O QUE É INTOLERÂNCIA À LACTOSE?
Você sabia que o leite e os seus
derivados contêm um açúcar chamado lactose? Para digerir a lactose, o corpo
quebra esse açúcar em componentes mais simples com a ajuda de uma enzima
digestiva – a lactase.
A maioria dos mamíferos deixa de
produzir a lactase à medida que envelhece. Sem lactase suficiente para digerir
toda a lactose consumida, uma pessoa passa a ter problemas digestivos como dor
abdominal e diarreia quando consome alimentos lácteos. Esses sintomas fazem
parte de um quadro conhecido como intolerância à lactose. Existem tipos
diferentes de intolerância.
Tipos de intolerância à lactose
Bebês geralmente podem digerir bem a
lactose do leite. A forma mais grave desta condição – conhecida como
intolerância congênita – ocorre quando a criança não produz lactase desde o dia
do seu nascimento, o que é muito raro.
A intolerância primária à lactose que
ocorre a partir da adolescência, é a forma mais comum. Ocorre à medida que
envelhecemos e o nosso corpo passa, naturalmente, a produzir quantidades cada
vez menores de lactase.
A intolerância à lactose também pode
ocorrer devido doenças gastrointestinais como a gastroenterite ou infecção
intestinal. É a chamada intolerância secundária e ocorre quando as vilosidades
intestinais, responsáveis pela produção de lactase são danificadas. Nesse caso,
a intolerância tende a desaparecer à medida que o revestimento do intestino se
cura.
Quais populações são afetadas pela
intolerância à lactose?
A intolerância à lactose é em grande
parte determinada geneticamente – alguns grupos genéticos produzem menos
lactase do que a média da população mundial. A intolerância à lactose é muito
rara entre a população caucasiana originária do norte europeu. No entanto, é
comum que pessoas de origem asiática, africana, árabe e mediterrânea
desenvolvam a intolerância secundária à lactose após atingirem a adolescência.
No Brasil, um terço da população com
mais de 16 anos, cerca de 53 milhões de pessoas, apresenta algum desconforto
digestivo após consumir produtos derivados do leite.
Quais são os sintomas da intolerância à
lactose?
Os sintomas são tipicamente abdominais
e incluem:
•
Inchaço abdominal;
•
Dor abdominal;
•
Diarreia;
•
Formação de gases;
•
Náuseas.
Os sintomas ocorrem entre 30 minutos a
2 horas após o consumo de leite ou produtos lácteos. Além disso, variam muito
de pessoa para pessoa e podem ser leves ou graves de acordo com a quantidade de
derivados de leite que uma pessoa comeu ou bebeu, e com a quantidade de lactose
que uma pessoa pode tolerar.
Como a intolerância à lactose afeta a
saúde?
Além de causar sintomas desagradáveis,
a intolerância à lactose pode afetar a saúde das pessoas uma vez que o leite e
os produtos lácteos são ricos em minerais, vitaminas e lipídios fundamentais
para o perfeito funcionamento do organismo.
O cálcio contido nos produtos lácteos é
essencial em todas as idades, constituindo um nutriente importante para o
crescimento e manutenção de ossos saudáveis.
As proteínas do leite são essenciais
para reparação dos tecidos, síntese de enzimas e hormônios e para o
fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, as proteínas do leite
desempenham papéis importantes na construção e na manutenção da estrutura
muscular
Dicas para intolerantes à lactose
A maioria das pessoas com intolerância
à lactose pode tolerar pequenas quantidades de lactose, como um copo de leite,
que contém de 8 a 10 gramas de lactose. Além disso, algumas dicas podem ser
úteis se você possui a intolerância:
•
Se você é intolerante à lactose, mas tolera uma certa quantidade de lactose,
não precisa cortar o leite e os demais produtos lácteos da sua dieta,
•
Queijos como o brick, brie, emental e o gorgonzola possuem pouca quantidade de
lactose e, normalmente, são bem tolerados por pessoas com a intolerância,
http://sban.cloudpainel.com.br/source/Consumo-de-Leite-e-de-Produtos-LActeos-e-IntolerAncia-A-Lactose.pdf
•
Da mesma forma, a manteiga clarificada contém pouca lactose e é segura para a
maioria das pessoas intolerantes;
•
Os indivíduos intolerantes podem tolerar o iogurte melhor do que o leite devido
à conversão parcial da lactose em glicose e galactose pela fermentação
bacteriana;
•
Os queijos frescos, como o queijo cottage e a ricotta, também têm níveis baixos
de lactose;
•
Evite consumir bebidas lácteas com pouca gordura – bebidas com baixo teor de
gordura percorrem o intestino rapidamente e tendem a agravar os sintomas da
intolerância à lactose. Produtos lácteos com baixo teor de gordura podem conter
leite em pó desnatado, o que proporciona uma dose maior de lactose;
•
Combine alimentos que contenham lactose com outros alimentos, ao invés de comer
uma grande quantidade de produtos lácteos ao mesmo tempo;
•
Você pode acrescentar produtos à base de soja ao seu cardápio diário, uma vez
que eles são livres de lactose.
E você? É intolerante à lactose? Quer ficar por dentro do assunto? Continue acompanhando o nosso blog!
Saiba mais sobre a intolerância à lactose e como evitar os sintomas
Intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo, que pode ser controlada com dieta e medicamentes. Sua ocorrência é resultado da incapacidade do organismo em digerir a lactose (açúcar do leite) por deficiência ou ausência de uma enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção.
Mas atenção: intolerância à lactose é diferente de alergia ao leite. A alergia é uma reação imunológica às proteínas do leite, e se manifesta após a ingestão de uma porção, por menor que seja, de leite ou derivados, provocando alterações no intestino, na pele e no sistema respiratório (tosse e bronquite, por exemplo).
Os sintomas mais comuns da intolerância à lactose são:
• Diarreia ácida e abundante
• Distensão abdominal;
• Gases;
• Náusea;
• Sintomas de má digestão.
A gravidade dos sintomas vai depender da quantidade de lactose ingerida, assim como da quantidade de lactose que o organismo tolera. Os sintomas costumam aparecer entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de laticínios.
Uma dica nutricional é usar produtos com probióticos e prebióticos, ricos em microrganismos e fibras que, além de trazerem diversos benefícios para a saúde, em conjunto agem para reduzir os sintomas da intolerância à lactose.
Alimentos proibidos
Para tratar o problema a orientação nutricional é seguir uma dieta sem lactose, o que já basta na maioria das vezes, mas planejada por um nutricionista que vai orientar sobre cortar, reduzir ou substituir: Em geral, os alimentos proibidos são:
• Leite de vaca, leite em pó, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;
• Proteína de soro; caseína de leite, açúcar de leite, soro de leite, coalhada e nata;
• Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros);
• Biscoitos com leite em sua composição.
Dependendo da tolerância individual, é possível consumir laticínios nos quais a quantidade de lactose tenha sido reduzida pela fermentação, como iogurte e coalhada, ou excluída por processos industriais, como os alimentos industrializados sem lactose, assim como as bebidas feitas à base de cereais, leguminosas e oleaginosas (castanha e amêndoas).
Os diferentes tipos de intolerância à lactose:
Congênita - trata-se de uma doença genética muito rara, é resultante da falta completa de lactase ao longo de toda a vida, sendo detectado desde o nascimento, o que vai impedir o aleitamento materno para o recém-nascido. Nesse caso, o bebê tem que ser alimentado com uma fórmula para lactentes sem lactose.
Primária – é uma doença de natureza genética e ocorre em pessoas com predisposição. Pode se desenvolver em qualquer idade, sendo provocada pelo declínio da concentração de lactase no organismo, geneticamente programado (lactase não persistente), desde a primeira infância até a fase adulta.
Secundária - é uma doença adquirida devido a lesões no intestino delgado, que provoca deficiência temporária de lactase, que retorna aos valores normais após períodos variáveis. Os problemas mais comuns desse tipo de intolerância são: diarreia causada por gastroenterite viral, infecção gastrointestinal, alergia ao leite bovino, doença celíaca e doença de Crohn (inflamação intestinal que pode afetar qualquer parte do aparelho digestivo). Também pode ocorrer em bebês prematuros, ainda incapazes de produzir lactase em quantidade suficiente.
A informação tem que estar no rótulo
Quanto maior a intolerância, menor deve ser a quantidade do açúcar ingerido para que não ocorram sintomas. Por isso, é importante saber se o alimento tem lactose, e em qual teor – tarefa que pode ser dificultada pela presença de alimentos sem essa identificação.
Pelas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem que estar no rótulo a expressão “Contém lactose de qualquer alimento que contenha lactose em quantidade acima de 0,1% .
E os fabricantes poderão também empregar a expressão “baixo teor de lactose” nos casos em que a quantidade de lactose estiver entre 100mg até 1g por 100g, e “zero lactose” quando a quantidade for abaixo de 0,1%.
Fontes consultadas: Ilana D`Andrade Souza, nutricionista do Serviço de Nutrição Enteral e Parenteral do Hospital Santa Izabel e do Centro de Diagnóstico Integrado da Bahia, especialista em Nutrição Materno Infantil, Fitoterapia e Terapia Nutricional; e Ministério da Saúde.
https://www.revistaabm.com.br/artigos/saiba-mais-sobre-a-intolerancia-a-lactose-e-como-evitar-os-sintomas
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