Por que o glúten faz mal para algumas pessoas e como os genes influenciam?
A doença celíaca é uma condição autoimune e que possui um forte componente genético. O início dos sintomas ocorre meses ou anos após o contato com o glúten
Glúten, retirar ou não da dieta? Atualmente muitos indivíduos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e emagrecer retiram alimentos que contenham glúten da sua alimentação diária. Mas será que é necessário? O glúten é uma glicoproteína insolúvel em água, presente nos cereais como trigo, centeio e cevada, constituindo 90% das proteínas destes cereais. A molécula é composta por duas frações: a gliadina e a gluteína.
POR QUE O GLÚTEN PODE SER PREJUDICIAL?
Presente nos pães, glúten pode ser prejudicial para pessoas celíacas (Foto: Editoria Eu Atleta)
Em alguns indivíduos o sistema imunológico reage com a fração gliadina presente no glúten. Essa reação imunológica desencadeia um processo inflamatório que causa alterações importantes na mucosa intestinal. Aproximadamente 1% das populações de origem europeia apresentam a doença celíaca e esse número tende a aumentar com os avanços diagnósticos.
A doença celíaca é uma condição autoimune e que possui um forte componente genético. O início dos sintomas ocorre meses ou anos após a introdução do glúten na alimentação e os sintomas são variados. A principal consequência é a dificuldade de absorção de nutrientes fundamentais para saúde.
A doença celíaca é uma condição autoimune e que possui um forte componente genético. O início dos sintomas ocorre meses ou anos após a introdução do glúten na alimentação e os sintomas são variados. A principal consequência é a dificuldade de absorção de nutrientes fundamentais para saúde.
A GENÉTICA POSSUI ALGUM PAPEL NESSA REAÇÃO?
A doença celíaca está fortemente associada com genes do complexo HLA de classe II. Para o desenvolvimento da doença é necessária a presença de determinados variantes dos genes HLA- DQA1 e HLA-DQB1. Esses variantes irão codificar receptores do sistema imune HLA-DQ2 e DQ8 e são esses receptores que irão reconhecer o glúten e sinalizar que o organismo precisa ativar o processo inflamatório.
NA AUSÊNCIA DESSAS MOLÉCULAS, A DOENÇA CELÍACA NÃO OCORRE?
Não, para o indivíduo ser celíaco ele deve ter presente na superfície de algumas células do sistema imune o HLA-DQ2 e/ou DQ8. Essas moléculas são encontradas em aproximadamente 40% da população de origem europeia. Mas a presença dessas moléculas não é suficiente para o desenvolvimento da doença celíaca e outros fatores genéticos e ambientais também são importantes.
A retirada do glúten da dieta dos indivíduos com doença celíaca é necessária e não uma opção e é o único tratamento disponível para a doença. As pessoas que não possuem esse tipo de alteração e não apresentam fatores genéticos que influenciem na reação inflamatória ao glúten, possuem a opção e podem adotar a dieta que seja mais adequada para o seu bem-estar geral. Os atletas celíacos devem realizar uma acompanhamento nutricional adequado para que não falte nenhum nutriente importante para a sua performance.
Referência: Vida saudável sem glúten. Ed Batel, 2015.
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2015/06/retirar-o-gluten-da-dieta-emagrece-genes-influenciam-doenca-celiaca.html
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