Alguns acreditam que nosso amor pelo pão se explica pelo fato de o carboidrato ser transformado em maltose já na boca (Foto: Divulgação)
Por que amamos tanto os carboidratos?
Você já parou para pensar por que é mais prazeroso comer uma pizza do que um prato de salada? A ciência explica
Dietas pobres em carboidratos são, geralmente, consideradas as mais difíceis de seguir. Mas por que será que amamos tanto pizza, macarrão e pão? Nosso paladar é capaz identificar cinco sabores: doce, salgado, azedo, amargo e umani. Uma ideia comum para explicar nosso amor por carbos é que os desejos pelo macronutriente surgem a partir do açúcar. Na digestão, que começa na boca, o amido é quebrado em maltose, o que leva muitos a pensar que nosso amor pelos carboidratos está inteiramente ligado ao doce.
Uma pesquisa da Universidade Deakin, na Austrália, desafia essa ideia e afirma que as pessoas com paladar mais sensível são mais propopensas a comer mais carboidratos ."Nós analisamos especificamente as medidas da cintura, pois são uma boa medida para saber o risco de doenças relacionadas à dieta", diz a pesquisadora Julia Low. "Aqueles que eram sensíveis ao gosto de carboidratos comiam mais desses alimentos e tinham uma cintura maior". Essa conclusão se deu por meio da descoberta de que nossa boca consegue detectar dois carboidratos presentes no pão, no macarrão e no arroz. O sabor é considerado tão bom e único, que faz as pessoas quererem consumir mais e mais dos alimentos ricos no macronutriente.
Na prática, soluções líquidas com diferentes níveis de carboidrato foram introduzidas para o que os participantes avaliassem os sabores. A escolha dessas soluções, ao invés da comida, foi feita para desmistificar a crença de que o paladar identifica os carboidratos como açúcar. Após os testes, os participantes conseguiram identificar o gosto de alimentos específicos, como a farinha, provando que o gosto de açúcar pode não estar relacionado ao fato de gostarmos de consumir carboidratos.
Além disso, a pesquisa apontou que podemos identificar sabores muito além dos cinco mais conhecidos. Porém, de acordo com cientistas da Universidade de Óregon, nos Estados Unidos, a ausência de receptores propícios na língua ainda desafia essa conclusão.
Comentários
Postar um comentário