Neste estágio, a medicina moderna em geral continua a prescrever mais medicamentos e muitas vezes recorre à cirurgia e outras formas de tratamento. Não se esqueça de que as complicações nos pés decorrentes do diabetes são a causa mais comum de amputações das extremidades inferiores, não provocadas por trauma, no mundo industrializado. A neuropatia, um grande componente enológico da maioria das ulcerações diabéticas, ocorre em mais de 82% dos pacientes diabéticos com feridas. A incidência de gangrena entre diabéticos é vinte vezes maior que nos não diabéticos, e o risco de amputação dos membros inferiores é de 15 a 46 vezes maior do que nos que não têm a doença.
ESTÁGIO 6: ENRIJECIMENTO
Enrijecimento significa endurecimento ou formação de cicatrizes nos tecidos. O enrijecimento resulta de inflamação crônica de longa data com acessos de inflamação aguda. A inflamação crônica debilita ou torna a circulação mais lenta, e, como algumas células não resistem, são substituídas por cicatrizes. É assim que perdemos células saudáveis - pela inflamação crônica e morte das células.
Existe também pouco oxigênio nas células vindas dos vasos sanguíneos enrijecidos, uma vêz, que são glicosiladas. A aterosclerose é uma forma de enrijecimento. Com pouca ou nenhuma circulação, acúmulo de toxinas e pouco oxigênio, criamos as condições para o sétimo estágio da doença: proliferação de fungos ou câncer.
ESTÁGIO 7: PROLIFERAÇÃO DE FUNGOS
Quando as condições internas se deterioram a ponto de inviabilizar os processos aeróbicos oxidativos normais, as células podem voltar a uma forma mais rudimentar de sobrevivência. Alterações bioquímicas e morfológicas pelo depósito de toxinas endógenas e exógenas levam à degeneração e à morte celular. As células podem se manter por processos anaeróbicos, os mesmos usados por muitas bactérias. Quando as células mudam de forma e função dessa maneira, o oncologista lhe dá a má notícia: câncer.
SAINDO DOS SETES ESTÁGIOS PARA A SAÚDE
Para uma vida saudável é preciso eliminar as causas e as complicações do diabetes. Entre os sete estágios, os que merecem mais atenção para reverter o processo diabetogênico são a toxemia e a inflamação. Essa é outra maneira de entender o processo degenerativo e revertê-lo. As maneiras de reverter a toxemia serão abordadas mais para a frente neste livro. Quando a pessoa fornece ao corpo substâncias de melhor qualidade, o grau de toxemia diminui, a vitalidade aumenta e o corpo começa a se recuperar (se auto-curar). Problemas prévios podem voltar vez ou outra à medida que o organismo se cura. O verdadeiro teste de qualquer teoria é a medida em que ela pode afetar positivamente enfermidades crônicas como o diabetes.
(*) Texto extraído do livro A cura do Diabetes pela alimentação viva - Dr. Gabriel Cousens - editora Alaúde. Capítulo 3, pp 182-187.
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte.
(1) Shelton H. Getting well. San Antonio (Texas); 1946. pp 233-234.
(2) Shelton H. The history of natural hygiene and the principles of natural hygiene. pp 59-60.
Fonte:http://www.docelimao.com.br/site/desintoxicante/alimentacao-viva/1248-os-7-estagios-da-doenca.html
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