A importância da rotulagem nutricional para lidar com a restrição alimentar
Atualizado: 29 de jul. de 2021
Antes de mais nada, precisamos compreender o que é restrição alimentar.
Diferente do que muita gente pensa, a restrição alimentar possui vários tipos, e nem todos são decorrentes de doenças. Restrição alimentar é quando há a exclusão de determinados tipos de alimentos por completo da sua dieta, o que pode ser por opção, no caso das pessoas vegetarianas e veganas, ou por conta de alergias ou intolerâncias a determinados alimentos.
É importante lembrar que a intolerância e a alergia alimentar são assuntos diferentes, sendo que o primeiro está associado à incapacidade do organismo de uma pessoa em digerir determinado nutriente, mas que não está relacionado com o sistema imune. Já a alergia alimentar é uma reação adversa que o sistema imunológico da pessoa desencadeia, onde o nutriente é reconhecido como um fator agressivo ao organismo.
Principais tipos
Agora que já entendemos o que é a restrição alimentar, a seguir temos uma lista de exemplos para deixar ainda mais claro.
Lactose e caseína: a lactose é um açúcar encontrado no leite e seus derivados, sendo que algumas pessoas não conseguem digeri-lo por conta da falta da enzima lactase. Além do mais, é possível encontrar pessoas semi-tolerantes, as quais conseguem digerir pequenas quantidades de lactose, e pessoas intolerantes, as quais não conseguem digerir nem mesmo pequenas quantidades. Mas também é importante lembrar da caseína, a qual é a principal proteína do leite e que pode desencadear um processo alérgico em algumas pessoas.
Glúten: é um composto de proteínas encontrado em vários alimentos, como o trigo, a cevada, o centeio, o malte e outros cereais. Existem algumas pessoas que possuem restrição ao glúten, podendo ter a doença celíaca, que é caracterizada como uma reação contra o próprio intestino delgado quando se faz a ingestão desse nutriente. Logo, essa reação leva a diminuição da capacidade de absorção dos demais nutrientes pelo organismo, o que pode gerar má nutrição, fadiga e anemia. É importante lembrar que pessoas celíacas são bastantes sensíveis ao glúten, onde pequenas quantidades ingeridas já podem causar problemas.
Açúcar: por conta do grande número de diabéticos, o açúcar é uma das restrições alimentares mais comuns atualmente.
Soja: a proteína da soja é responsável por causar alergia alimentar em algumas pessoas, sendo que ocorre, principalmente, em bebês e crianças.
Ovos: as proteínas encontradas na clara do ovo podem desencadear um processo alérgico em certas pessoas.
Frutos do mar: os crustáceos, peixes e mariscos também podem desencadear uma resposta alérgica.
A rotulagem na prática
Em 2016, a Nielsen realizou uma pesquisa, a qual mostrou que 48% dos brasileiros disseram ter algum tipo de alergia ou intolerância alimentar. Pelo fato de ainda não existir uma cura para esse tipo de condição, essas pessoas precisam de produtos específicos, os quais não possuem, em sua composição, os componentes determinados que causam a reação adversa. Logo, esses consumidores precisam redobrar a atenção durante a compra de qualquer alimento industrializado e nos que foram embalados sem a sua presença. Desta forma, as informações presentes nos rótulos dos alimentos são de extrema importância para que o consumidor faça suas escolhas satisfazendo seus interesses pessoais e evitando qualquer tipo de reação adversa ao produto.
Além disso, podemos perceber que também há uma preocupação de terceiros ao comprar produtos para essas pessoas, sendo que, em muitos casos, certos tipos de alimentos são deixados de lado para prevenir futuras reações alérgicas. A partir disso, é notório que essas pessoas são mais propensas a comprar produtos de certas marcas ou em certos estabelecimentos que fornecem informações claras e precisas em suas embalagens, proporcionando maior segurança ao consumidor.
Será que você já deixou de vender seu produto pela falta da rotulagem nutricional?
A falta de clareza nos rótulos, incompletude e ausência da rotulagem nutricional detalhada são os principais fatores que atrapalham na hora da compra dos alimentos dos consumidores que possuem algum tipo de restrição alimentar. Como as informações detalhadas sobre a composição dos produtos é um fator necessário, os indivíduos acabam deixando de comprar por se sentirem inseguros e para não correrem o risco.
Logo, a rotulagem é o principal meio de comunicação pelo qual os produtores conseguem informar aos seus consumidores sobre o que eles estão consumindo. Dessa forma, a rotulagem nutricional não é apenas um serviço, mas também está relacionada com a credibilidade da empresa, transparência com seus clientes e segurança pela saúde dos seus consumidores. É importante ressaltar que ela está regulamentada pela Anvisa com a RDC/03 (já temos um post aqui no blog explicando detalhadamente o que ela diz e quais alimentos estão inclusos).
Portanto, se você ainda não possui a rotulagem e quer se adequar a lei e ser transparente com seus clientes, entre em contato conosco que podemos resolver seu problema!
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Referências:
https://www.nielsen.com/wp-content/uploads/sites/3/2019/04/EstudoGlobal_NossaComidaEMente.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n3/10.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/71983/2/24633.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/rdc0360_23_12_2003.html
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/32522/32522.PDF
Imagem do google
Fonte:https://www.terapeuticajr.com/post/a-import%C3%A2ncia-da-rotulagem-nutricional-para-lidar-com-a-restri%C3%A7%C3%A3o-alimentar
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