CONHEÇA TODOS OS OS BENEFÍCIOS DO COCO PARA A SAÚDE

euatleta agua de coco (Foto: Getty Images)Consumo de coco gera inúmeros benefícios à saúde (Foto: Getty Images)


Água, óleo, leite, farinha... conheça
os benefícios do coco para a saúde

Nutricionista Cristiane Perroni explica como e para que usar cada variante desse
fruto cada vez mais consumido no Brasil, principalmente durante o verão. Confira!

O coco vem ganhando destaque na cultura do brasileiro pela diversidade de produtos obtidos: água de coco, óleo de coco, coco fresco, coco seco, leite de coco, açúcar de coco e farinha de coco. Estudos recentes mostram inúmeros benefícios no consumo da fruta e de seus subprodutos para promoção da saúde, variedade alimentar e desempenho esportivo.

O coqueiro é originário do Sudeste da Ásia e predominante de clima tropical. Existem, basicamente dois grupos principais: o coqueiro gigante e o coqueiro anão. O coqueiro anão, principalmente o anão verde, é muito utilizado no Brasil para a produção de água de coco. No coqueiro gigante é utilizada a parte sólida (“a polpa” - albúmen) na forma de coco fresco/seco, coco ralado, leite de coco, farinha de coco e óleo de coco.

- Água de coco 
 Cada 100ml de água de coco tem:
Valor energético: 21,2kcal
Carboidratos: 5,3g
Lipídeos: 0g
Proteínas: 0g
Fibras: 0g
Cálcio: 19mg
Magnésio: 5mg
Manganês: 0,25mg
Fósforo: 4mg
Sódio: 2mg
Potássio: 162mg
Vitamina C: 2,4mg
Bebida refrescante, hidratante, de baixo valor energético, fonte de carboidratos, vitaminas e minerais. Encontrada dentro da cavidade do coco, corresponde de 20 a 25% do peso do fruto, em torno de 330ml de água de coco/unidade.

Composição nutricional: é composto por cerca de 94% de água e 5% de carboidratos (glicose, frutose e sacarose). Excelente fonte de sais minerais, potássio, sódio, magnésio, cálcio, manganês, vitamina C, vitaminas do complexo B (biotina, riboflavina, ácido fólico, acido pantotênico e ácido nicotínico) e aminoácido L - arginina (efeito vasodilatador).

Você sabe escolher qual o coco possui mais água?
Em relação ao formato: quanto mais alongado mais polpa e quanto mais redondo maior a quantidade de água.

- Coco e óleo de coco
De “vilão a mocinho”, durante anos o coco foi retirado de programas alimentares para controle de peso. É um alimento de alta densidade energética, mas com inúmeras propriedades benéficas à saúde.

O coco e o óleo de coco são importantes fontes naturais de gorduras saturadas, especialmente de ácido láurico, ácido graxo de cadeia média. Diferentemente das demais gorduras saturadas, os ácidos graxos de cadeia média são rapidamente absorvidos no intestino, transportados pela veia porta para o fígado, onde são rapidamente utilizados como energia. Não participam do ciclo do colesterol e não são armazenados no tecido adiposo.

O óleo de coco é extraído a frio a partir da polpa de coco. Classificado como gordura saturada, mas possui consistência líquida devido à predominância de 70 a 80 % da sua composição em ácidos graxos de cadeia média. Quanto maior o grau de saturação mais dura é a gordura, entretanto o óleo de coco é uma exceção por ser fonte principalmente de ácido láurico, um ácido graxo de cadeia média, que pode ser conservado por longos períodos sem necessidade de refrigeração, é resistente à oxidação não enzimática e a temperaturas mais elevadas do que outras gorduras.
Óleo de coco euatleta (Foto: Getty Images)Óleo de coco vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil (Foto: Getty Images)
Fontes de fibras, sódio, cálcio, magnésio, fósforo, vitamina C, vitamina E, vitaminas do complexo B e aminoácidos L-arginina. 
Estudos demonstram benefícios na utilização da polpa do coco e do óleo de coco:
- ação anti-inflamatória
- redução na circunferência abdominal
- aumento da resposta imunológica contra alguns micro-organismos como vírus, bactérias e fungos
- fonte de vitamina C e vitamina E, tendo ação antioxidante
O sabor do óleo de coco é bem característico e adocicado, entretanto, recentemente a indústria alimentícia produziu óleo sem sabor para não alterar o gosto original do alimento. É mais resistente à temperatura elevada, podendo ser indicado principalmente em preparações em forno como assados e bolos.

*Coco: 100g contém 434,4 calorias = carboidratos 10,4g, lipídeos 42g e proteínas 3,7g.
*Óleo de coco: 1 colher de sopa fornece em média 13 gramas de gorduras e 117 calorias, possui alta densidade calórica.

- Leite de cocoElaborado a partir da polpa do coco. Pode ser utilizado em substituição ao leite de vaca por quem prefere ingestão de leites vegetais (ex: veganos), intolerantes a lactose ou alérgicos a proteína do leite.

*Veja como preparar seu próprio leite de coco:
- 1 coco seco ou 250g picado
- 3 xícaras de chá de água quente

Bata no liquidificador por 3 minutos, espere ficar morno e coe em pano fino ou peneira fina.

- Farinha de coco
Obtida da hidratação e depois secagem da polpa, mantém as propriedades nutritivas. Alto teor de fibras e baixo índice glicêmico. Muito utilizada em substituição à farinha de trigo misturada a outras farinhas em preparações ou adicionada a frutas, vitaminas e iogurtes. Não contém glúten e lactose.

- Açúcar de coco: é produzido a partir das flores da palma de coco. Livre do uso de agrotóxicos e aditivos químicos, 100% natural (não é processado), possui baixo índice glicêmico, é fonte de diversas vitaminas e minerais. Altera um pouco o sabor dos alimentos. É considerado um tipo de açúcar mais saudável.
euatleta agua de coco (Foto: Getty Images)Água de coco é rica em potássio (Getty Images)

Hidratante e pouco calórica, a água de coco funciona como isotônico natural

Bebida pode ser utilizada durante e após a prática esportiva para repor líquidos e carboidratos. Nutricionista ensina sucos refrescantes com água de coco como base


O coqueiro é uma palmeira tropical que tem a Região Nordeste a maior produtora nacional, principalmente o estado da Bahia. Do coqueiro, utiliza-se a polpa, a fibra, o óleo e a água de coco. A água de coco apresenta na sua composição maior parte de água (93%), açúcares glicose e frutose, minerais, proteínas, e em menor quantidade as gorduras e vitaminas (Tiamina – B1 e vitamina C). 

Há maior quantidade de líquido quando o coco está verde. Conforme aumenta o tempo de maturação (maior tempo de vida), há redução do líquido e de açúcares, e aumenta a quantidade de gorduras e proteínas. O mineral em maior abundância é o potássio, seguido de cálcio e magnésio. Possui menores concentrações de sódio e fósforo. 

No período de seis a sete meses, a água de coco é mais doce por maior presença dos açúcares glicose e frutose, atingindo volume de 250 a 300 ml de líquidos. 

É uma bebida hidratante, refrescante e pouco calórica. É considerada um isotônico natural, pode ser utilizada durante e após a prática esportiva para repor líquidos e carboidratos. Também é utilizada para reidratação oral em caso de diarreia e desidratação.
Para reposição de carboidratos, deve-se ingerir 400ml de água de coco, que equivale a um gel de carboidratos ou a 500ml de repositor energético. 
SUCOS COM ÁGUA DE COCO COMO INGREDIENTE PRINCIPAL:
Euatleta - tabela água de coco (Foto: Eu Atleta)

- Cura ressaca:
2 rodelas de abacaxi
200ml de água de coco
1 maçã pequena 
1 colher sopa de hortelã
4 lascas de gengibre

- Antiestresse:
1 maracujá 
200ml de água de coco
- Energético: 
200 ml água coco 
1\2 polpa de coco

Azeite ou óleo de coco? Ambos são benéficos, mas é preciso moderação

Nutricionista explica que toda gordura possui valor energético elevado e se ingerida 
em excesso contribui para o ganho de peso. Descubra as diferenças entre os dois


A utilização de azeite e do óleo de coco pode ser benéfica à saúde se for feita com moderação e de acordo com o tipo de preparação, o aquecimento está relacionado ao processo de oxidação dos óleos e formação de radicais livres prejudiciais à saúde.

Toda gordura possui valor energético elevado e se ingerida em excesso contribui para o ganho de peso, portanto deve ser usada com moderação. Possuem quase a mesma quantidade de gordura e valor calórico, mas diferem no tipo de gordura. Qual a diferença entre o óleo de coco e o azeite?
Óleo de coco euatleta (Foto: Getty Images)Óleo de coco na garrafa: tem ação antiinflamatória e reduz circunferência abdominal (Foto: Getty Images)
Óleo de coco
É extraído, normalmente, a frio da "massa do coco". Quanto maior o grau de saturação mais dura é a gordura, entretanto o óleo de coco é uma exceção por ser fonte principalmente de ácido láurico, um ácido graxo de cadeia média, que pode ser conservado por longos períodos sem necessidade de refrigeração. É resistente à oxidação não enzimática e a temperaturas mais elevadas do que outras gorduras.

Diferentemente das demais gorduras saturadas, os ácidos graxos de cadeia média são rapidamente absorvidos no intestino, transportados pela veia porta para o fígado, onde são rapidamente utilizados como energia. Não participam do ciclo do colesterol e não são armazenados no tecido adiposo.

Estudos demonstram benefícios na utilização do óleo de coco:

- ação antiinflamatória
- redução na circunferência abdominal
- aumento da resposta imunológica contra microorganismos como vírus, bactérias e fungos
- fonte de vitamina C e vitamina E, tendo ação antioxidante

O sabor do óleo de coco é bem característico e adocicado, entretanto, recentemente a indústria alimentícia produziu óleo sem sabor para não alterar o sabor original do alimento. É mais resistente à temperatura elevada que o azeite, podendo ser indicado principalmente em preparações em forno como assados e bolos. Lembrando que uma colher de sopa fornece em média 13g de gorduras e 117 calorias, além de possuir alta densidade calórica.

Em relação aos demais tipos de gorduras saturadas, o ácido láurico apresenta maior poder em elevar LDL-colesterol, bem como o HDL-colesterol. Apesar de estudos mostrarem redução da relação LDL: HDL, aumento do HDL-C (protetor cardíaco) e redução da circunferência abdominal em grupos que utilizam óleo de coco.

Outros estudos comprovam seu efeito hipercolesterolêmico - grupos tratados com óleo de coco apresentaram aumento significativo do LDL e triglicerídeos. Mais estudos são necessários para definir a quantidade segura a ser consumida.
Azeite de oliva
É obtido através do esmagamento e prensagem da azeitona, contém em sua composição maior quantidade (em torno de 80%) de ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9). Possui potente efeito antioxidante por ser excelente fonte de vitamina E, Vitamina A, Vitamina K, compostos fenólicos e flavonoides. Composição: 1 colher de sopa contém 14g e 126 calorias

Estudos clínicos demonstram vários efeitos benéficos na utilização do azeite:

- contribuem para redução dos triglicerídeos e aumento do HDL colesterol.
- melhora na sensibilidade e resistência a insulina.
- O uso moderado de gorduras monoinsaturadas também tem efeito positivo na redução da pressão arterial
- redução de risco cardiovascular
- excelente ação para o bom funcionamento intestinal
- prevenção do envelhecimento celular
- combate aos radicais livres
- retardo da perda da óssea
Corrida de rua - queima gordura - azeite de oliva (Foto: Getty Images)Azeite de oliva tem potente efeito antioxidante e também é fonte de vitaminas (Foto: Getty Images)
Azeite de oliva é fonte de gorduras do bem e ajuda a prevenir doenças

Os tipos de azeites:
Azeite de oliva extravirgem: É obtido da primeira prensagem a frio em temperatura ambiente.
Quanto maior a quantidade de “gorduras boas”, menor será a acidez, este azeite possui acidez máxima de 0,8%. Possui o sabor e aroma mais acentuado e maior grau de pureza, tendo a maior quantidade de antioxidantes. Não deve ser utilizado para cozinhar os alimentos, pois perde suas características de sabor e odor. Utilizar em alimentos já prontos.

Azeite de oliva virgem: Obtido da segunda ou terceira prensagem da azeitona. Possui acidez máxima de 2%. Melhor uso culinário.

Azeite de oliva refinado: Quando o azeite de oliva apresenta uma acidez muito elevada (maior que 3,3%), é submetido a um tratamento para neutralizar o excesso de acidez, sendo então classificado como Refinado e tendo acidez final de no máximo 0,3%. Já utiliza algum tipo de solvente. Perde parte dos compostos antioxidantes

Azeite de oliva: Mistura de azeite refinado e de azeite virgem ou extra virgem, não possui a mesma composição e benefícios que o extra virgem, mas é um bom azeite principalmente para cocção.

Podemos usar azeite de oliva para cozinhar?
Pode ser usado para cocção de alimentos em água como cereais (arroz), leguminosas (feijão, soja) e hortaliças (verduras e legumes). Apresenta boa resistência às alterações químicas e físicas, não ocorrendo a oxidação das moléculas de gorduras em temperaturas até 170º C, não perdendo seu efeito protetor de ácido graxo monoinsaturado. A temperatura de cocção em sistema aberto (100ºC) ou fechado (pressão a 120ºC) é insuficiente para oxidação das moléculas de ácidos graxos. Indicação de uso em preparações frias como saladas, acrescentar já na comida no prato, em refogados e ensopados. Não deve ser utilizado para fazer “frituras”.

Recomendações para preparações de alimentos: não frite; dê preferência a preparações assadas, refogadas, cozidas e "grelhadas"; utilize um pincel para "untar" panelas e alimentos para reduzir o consumo de gorduras.

Azeite de oliva é fonte de gorduras 
do bem e ajuda a prevenir doenças

Estudos demonstram que ele contribui para a redução dos triglicerídeos 
e riscos cardiovasculares e aumenta o HDL colesterol; Confira os tipos


Obtido da azeitona, fruto proveniente da Oliveira, através do esmagamento e prensagem, o azeite de oliva possui muitos benefícios para a saúde, como prevenção de doenças e até melhora da pele. Ele contém na sua composição maior quantidade (em torno de 80%) de ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9). Possui um potente efeito antioxidante por ser excelente fonte das vitamina E, A e K, e de compostos fenólicos e flavonoides.
Os azeites devem ser acondicionados em vidro escuro com proteção à luz e sem contato com o oxigênio, para não alterar o sabor e o aroma. Como todo óleo vegetal possui 9 calorias/ grama, portanto seu uso deve ser estimulado com moderação. Estudos clínicos demonstram vários efeitos benéficos na utilização de ácidos graxos monoinsaturados/azeite de oliva.
eu atleta arte azeite (Foto: eu atleta)

Confira os tipos de azeites:
Azeite de oliva extravirgem: é obtido da primeira prensagem a frio em temperatura ambiente. Quanto maior a quantidade de “gorduras boas”, menor será a acidez. Este azeite possui acidez máxima de 0,8%. Tem sabor e aroma mais acentuado e maior grau de pureza, tendo a maior quantidade de antioxidantes. Não deve ser utilizado para cozinhar os alimentos, pois perde suas características de sabor e odor. Utilizar em alimentos já prontos.
Azeite de oliva virgem: obtido da segunda ou terceira prensagem da azeitona. Possui acidez máxima de 2%. Melhor uso culinário.
Azeite de oliva refinado: Quando apresenta uma acidez muito elevada (maior que 3,3%), é submetido a um tratamento para neutralizar o excesso de acidez, sendo então classificado como Refinado e tendo acidez final de no máximo 0,3%. Já utiliza algum tipo de solvente. Perde parte dos compostos antioxidantes
Azeite de oliva: Mistura de azeite refinado e de azeite virgem ou extra virgem, não possui a mesma composição e benefícios que o extra virgem, mas é um bom azeite principalmente para cozer.
Podemos usar azeite de oliva para cozinhar?
Ele pode ser usado para cozer alimentos em água como cereais (arroz), leguminosas (feijão, soja) e hortaliças (verduras e legumes). Apresenta boa resistência às alterações químicas e físicas, não ocorrendo a oxidação das moléculas das gorduras em temperaturas até 180º C, não perdendo seu efeito protetor de ácido graxo monoinsaturado. A temperatura de cocção em sistema aberto (100ºC) ou fechado (pressão a 120ºC) é insuficiente para oxidação das moléculas de ácidos graxos.
Indicação de uso em preparações frias como saladas, acrescentar já na comida no prato, em refogados e ensopados. Não deve ser utilizado para fazer “frituras”, os mais indicados e estáveis são o óleo de soja e de canola.


*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
EuAtleta Cristiane Perroni Nutricao Especialista (Foto: EuAtleta)


CRISTIANE PERRONI
Nutricionista formada pela UFRJ e pós-graduada em obesidade e emagrecimento. Tem especialização em nutrição clínica pela UFF, especialização em nutrição esportiva pela Universidade Estácio de Sá e trabalha com consultoria e assessoria na área de nutrição.
EuAtleta Guilherme Henke óleo de côco_310 (Foto: Eu Atleta)Mudança na extração possibilita retirar os melhores benefícios do óleo de coco (Foto: Getty Images)

Óleo de coco é aliado para a perda de peso e no combate ao colesterol ruim

Questionado por especialistas pela presença de gordura saturada na composição, ele oferece novos benefícios à saúde após ter mudança no processo natural de extração


O óleo de coco ganhou popularidade em todo o mundo supostamente devido aos seus efeitos benéficos para a saúde, outros, no entanto, questionam a sua eficácia e afirmam, ainda, que ele possa fazer mal a saúde supostamente devido a presença da gordura saturada na sua composição. Mas, afinal, o que mostram os estudos científicos?
 
O óleo de coco é extraído a partir da moagem e prensa do coco in natura (Cocos Nucifera). O óleo extraído não possui aditivos e deve possuir uma acidez menor do que 0,5%. Primeiro é fundamental entender que o óleo de coco é composto por 64% de ácidos graxos ou triglicerídeos de cadeia média como: ácido láurico (47%), ácido caprílico (9%) e o ácido cáprico (7%).
 
Os triglicerídeos de cadeia média são digeridos e utilizados de forma diferente dos triglicerídeos de cadeia longa (ácido mirístico, ácido palmítico e ácido esteárico). Eles parecem não se acoplar a lipoproteínas e não circular na corrente sanguínea como outras gorduras, assim são metabolizados diretamente no fígado e convertidos em energia. Essa propriedade parece, de fato, favorecer a diminuição da insulina, colesterol ruim (LDL) e da glicemia.
 
No início, o óleo de coco foi classificado como um “ruim” por causa das altas quantidades de gordura saturada (86%). Isso fez com que produtores buscassem uma nova forma de extrai-lo. Em vez de se obter o óleo de coco a partir do refino artificial da polpa foi criado um novo processo natural de extração (prensa a frio) possibilitando uma nova era. Esse processo fez com que os valores nutricionais do coco (vitaminas, minerais e antioxidantes) fossem preservados com substâncias biologicamente ativas que normalmente eram perdidas no processo de refino do coco.
 
Existe uma vasta literatura sobre os benefícios do óleo de coco. Os triglicerídeos de cadeia média presentes na sua composição são rapidamente absorvido pelo intestino, usados como rápida fonte de energia e não participando do transporte do colesterol. O oposto parece acontecer com os óleos ricos em triglicerídeos de cadeia longa que são transportados pelo sistema linfático ou estocados como gordura.

O triglicerídeos de cadeia media são usados como fonte de energia e são excelentes na recuperação de pacientes com doenças crônicas e em crianças. De fato, os benefícios do óleo de coco são conhecidos há mais de duas décadas, seu alto poder oxidante se deve graças a alta concentração de fenóis. Essa alta concentração de fenóis torna o óleo de coco um dos mais potentes antioxidantes conhecidos capaz de reduzir a peroxidação lipídica, ou seja, pode prevenir a progressão da aterosclerose e a ocorrência de doença cardiovascular.
 
Além desses benefícios, o óleo de coco mostrou possuir efeito anti-inflamatório e antitrombótico inibindo a agregação plaquetária e a formação de trombos. Outros efeitos observados com a ingesta do óleo de coco é a redução do peso corporal, a diminuição da resistência insulínica em pacientes diabéticos, diminuição de colesterol LDL e diminuição de marcadores inflamatórios como a PCR-T.
 
Mas o óleo de coco é melhor do que outros óleos “saudáveis” como o Azeite de Oliva?

Não existem estudos na literatura que mostrem benefícios em relação a outros óleos “saudáveis”, como o azeite de oliva, que possui isoladamente efeito cardioprotetor e na diminuição do risco cardiovascular. Portanto, o uso combinado do óleo de coco e do azeite de oliva parece potencializar o efeito cardioprotetor, mas maiores estudos são necessários para comprovar essa suposição.
 
Lembre-se que uma alimentação balanceada é o segredo para uma vida longeva e saudável. Procure um nutricionista e use o óleo de coco com moderação. A dose diária recomendada é de duas colheres de sopa. Parece que ele pode sim trazer benefícios para a sua saúde devido ao seu efeito antioxidante, anti-inflamatório e antitrombótico como demonstrado acima. No entanto, maiores estudos randomizados são necessários para comprovar esses benefícios.
 
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*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
euatleta especialistas Guilherme Renke ESTE (Foto: EU ATLETA)


GUILHERME RENKE
Médico pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia INCL RJ e Endocrinologia pela IPEMED. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Membro do American College of Sports Medicine, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Membro do Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC.
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/

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