“Na maioria das vezes, os alimentos são reaproveitados em preparações quentes como sopas, batata frita feita com a própria casca ou purês, mas também pode-se usar a casca para sucos, ou até mesmo para limpeza doméstica”, diz a chef Larissa Suéte (Foto: Thinkstock)
5 dicas para reaproveitar cascas de alimentos
As sobras de alimentos podem ser utilizadas em sopas, caldos, geleias ou até na compostagem
Reaproveitar alimentos é uma forma de ser mais sustentável. Além de diversas receitas, também é possível fazer produtos de limpeza e melhorar o solo com as sobras que usamos na cozinha. Confira 5 dicas para economizarmos e ainda ajudar o meio ambiente!
1. Tudo pode ser reaproveitado
A não ser que o alimento esteja com mofo ou já tenha apodrecido, é possível ser reutilizado. Nesses dois casos o alimento está contaminado, então deve ser descartado. Uma dica é fazer as compras dos vegetais em uma quantidade que logo será utilizada, dessa forma, não dará a chance para eles apodrecerem.
2. Receitas
Segundo a chef Larissa Suéte, não existe uma receita ideal em si. “Na maioria das vezes, os alimentos são reaproveitados em preparações quentes como sopas, batata frita feita com a própria casca ou purês, mas também pode-se usar a casca para sucos, ou até mesmo para limpeza doméstica”, afirma Larissa. Veja algumas receitas enviadas pela especialista:
Caldo de legumes
Sabe quando se usa o alho-poró, cheiro verde, coentro, salsão, cenoura, cebola e tudo é cortado? Fica sempre aquelas pontinhas que são jogadas fora. Essas pontinhas podem ser levadas a uma panela de pressão, com mais ou menos 2 litros de água, depois de refogar esse resto de alimento no azeite. Deixe cozinhar por 40 minutos aproximadamente, e depois coe em uma peneira para reservar. Esta preparação serve de base para muitas sopas, ou até mesmo preparações simples como molhos. Ele vai enriquecer seu prato, este nada mais é do que o caldo de legumes caseiro. Pode ser congelado para maior durabilidade por até 30 dias.
Bife de casca de banana
Guarde em média cinco cascas de bananas maduras e corte-as na vertical, de modo que fiquem parecidas com bife. Tempere com alho e sal, passe no ovo e na farinha de trigo e depois frite. Sirva quente.
Geleia de casca de fruta
Cascas de maracujá e melancia são os ingredientes ideais para compor uma geleia de frutas.
3. Vitaminas
As cascas e talos de alimentos são fontes de diversas vitaminas, como o abacaxi, por exemplo. A sobra de casca da fruta pode ser usada para fazer suco, mas deve ser consumido logo após o preparo para não oxidar e perder suas propriedades. “As cascas do mamão e da cenoura, são ricas em betacaroteno, que diminuem o risco de doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer”, diz Larissa. Outro exemplo é a casca de berinjela, que é rica em potássio, fibras e magnésio, além de servir muito bem em farofas. “Pique em pedacinhos bem pequenos, depois refogue com alho e cebola. Tempere com sal a gosto, junte a farinha de sua preferência e está pronto”, continua a chef.
4. Compostagem
A compostagem é uma das melhores formas de reaproveitar os alimentos. Ela é o conjunto de técnicas aplicadas para estimular a decomposição de materiais orgânicos a fim de deixar o solo mais estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais. Para isso, guarde todos esses resíduos de alimentos e adicione à terra. Confira o passo a passo aqui.
Para fritar as batatas não é necessário descascá-las. Porém, se achar melhor, também é possível reutilizar as cascas. Para isso, guarde-as, corte-as em formato de palitos, frite e experimente um novo tipo de batata frita!
8 receitas que aproveitam cascas de alimentos
Não dispense as cascas de frutas e legumes, usando-as nas receitas abaixo
A casca de frutas e legumes muitas vezes vão parar no lixo. Mas é preciso lembrar que elas são supernutritivas e, muitas vezes, ricas em fibras. As carcaças da laranja e do limão, por exemplo, guardam os benefícios dos óleos essenciais. Por isso, da próxima vez que for retirar a parte de fora de qualquer alimento, lembre-se de usá-la nas receitas abaixo.
Dica importante: não se esqueça de lavar bem os produtos e opte sempre por orgânicos. Clique na foto ou no título de cada item para conferir as receitas completas.
1. Frango na abóbora
A receita de Gislaine Oliveira dispensa refratários e usa a abóbora como recipiente para servir o frango. Dessa forma, o alimento é apresentado inteiro, fazendo parte da decoração da mesa.
1. Arroz-doce aromatizado com laranja e limão
Essa receita de arroz-doce usa as cascas das frutas cítricas para aromatizar o conjunto. Diretamente do livro "Brasil à mesa", de Heloisa Bacellar, ela vai adoçar os domingos em família.
2. Feijoadinha de abóbora japonesa e camarões
Também chamada de cabotiá, a abóbora japonesa quando cozida é cremosa por dentro e crocante por fora, devido à sua casca dura e rugosa. Na hora de comprá-la no mercado, as que apresentam o exterior sem brilho são as mais maduras. Inove nos preparos e aproveite do sabor do legume na receita de feijoada com camarão da Roberta Ciasca, do Oui Oui.
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3. Quentão sem álcool
Apesar de estar associado às festas juninas, os quentões são ótimas bebidas para aquecer e animar noites geladas. O preparo sem álcool da Ghee Banqueteria agrada toda a família e leva cascas de frutas.
4. Cuca de maçã com doce de banana e granola
Muitas vezes, doces e sobremesas que levam maçã eliminam a casca devido a sua textura. A receita sugerida pela marca Tia Sônia, só pede a remoção do miolo, aproveitando a fruta ao máximo.
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5. Expresso batido com laranja Bahia e um toque de limão-siciliano
A casca de limão é o que levanta o sabor do drink sem álcool do barman Vinícius Dias, da Praça São Lourenço, trazendo frescor e boas energias.
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7. Asinha de frango no caldo de casca de batata
É muito comum cozinhar a batata com casca, uma vez que ela fica molinha e fácil de digerir, sem sabor forte. Na receita de Alberto Landgraf, do Epice, a parte de fora do tubérculo é o que mais chama atenção.
Vida sem lixo: saiba como fazer uma composteira em casa
A blogueira e escritora Cristal Muniz ensina como produzir adubo a partir de restos de comida, cascas e raízes em uma composteira doméstica
O processo de compostagem deve levar de um a dois meses (Foto: HomeOGarden/ Reprodução)
Você já notou a quantidade de lixo gerado na sua cozinha? Restos de comida, embalagens, cascas, raízes e mais uma série de outros compostos acumulam-se em nossas casas até serem descartados. Cristal Muniz, blogueira e autora do livro “Uma Vida Sem Lixo”, ensina o passo a passo para transformar o seu lixo orgânico em adubo usando uma composteira caseira.
Para começar, você vai precisar de caixotes especiais para a compostagem cheios de terra. Caso você tenha um espaço no seu jardim, você pode colocar divisórias de madeira, arame ou troncos nas laterais, cercando a área em contato com a terra.
Cristal Muniz ensina como produzir adubo na sua própria casa (Foto: Felipe Machado e Júlia Giusti/ Divulgação)
1. Faça um buraco na terra, com cerca de 50 centímetros de largura e 30 centímetros de profundidade. Você pode fazer dois buracos ou apenas um com o dobro do tamanho caso tenha muito lixo para depositar. Se você morar em apartamento, é possível comprar caixas plásticas próprias para a montagem de composteiras.
2. Coloque os compostos orgânicos até encher o buraco e cubra com folhas secas ou serragem. Esse passo é importante para evitar um cheiro ruim.
3. Caso o local fique muito exposto ao sol e ao calor, é necessário regar periodicamente para que a mistura não esquente e seque. A umidade faz com que a decomposição aconteça mais rápido.
4. A cada 15 dias, misture a terra com os compostos orgânicos para aerar o local e facilitar o processo.
5. O seu adubo ficará pronto quanto os compostos se transformarem em uma terra escura e úmida.
Composteira com minhocas
É uma forma de compostagem prática e rápida, podendo ser utilizada em casas e apartamentos. Existem as versões já prontas, mas é possível fazê-la com caixas ou baldes de plástico.
As composteiras podem ter vários tamanhos, permitindo com que você escolha a mais apropriada para a sua casa (Foto: E-cycle/ Reprodução)
O passo a passo é o mesmo, só que dessa vez, as minhocas ficarão dispostas pela terra. Porém, nesse caso, é necessário três andares para compostagem, de forma que os recipientes fiquem um em cima do outro, conectados por furos.
O topo e o meio servem para depósito do lixo orgânico, de forma que deve-se iniciar o processo no primeiro recipiente. Faça um buraco e coloque o material dentro, cobrindo-o com serragem e folhas secas. Depois de cheio, essa parte deve ficar em repouso.
Durante o repouso, recomece o depósito do lixo orgânico no segundo andar, que deve ser trocado de lugar com o primeiro. O andar de baixo serve para recolher o líquido que escorre dos materiais orgânicos e da terra. Ao todo, são necessários dois meses para chegar no adubo.
Cuidados necessários
Além de seguir o passo a passo, é necessário prestar atenção na umidificação, que não deve exceder para que não apareçam moscas no local. Cobrir os compostos orgânicos com serragem e com material seco também é imprescindível para evitar o mau cheiro. Ao depositar o material no solo, é importante ir colocando os resíduos aos poucos, sem comprimir ou apertar. O ideal é que você demore um mês para completar o local, antes que ele vá para o repouso.
Para “colher” o adubo, ilumine a superfície do recipiente para que as minhocas fujam para a parte inferior da caixa. Com cuidado, retire o adubo atentamente, para não levar os animais junto. O líquido produzido na última caixa serve como biofertilizante, podendo ser diluído na água e utilizado para regar as plantas.
Compostagem: 9 coisas que você precisa saber
Pronto para fazer adubo em casa? Não até saber o que pode causar mau cheiro ou dificultar a compostagem
A compostagem pode ser uma boa alternativa ao desperdício de comida (Foto: HomeOGarden/ Reprodução)
De todo o lixo produzido na sua casa, você já parou para pensar o que poderia ser reaproveitado? Restos de comida, folhagens, cascas e raízes podem render um belo adubo através da compostagem, com quase nenhum gasto. Mas se você está pensando em adotar a técnica, é melhor estar atento aos 9 tópicos a seguir, que quase todo mundo esquece de mencionar quando falamos em compostagem.
1. Pode levar até dois anos
Seu vizinho pode até se gabar de ter produzido um composto perfeito em apenas três meses, enquanto você não tem nada além de algumas folhas amareladas, mas não há motivo para desespero! Pode levar até dois anos para que seu composto ganhe a característica aparência escura. Para acelerar o processo você pode ficar atento ao mix de matéria orgânica, água, oxigênio e boas bactérias; cortar os materiais maiores e misturar frequentemente o composto.
2. Água na medida
Na compostagem, assim como ao cuidar de uma nova plantinha, é natural que as pessoas exagerem na quantidade de água. Cristal Muniz, blogueira e autora do livro “Uma Vida Sem Lixo”, alerta que a umidificação não deve ser excedida, até para que não apareçam moscas no local. Use apenas a água suficiente para que a pilha não pareça seca.
Restos de comida inadequados para compostagem podem atrair ratos (Foto: Stock Photos)
3. Algodão também é matéria orgânica
Segundo o Gardenista, se suas roupas e toalhas de banho forem feitas de fibras naturais como o algodão, o tecido que se acumula no filtro da máquina de lavar ou da secadora pode ir direto para a pilha de compostagem.
4. Os ratos podem querer viver no seu composto
Considere a presença de ratos um sinal de que algo está errado em sua mistura. Geralmente, eles são atraídos por restos de comida inadequados para a compostagem, como pão, pedaços de pizza, carne ou queijo. Além disso, pegue um caixote que feche firmemente - por todos os lados, incluindo o fundo.
Os produtos de origem animal merecem atenção em sua compostagem (Foto: Iara Venanzi/Editora Globo)
5. Não composte óleo de cozinha ou carne
Além de atrair roedores, esse tipo de desperdício de comida pode mexer com seu composto. O óleo de cozinha, por exemplo, pode arruinar o equilíbrio de umidade. Já os produtos de origem animal podem introduzir o tipo errado de bactéria (anaeróbica): elas não produzem calor suficiente para quebrar o material orgânico e ainda podem causar odores desagradáveis.
6. O composto nunca deve cheirar mal
Se sua pilha de compostagem cheira mal, ela está tentando lhe dizer que precisa de mais oxigênio. A solução pode ser tão simples quanto arejá-lo, misturando-o com um forcado, ou adicionar mais papel ou madeira à pilha. Se você sentir o cheiro de ovos podres, isso significa que a pilha está produzindo sulfeto de hidrogênio: vire-o bem para que as camadas inferiores fiquem expostas a maior circulação de ar.
7. Não se preocupe com a temperatura
Apesar de a temperatura ideal para que o composto seja “cozinhado” rapidamente se aproximar dos 48 graus, isso não significa que você precise de tamanho calor. Com paciência, os materiais orgânicos acabarão se decompondo independente da temperatura.
Depois de pronto, o adubo produzido em casa pode ser colocado no seu jardim, na sua horta e até distribuído entre suas amigas (Foto: Casa e Jardim)
8. A compostagem vence os pesticidas
Outra preocupação desnecessária é que a grama ou os materiais vegetais tratados com pesticidas não possam fazer parte do seu composto. Isto é mito, porque o processo de compostagem tratará de decompor também essas substâncias químicas.
9. Dois é bom
A bióloga Patricia Blauth, uma das idealizadoras do "Menos Lixo", consultoria que assessora escolas e empresas que buscam alternativas para minimizar o desperdício, recomenda que você tenha pelo menos duas composteiras em casa. Assim, quando uma estiver cheia, você pode ir começando a outra. Provavelmente, quando a segunda lotar, o primeiro composto já estará pronto. Não estranhe, pois o volume tende a diminuir pela metade!
Fonte:https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/noticia/2019/01/compostagem-9-coisas-que-voce-precisa-saber.html
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