ALIMENTAÇÃO INFANTIL: 2 A 6 ANOS |
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Nessa fase, a criança
começa a se interessar mais pelo ambiente que a cerca e é importante deixar que
ela o explore. Deve-se intercalar a alimentação entre uma e outra atividade,
acompanhando sempre o desenvolvimento da criança, para garantir que não esteja
havendo nenhum prejuízo.
É nessa fase que a
criança está desenvolvendo seus sentidos e diversificando os sabores e, com
isso, formando suas próprias preferências. Por isso, a qualidade nutricional da
alimentação oferecida deve receber atenção especial, já que a criança está em
pleno desenvolvimento, inclusive de sua capacidade cognitiva. Uma dieta
balanceada desde a infância favorece boa saúde e ajuda a evitar a manifestação
da obesidade, distúrbios alimentares e cáries dentárias.
Na longa faixa de
idade que vai do pré-escolar (2 a 6 anos) ao escolar (7 a 10 anos de idade), a
alimentação da criança pode e deve adequar-se à alimentação dos adultos de sua
casa. Mas adequar a alimentação da criança à dos pais não significa dar a
elas todos os alimentos que os adultos estão ingerindo em casa, e sim
incentivar bons hábitos alimentares.
É natural que a
criança recuse um ou vários tipos de alimentos, seja pela descoberta de suas
preferências, seja por seus interesses por brincadeiras ou ambiente. A
quantidade de alimentos ingeridos pode oscilar, sendo grande em alguns momentos
e nula em outros. O alimento favorito de hoje pode ser recusado amanhã, ou,
ainda, um único alimento pode ser solicitado por vários dias seguidos. Por essa
razão, é de grande importância que os alimentos sejam oferecidos à criança por
diversas vezes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que pais e
educadores devem oferecer de oito a dez vezes o mesmo alimento à criança para
que se defina, então, se ela realmente gosta ou não gosta de determinada
substância alimentar.
O crescimento em
termos de estatura e o ganho de peso diminuem o ritmo em relação aos dois
primeiros anos de vida, e, consequentemente, há redução no apetite e nas
necessidades nutricionais, fato esperado até aproximadamente os 5 anos. Além
disso, o interesse pelo ambiente ou por brincadeiras pode prender a atenção da
criança, fazendo-a deixar as refeições “de lado”.
Com a redução
fisiológica do apetite da criança, é comum que o sentimento de ansiedade esteja
presente na família, o que muitas vezes pode agravar a diminuição do apetite,
fazendo com que frequentemente sejam oferecidos alimentos inadequados (como
substituir a alimentação sólida por alimentos de maior aceitação, oferta maior
de guloseimas como recompensa, etc.).
Entretanto, essa
diminuição do apetite também pode ser ocasionada por alterações no estado de
saúde da criança ou por deficiências nutricionais, como a deficiência de ferro
e zinco, por exemplo. Para evitar que esse período tenha consequências no
desenvolvimento da criança, são fundamentais a assistência adequada e a
avaliação frequente do crescimento.
Para finalizar, quero
deixar algumas orientações alimentares para essa fase:
- Introduzir legumes e verduras variados nas
refeições;
- Oferecer sempre novos alimentos e voltar a
oferecer outros alimentos rejeitados.
- Não substituir uma refeição por guloseimas ou
por leite;
- Oferecer água à vontade entre as refeições de
forma a evitar líquidos no momento das refeições;
- Dar preferência ao consumo de carboidratos
complexos e alimentos integrais e evitar o incentivo ao consumo de açúcar;
- Estabelecer horários regulares para as
refeições;
- A criança deve sentar-se à mesa, em cadeira
que ofereça segurança e conforto;
- Estabelecer um ambiente tranquilo entre as
refeições;
- Envolver a criança em tarefas relacionadas ao
preparo de alimentos.
Fonte: Alimentação do Pré-escolar e Escolar, Curso Didático de Nutrição
– Vivian Zollar
- Adriana Boganha é
nutricionista e mestra em Educação em Saúde.
- Nutricionista ambulatorial
do Hospital Adventista de São Paulo.
- Docente do Curso Técnico em
Nutrição e Dietética do Colégio Adventista de Granja Viana e da Escola de
Educação Permanente HC – Faculdade de Medicina da USP.
- https://www.facebook.com/nutricionistaadrianaboganha/?fref=ts
Fonte:http://viverdeque.com.br/alimentacao-infantil-2-a-6-anos/
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