Conheça a intolerância ao glúten
Atualizado às 14h42 de 13/11/2019
O glúten é uma proteína encontrada em alimentos como o trigo, a aveia, o centeio, a cevada e o malte, que é um subproduto da cevada. Qualquer receita ou produto alimentar que apresenta em sua composição estes itens, irão possuir o glúten, mesmo que, em quantidades pequenas. Para algumas pessoas, a ingestão de glúten provoca danos na parede do intestino delgado, o que leva a prejuízos para a saúde.
Essa doença é chamada de doença celíaca. A doença celíaca é uma desordem do sistema, que provoca danos na mucosa do intestino delgado. Estes danos dificultam a absorção de nutrientes, principalmente gordura, cálcio, ferro e ácido fólico.
O que causa a doença celíaca?
Acredita-se que a doença celíaca seja desenvolvida por pessoas geneticamente suscetíveis. Nessas pessoas, por exemplo, algum tipo de infecção viral ou por bactérias pode dar início à doença. Também, indivíduos com parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) possuem risco maior de tornarem-se celíacos.
Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas são: diarreia, gases, vômito, perda de peso, fome intensa, fraqueza, fadiga, ausência de menstruação, infertilidade, irritação e até mesmo depressão. Devido à má absorção de nutrientes, algumas conseqüências podem surgir em celíacos, entre elas: osteoporose; anemia; infertilidade; defeitos no nascimento; deficiência no crescimento em crianças.
Todas as pessoas apresentam os sintomas?
Nem todas as pessoas apresentam sintomas. Estima-se que 50 a 60% dos celíacos têm pouco ou nenhum sintoma. A doença pode ser descoberta após intervenção cirúrgica gastrointestinal, estresse, gravidez, infecção viral ou bacteriana.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da doença celíaca é feito através de testes de anticorpos sanguíneos, biópsia do intestino, seguida de uma dieta livre de glúten para analisar os sintomas e observar se há melhora nas vilosidades do intestino. De acordo com os resultados, principalmente da biopsia, é confirmada a presença da doença celíaca.
Tratamento da doença celíaca
A doença celíaca é crônica e, quando confirmada, uma alimentação sem glúten deve ser seguida por toda a vida. Após duas semanas de dieta é possível observar a melhora através da diminuição dos sintomas.
Além da alimentação livre de glúten, inicialmente, é indicada a eliminação de leite e seus derivados até o intestino voltar ao normal. Com o passar do tempo, os leite e seus derivados serão gradativamente reintroduzidos, conforme a tolerância individual a esses alimentos.
Alimentos proibidos e que devem ser eliminados da alimentação:
- Trigo; aveia; centeio; cevada.
Qualquer produto industrializado, inclusive bebidas, e receitas que contenham esses alimentos não podem ser ingeridos, mesmo que seja em quantidades muito pequenas. Assim, é preciso observar que carnes e legumes empanados não devem ser consumidos.
Até mesmo, o óleo de fritura onde foram imersos alimentos contendo, por exemplo, farinha de trigo, deve ser descartado. Deve-se até evitar compartilhar pratos onde foi servida alguma preparação contendo os alimentos proibidos.
A farinha de rosca, por vezes, não é vista como um alimento que contém glúten. Como ela produzida a partir do pão e este contém farinha de trigo, consequentemente, a farinha de rosca contém glúten.
Nos restaurantes e festas de amigos, é necessário pedir informações para certificar que o alimento está isento de glúten. É importante explicar para as pessoas próximas a necessidade de não ingerir os alimentos proibidos para que haja a compreensão de todos que convivem com a pessoa intolerante a glúten.
O cuidado deve ser tanto que não pode polvilhar fôrmas com as farinhas feitas dos alimentos proibidos. Se há alguma dúvida ou suspeita da presença de glúten no alimento, ele não deve ser ingerido.
Alimentos permitidos:
- Arroz e creme de arroz;
- Milho: farinha de milho, fubá, amido de milho ou maisena, flocos de milho, canjica, pipoca;
- Batata: fécula de batata;
- Mandioca: farinha de mandioca, polvilho doce, polvilho azedo;
- As bebidas alcoólicas permitidas são o vinho, aguardente, espumante ou champanhe e saquê.
É possível encontrar diversas receitas que substituem a farinha de trigo pela farinha feita a partir dos alimentos permitidos como, por exemplo, a utilização de amido de milho.
Advertência: Não contém glúten
Em 2004, entrou em vigor, no Brasil, a lei que obriga todos os alimentos industrializados a advertir sobre a presença ou não de glúten, através da indicação Contém Glúten ou Não contém Glúten, conforme o caso.
É muito importante que quem possui intolerância ao glúten, utilize essa ferramenta e sempre busque no rótulo do alimento a informação sobre a presença ou não de glúten. Se não houver nenhuma descrição, não consuma o alimento.
Fonte:https://www.unimedvtrp.com.br/conheca-a-intolerancia-ao-gluten/
Intolerância ao glúten: o que a pessoa pode comer?
Nos últimos anos, excluir o glúten da dieta parece que virou moda. Muita gente resolveu adaptar a dieta com alimentos sem glúten. Isso sem ao menos fazer um exame para saber se, de fato, precisaria ajustar o cardápio por ter intolerância ao glúten. Nas redes sociais, famosos cortaram o glúten das refeições e surgiram várias dietas restritivas prometendo enxugar os quilinhos extras.
Mas afinal, o que é o glúten? Preciso aboli-lo da minha dieta? Retirá-lo da alimentação emagrece? Só os celíacos precisam fazer essa restrição? Neste artigo, vamos esclarecer então as principais dúvidas sobre o glúten e verificar se você realmente precisa excluí-lo da sua dieta.
Intolerância ao glúten: afinal, o que é?
O glúten é uma importante proteína (ou melhor, a junção de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina) encontrada em muitos cereais, como a cevada, o trigo e o centeio. Ele está no pão, no bolo, no macarrão, na pizza. Tem a função de deixar a massa mais elástica para ser trabalhada e, ao mesmo tempo, resistente e macia.
Por exemplo: quando o padeiro sova a massa, ele está criando uma espécie de “conjunto de conexões” de glúten, formando uma rede protetora que não deixa o gás carbônico escapar. É esse gás, que fica no interior da massa, que faz o pão crescer para dar mais resistência e não arrebentar depois. Outra importante função do glúten é auxiliar no crescimento do alimento e dar uma textura mais macia e fácil de mastigar.
Glúten faz mal?
Para aqueles que têm a doença celíaca (doença auto-imune) e para quem tem sensibilidade ao glúten não celíaca, sim. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1% da população mundial tem a doença celíaca. No Brasil, no entanto, não há estatísticas que definem ao certo o número de pessoas com a doença.
O que é doença celíaca?
Quem tem a doença celíaca, ou seja, quem tem intolerância ao glúten não pode consumir alimentos com essa proteína. Em linhas gerais, a doença celíaca é uma doença autoimune. Em outras palavras, o sistema imunológico do corpo ataca as células saudáveis.
É uma intolerância hereditária ao glúten, proteína que causa alterações no revestimento do intestino delgado, resultando na diminuição da absorção dos alimentos. Geralmente, esse revestimento se inflama após o consumo de alimentos com glúten.
Alguns dos principais sintomas de quem tem a doença celíaca são: diminuição de absorção de nutrientes, diarreia crônica, prisão de ventre, desconforto abdominal, anemia e sensação de barriga inchada. O diagnóstico da doença não é tão simples, mas pode incluir exame de sangue (para analisar a presença de anticorpos específicos do problema) e biópsia do intestino delgado.
Alimentos permitidos para quem tem intolerância ao glúten
A seguir, listamos alguns alimentos que podem e devem fazer parte da dieta para quem tem intolerância ao glúten:
- grãos e farinhas: lentilha, ervilha, grão de bico, arroz, milho, feijão, quinoa, edamame;
- tubérculos: batata, batata doce, mandioca, polvilho doce e azedo, goma de tapioca, sagu, inhame, por exemplo;
- pães e massas: qualquer pão e massa isenta de glúten, biscoito de polvilho, biscoitos de soja, tapioca;
- bebidas: água de coco, café, suco de fruta;
- leite e derivados: iogurtes, queijos, leite, leites vegetais (coco, arroz, soja, castanhas);
- condimentos: cebola, alho, tomate, pimentão, salsa, alecrim, orégano, manjericão, tomilho, pimenta em grão;
- carnes: carnes de boi, frango, porco, cordeiro, peixe, ovos;
- doces: chocolate amargo (acima de 70% de cacau), geleia de frutas sem açúcar, alfarroba;
- frutas: todas são permitidas. Alguns exemplos: banana, abacaxi, maça, coco, laranja, limão, morango, uva, manga, melão, melancia, etc.;
- legumes e verduras: todas são permitidas. Alguns exemplos: cenoura, chuchu, beterraba, espinafre, couve, alho poró, abóbora, vagem, etc.;
- sementes e oleaginosas: castanhas, amendoim, nozes, avelã, gergelim, linhaça, chia, semente de abóbora, semente de gergelim, pistache;
- gorduras: azeite de oliva.
Alimentos proibidos para quem é intolerante ao glúten
Já que citamos os alimentos permitidos, fizemos uma breve lista dos alimentos proibidos para quem tem intolerância a glúten. Confira os principais: trigo, centeio, cevada, aveia (por contaminação cruzada), farinha de rosca, trigo de kibe, farofa industrializada, pão francês, pão integral, pão doce, tortas, empadão, salgadinhos, pizza e massas à base de trigo, cerveja, whisky, achocolatados que contém malte, iogurtes que contêm aveia, molho shoyo, empanados, bife à milanesa, nuggets, bolos, tortas, doces de festa, torta alemã, amendoim japonês.
A dica de ouro é: sempre que for comprar um produto industrializado, sempre leia o rótulo. Para saber se aquele produto não vai lhe causar nenhum desconforto, busque pela frase “NÃO CONTÉM GLÚTEN”.
ESCRITO POR: LIV UP | NUTRIÇÃO • CRN-3 51454
Fonte:https://blog.livup.com.br/o-que-um-intolerante-ao-gluten-pode-comer/
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