Cuidados com a alimentação do recém nascido
(0 a 1 Ano)
Saiba a importância do leite materno para o recém-nascido e quais os cuidados ao introduzir a mamadeira e alimentos sólidos ao bebê.
Alguns fatores ainda na infância podem determinar aspectos positivos ou até mesmo negativos que podem ser percebidos durante o decorrer da vida, e uma delas é a alimentação. Um exemplo muito claro é o do leite materno, estudos comprovam que crianças alimentadas pelo leite da mãe durante um maior período de tempo são mais saudáveis e estão menos propícias a doenças.
Existem duas situações distintas que precisam ser avaliadas. A primeira ocorre quando a mãe amamenta o bebê e a segunda é quando por algum motivo a amamentação não ocorre de forma eficaz e a criança deve ser alimentada através do uso da mamadeira. Em ambas as situações alguns cuidados básicos são essenciais com a alimentação do recém-nascido.
Cuidados com a alimentação com o leite materno
O leite materno é o único e mais adequado alimento para o recém- nascido, apenas ele possui todas as vitaminas e nutrientes necessários para o funcionamento e desenvolvimento do organismo da criança até os 6 meses. Neste caso os maiores cuidados devem ser com a saúde e alimentação da mãe, pois é através do leite materno que o recém-nascido tira todas as vitaminas necessárias para o desenvolvimento.
Por isso é importante que a mãe consuma alimentos ricos em vitaminas e nutrientes para que o leite materno supra todas as suas necessidades. Lembre-se que a ingestão de todo ou qualquer medicamento somente deve ser feita através de orientação médica, pois os medicamentos podem ser ingeridos pelo recém-nascido através do leite e lhe causar problemas.
Cuidados com a alimentação com a mamadeira
Se por qualquer motivo a mãe não possa amamentar o recém-nascido a substituição pela mamadeira e pelo leite de vaca é indispensável. É importante frisar que o leite de vaca usado na alimentação do bebê não deve ser o integral, pois ele contém muito sódio e potássio que em alta quantidade é prejudicial ao recém-nascido. O leite ideal é aquele de formula infantil, ou seja, é leite de vaca modificado em laboratório para facilitar a digestão e a formação do recém-nascido.
Este tipo de leite é disponível no mercado com fórmulas indicadas para bebês de cada faixa etária. Não se esqueça que as mamadeiras devem ser higienizadas de forma adequada, lavadas em água corrente e depois fervidas ou banhadas com água quente para esterilizar ou contar com o uso de aparelhos específicos. Após todo o processo de higienização guarde em uma vasilha com tampa dentro da geladeira.
Momento de começar com alimentos sólidos
Ao completar seis meses tem início uma nova fase na alimentação do bebê, é o momento de introduzir alimentos sólidos. Porém apenas como complemento à refeição e não para substituir o leite que deve continuar sendo a principal fonte de nutrição, pois qualquer alimento que possa ser oferecido não possui os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança até o primeiro ano de idade.
A introdução pode ser feita com frutas e sucos sempre variando os sabores. A papinha pode ser doce ou salgada, uma boa opção é oferecer duas papinhas por dia, uma de cada tipo lembrando que estas são apenas um complemento, devem ser oferecidas em horários intervalados com as mamadeiras que continuaram sendo o principal alimento.
Não utilize sal no preparo das refeições e modere o uso do açúcar, lembrando que o sal só deve ser consumido e de forma moderada a partir do primeiro ano. Observe o surgimento de reações alérgicas após a ingestão de alguns alimentos, caso venha a ocorrer qualquer alteração busque orientação junto ao pediatra ou nutricionista.
Lembre-se que a alimentação adequada nesta idade é fundamental para o desenvolvimento do recém-nascido, proporcionando benefícios a saúde até a fase adulta.
Assista ao vídeo e veja mais informações sobre os cuidados que se deve ter com a alimentação do recém nascido:
Fonte:http://mundomulheres.com/cuidados-com-a-alimentacao-do-recem-nascido/
Entenda a Alimentação do RN
Um recém-nascido normal tem reflexos de busca e
de sucção activos e pode começar a alimentar-se imediatamente depois do
nascimento. Se na sala de parto o bebé não foi colocado no peito da mãe, a
alimentação começará habitualmente dentro das 4 horas posteriores ao
nascimento.
Expulsar e regurgitar mucosidade é muito normal
no primeiro dia. Se o bebé regurgita mucosidade durante mais tempo, pode
eliminar-se qualquer resto de muco do estômago introduzindo delicadamente uma
sonda desde o nariz até ao estômago.
Um recém-nascido alimentado com biberão pode
vomitar devido a uma alergia ao leite. Nesse caso, este pode ser substituído
por uma fórmula hipoalérgena. Se isto não der resultado, o médico averiguará
a razão dos vómitos. O recém-nascido que é amamentado e que continua a
vomitar pode ser que tenha uma obstrução que o impeça de esvaziar o estômago.
Os bebés não são alérgicos ao leite materno.
Os recém-nascidos molham pelo menos 6 ou 8
fraldas por dia. Além disso, defecam todos os dias durante as primeiras
semanas, choram energicamente, têm a pele em bom estado e mostram um marcado
reflexo de sucção. Todos estes factores indicam que o bebé obtém suficiente
quantidade de leite materno ou de leite artificial. O aumento de peso
confirma esta hipótese. Dormir durante longos períodos entre as mamadas
indica habitualmente que o bebé recebe uma alimentação suficiente, embora em
alguns casos possa dormir por períodos prolongados se não recebeu uma
quantidade adequada de leite. Por conseguinte, um bebé que se alimenta com
leite materno deve ser controlado de forma precoce e contínua para comprovar
que a alimentação é adequada.
Alimentação com
biberão
Costuma-se dar água destilada esterilizada como
primeiro alimento ao bebé alimentado com biberão para ter a certeza de que
pode engolir e que funciona bem o seu reflexo de abrir a boca. A água não
fará mal ao bebé com problemas de alimentação. Se não expulsa a água, pode
dar-se-lhe uma farinha na seguinte mamada. Habitualmente, nos hospitais os
bebés são alimentados cada 4 horas.
Existem leites preparados que contêm proporções
adequadas de calorias e vitaminas e se comercializam em biberões
esterilizados. A mãe não deve insistir para que o bebé termine totalmente o
biberão, mas sim permitir-lhe tomar a quantidade que deseje. A alimentação
deve aumentar-se gradualmente durante a primeira semana de vida, desde 30 ml
ou 60 ml até 90 ml ou 120 ml, aproximadamente, seis vezes ao dia.
As farinhas infantis comerciais são preferíveis
ao leite de vaca, que não é apropriado para o primeiro ano de vida, já que,
sendo embora um alimento equilibrado para o lactente, carece de ferro, que é
importante para o desenvolvimento dos glóbulos vermelhos. As crianças
alimentadas com farinha ou leite materno devem receber diariamente gotas
multivitamínicas que contenham vitaminas A, C e D durante o primeiro ano de
vida e durante o segundo Inverno em climas frios, onde a exposição ao sol e a
sua activação de vitamina D é limitada. Pode agregar-se flúor à farinha
quando não se conta com água fluorizada.
Ao bebé alimentado com biberão deve oferecer-se
água entre as mamadas, sobretudo quando faz calor ou o ambiente está seco. Um
bebé cuja alimentação não seja adequada pode às vezes requerer alimentação
endovenosa adicional. A seguir, o médico procurará detectar as causas do
problema.
Alimentação com
leite materno
O leite materno é o alimento ideal para o bebé.
Além de proporcionar os nutrientes necessários da forma mais fácil de digerir
e de absorver, contém anticorpos e glóbulos brancos que protegem o bebé das
infecções. Também muda favoravelmente o pH da defecação, assim como a flora
intestinal do bebé, e desta maneira protege-o da diarreia bacteriana. Devido
às qualidades protectoras do leite materno, os bebés amamentados costumam
padecer menos de doenças infecciosas do que os alimentados com biberão. A
lactação também oferece vantagens às mães; por exemplo, permite-lhes
sentirem-se perto do seu bebé, enquanto a alimentação com biberão não o
permite. Em muitos países, mais de metade das mães amamentam os seus bebés,
proporção que aumenta constantemente.
Antes que o leite se produza, um delicado líquido
amarelo, chamado colostro, flui do mamilo. O colostro é rico em calorias,
proteínas e anticorpos. Os anticorpos que contém são particularmente
valiosos, já que são absorvidos pelo corpo directamente desde o estômago.
Desta maneira, o bebé está protegido das doenças contra as quais a sua mãe
desenvolveu anticorpos.
Os mamilos da mãe não requerem nenhuma preparação
especial antes de começar a amamentar. A extracção manual de líquido da mama
antes do parto pode produzir uma infecção mamária (mastite) ou inclusive um
parto precoce. A auréola e o mamilo preparam-se de forma natural para o
processo de amamentação segregando um lubrificante que protege a superfície.
A mãe que decide amamentar o seu bebé pode desejar falar com outras mulheres
cuja lactação tenha sido um êxito. Observar outras mulheres amamentando e
fazer perguntas pode também resultar instrutivo e estimulante.
A mãe deve adoptar uma posição cómoda, relaxada,
talvez quase recostada, e girar de um lado para o outro para dar cada peito.
O bebé está à face da mãe. Esta segura a mama com os dedos polegar e
indicador pela parte superior e com os outros dedos por baixo, enquanto
aproxima o seu mamilo do lábio inferior do bebé. Isto estimula o bebé a abrir
a boca (reflexo de busca) e a agarrar-se ao peito. A mãe, ao mesmo tempo que
aproxima o mamilo e a auréola da boca do bebé, procura também que o mamilo
fique centrado, o que contribui para evitar a formação de chagas no mesmo.
Antes de retirar o bebé do mamilo, a mãe interrompe a sucção inserindo o dedo
na boca do bebé e apertando suavemente o seu queixo para baixo.
Inicialmente, o bebé alimenta-se durante vários
minutos de cada mama. O reflexo resultante na mãe (reflexo de descida) activa
a produção de leite. Ao princípio deve evitar-se a sucção excessiva. Uma má
posição causa chagas nos mamilos e é mais fácil evitá-las do que curá-las.
Por outra parte, a produção de leite requer um tempo suficiente de sucção. Aumenta-se
gradualmente o tempo de amamentação até que a produção de leite se tenha
estabelecido satisfatoriamente: aproximadamente 10 minutos na primeira mama e
o tempo necessário para satisfazer o bebé na segunda costumam ser
suficientes. Com o primeiro bebé a produção de leite costuma estabelecer-se
completamente depois de 72 a 96 horas; com os seguintes requer-se menos
tempo. Se a mãe estiver particularmente cansada durante a primeira noite, a
alimentação das 2 horas da manhã pode ser substituída por água. No entanto,
não devem passar mais de 6 horas entre as mamadas durante os primeiros dias.
As mamadas devem, melhor ainda, ser fixadas segundo a fome do bebé, e não
segundo o relógio. Da mesma maneira, a duração de cada sessão de lactação
deve ajustar-se às necessidades do bebé.
A mãe deve levar o bebé ao médico, sobretudo
quando é o primeiro, entre os 7 e os 10 dias posteriores ao parto, para que
este possa controlar o processo de lactação e esclarecer qualquer dúvida. As
mamas tendem a inflamar-se incomodamente (congestionar-se) durante os
primeiros dias de lactação, mas essa congestão pode minimizar-se mediante
amamentações frequentes. O uso de um soutien para lactação
durante as 24 horas do dia pode ajudar a aliviar a dor, e a extracção do
excesso de leite com a mão durante um duche morno também diminui a pressão.
Pode ser que a mãe tenha de extrair o leite manualmente mesmo antes de
amamentar o bebé para que a sua boca alcance a borda da auréola inflamada. No
entanto, se isso se fizer demasiadas vezes, tenderá a produzir-se uma
congestão contínua, pelo que só se deverá pôr em prática para aliviar o
mal-estar.
A má posição do bebé pode inflamar os mamilos da
mãe. Ocasionalmente o bebé retrai o lábio inferior e chupa, irritando o
mamilo. Neste caso a mãe pode levar o lábio do bebé para fora valendo-se do
polegar. Depois de cada lactação, deve deixar-se que o leite seque por si só
nos mamilos, em lugar de limpá-los ou lavá-los. Em todo o caso, podem
secar-se os mamilos, com um secador de cabelo a baixa potência. Em climas
muito secos pode aplicar-se lanolina hipoalérgena ou unguentos sobre os
mamilos. Devem evitar-se os soutiens com estruturas
plásticas.
Enquanto amamenta, a mãe necessita de um maior
fornecimento nutritivo, sobretudo de cálcio. Os produtos lácteos são uma
fonte excelente de cálcio, mas podem substituir-se por nozes e legumes se a
mulher não os tolerar. Como alternativa, podem tomar-se suplementos de cálcio
por via oral. Os suplementos vitamínicos não são necessários se a dieta está
bem equilibrada, particularmente se inclui suficientes vitaminas C, B6 e
B12. No entanto, algumas dietas, inclusive as de países
desenvolvidos, são pobres em vitamina B6 e as dietas
vegetarianas não costumam contar com suficiente vitamina B12.
O momento para interromper a lactação (desmame do
bebé) depende das necessidades e dos desejos da mãe e do bebé. A lactação
durante pelo menos 6 meses considera-se o ideal. O desmame gradual durante
semanas ou meses é mais fácil do que o desmame repentino, tanto para o bebé
como para a mãe.
O desmame habitualmente implica a incorporação de
alimentos sólidos; em lugar de 8 a 10 mamadas de leite materno diárias, os
bebés recebem estes alimentos até três vezes ao dia enquanto se vai reduzindo
gradualmente a quantidade de amamentações. Quando o bebé tem aproximadamente
7 meses, deverá substituir-se uma mamada de leite materno ao dia por um
biberão ou uma chávena de sumo de fruta, leite materno extraído manualmente
ou leite preparado. Aprender a beber de um copo é um êxito importante no
processo de desenvolvimento e esta transição pode não se completar até aos 10
meses de idade. Alguns bebés continuam acostumados a uma ou mais sessões de
peito por dia até aos 18 ou 24 meses de vida. Quando a mãe lhe dá de mamar, a
criança também deve receber paralelamente alimentos sólidos e beber por um
copo.
Momento de
começar com os alimentos sólidos
O momento de começar com os alimentos sólidos
depende das necessidades do bebé e da sua predisposição. Em geral, os bebés
não requerem este tipo de alimentos antes dos 6 meses, embora costumem ser
capazes de engoli-los a partir dos 3 ou 4 meses. Podem engolir sólidos
inclusive antes deste tempo se lhes forem colocados os alimentos na parte
posterior da língua, mas habitualmente rejeitam-nos. Alguns pais instigam os
seus bebés a ingerir grandes quantidades de comida sólida para favorecer o
sono durante toda a noite. Este sistema pode não funcionar e, além disso,
forçar um bebé a comer pode causar problemas de alimentação a
posteriori. Muitos bebés ingerem sólidos depois de amamentados ou de
tomarem o biberão, posto que ambos satisfazem a sua necessidade de chupar e
rapidamente acalmam o seu apetite.
Habitualmente utilizam-se primeiro cereais,
seguidos de frutas e legumes de uma só espécie. A alergia ou a sensibilidade
a um alimento é mais fácil de determinar se o bebé receber o mesmo cereal,
fruta ou legume durante vários dias. A comida deve oferecer-se numa colher
para que o bebé aprenda a nova técnica de alimentação.
Muitos alimentos comercializados para bebés,
sobretudo as sobremesas e as sopas, têm demasiado amido, que não contém
vitaminas nem minerais, incluem muitas calorias e os bebés não os digerem
bem. Outros contêm muito sódio, mais de 200 mg por frasco. Os que possuem um
escasso valor nutritivo podem ser identificados lendo as etiquetas. Os
alimentos caseiros são menos caros do que os alimentos comerciais e
proporcionam uma nutrição adequada.
As carnes devem incorporar-se a
posteriori, depois de aproximadamente sete meses, e são preferíveis
às comidas ricas em hidratos de carbono, já que os bebés necessitam de muitas
proteínas. No entanto, como muitos bebés rejeitam a carne, esta deve
incorporar-se cuidadosamente e com atenção.
Muitas crianças são alérgicas ao trigo, aos ovos
e ao chocolate; portanto, estes alimentos devem evitar-se até que façam 1
ano, já que a sua ingestão pode, mais tarde, transformá-los em alérgicos. O
mel deve evitar-se durante o primeiro ano porque pode conter esporos de Clostridium
botulinum, os quais são inofensivos para as crianças maiores e para
os adultos, mas em contrapartida podem causar botulismo nos bebés.
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